Anatomia e escultura

O amalgama é uma liga metálica que contém vários elementos e é processada na forma de pó.  Dentre os elementos temo-se o Mercúrio que auxilia para que o preparo fique homogêneo. O amálgama apesar de ter algumas desvantagens no que se refere à estética vem sendo utilizado há várias décadas como um material efetivo.

Um amalgama deve cristalizar-se (ter presa) sem que haja alteração no seu dimensionamento inicial e manter-se assim por toda da vida da restauração. Para que se haja sucesso na restauração há necessidade de seguir alguns passos:

Trituração: Tem o objetivo de promover um maior contato entre a liga e o mercúrio.

Inserção: Onde são inseridas pequenas quantidades de amalgama com o auxilio de um porta amalgama.

Condensação: Preenchimento da cavidade e a perfeita adaptação do amalgama com as paredes e ângulos e compactação da massa.

Brunidura e pré escultura: Remover o excesso de mercúrio

Brunidora pós escultura: Dar brilho e lisura superficial

Acabamento e Polimento: Reduz o depósito de placa e prolonga a vida da restauração

 Um fator que é de suma importância é a quantidade de mercúrio que deve ser controlada para que se mantenha a resistência da restauração. Uma quantidade de mercúrio suficiente deve ser misturada com a liga de prata para banhar as suas partículas permitindo assim uma amalgamação de forma completa. A velocidade de trituração também é muito importante pois é através dela que se dará a resistência adequada.

Indicações:

Restaurações do tipo I, II e V

Pacientes com péssima higiene bucal

Restaurações subgengivais

Preenchimento para peças protéticas com infraextrutura metálica.

Contra Indicações:

 - Paredes circundantes com pouco remanescente

- Contatos proximais ou oclusais com outros metais

- Pacientes com insuficiência renal severa

- Pacientes alérgicos a algum componente da liga

Vantagens

- Facilidade de colocação

- Durabilidade

- Menor sensibilidade a fluídos como sangue e saliva e o pouco tempo utilizado para sua colocação

- Material mais indicado para áreas que haja muita força mastigatória, especialmente em áreas oclusais

- Em relação a outros materiais apresenta uma maior durabilidade e uma ótima adaptação marginal que com  o passar do tempo tende a melhorar

- Há uma maior capacidade de conter microinfiltrações que auxilia na proteção de fraturas das paredes laterais.

Desvantagens

- Uma das maiores barreiras para o amalgama é a questão estética.

- A falta de adesão a estrutura dental demanda um preparo cavitário especial o que requer um desgaste de estrutura dental sadia para se conseguir forma e resistência.

O amalgama e o mercúrio não são a mesma coisa, mas mesmo assim é um produto tóxico e há a necessidade de cuidados na proteção do paciente, do profissional  e também ao meio ambiente. O método de descarte mais indicado é o armazenamento do produto em potes bem fechados que contenham solução à base de água e enxofre e posteriormente envio para a reciclagem. Infelizmente no Brasil a obrigação que o fabricante a coletar e a descartar corretamente o material ainda é falha e há necessidade de melhora.

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