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Trabalho fisio Renal

Por:   •  5/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  7.204 Palavras (29 Páginas)  •  564 Visualizações

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  1. Introdução

O rim desempenha um papel fundamental na manutenção de sal do corpo e fluido, equilíbrio e pressão arterial e homeostase através das ações de seus segmentos tubulares proximais e distais dos néfrons. No entanto, túbulos proximais são bem conhecidos por exercer um papel mais proeminente do que congéneres distais. túbulos proximais são responsáveis ​​pela reabsorção de aproximadamente 65% da carga filtrada e a maioria, se não todos, dos ácidos aminados filtrados, glicose, solutos, e proteínas de baixo peso molecular. túbulos proximais também desempenham um papel chave na regulação do equilíbrio ácido-base por meio de reabsorver cerca de 80% de bicarbonato.Ao estudar a fisiologia do rim, o interesse pode ser a visão global da função do órgão como um todo ou, então, o conhecimento dos mecanismos básicos de transporte que ocorrem em cada um dos segmentos tubulares.A circulação extracorpórea é um agente capaz de produzir alterações nas funções do sistema renal e no equilíbrio dos líquidos e dos eletrólitos do organismo. Os rins são fundamentais na regulação do meio interno, em que estão imersas as células de todos os órgãos. Os rins desempenham duas funções primordiais no organismo: 1. Eliminação de produtos terminais do metabolismo orgânico, como uréia, creatinina e ácido úrico, dentre outros e, 2. Controle das concentrações da água e da maioria dos constituintes dos líquidos do organismo, tais como sódio, potássio, cloro, bicarbonato e fosfatos. Os principais mecanismos através os quais os rins exercem as suas funções são a filtração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular de diversas substâncias. O sistema urinário, encarregado da produção, coleta e eliminação da urina está localizado no espaço retroperitonial, de cada lado da coluna vertebral dorso lombar. É constituído pelos rins direito e esquerdo, a pelve renal, que recebe os coletores de urina do parênquima renal, os uretéres, a bexiga e a uretra.

[pic 1]

  1. Desenvolvimento

O método mais comumente utilizado em clínica humana, e que permite verificar a resultante final de todos os processos de transporte tubular renal sofridos por determinada substância, é o que analisa o clearance renal da substância. Entretanto, para estudar separadamente os mecanismos de transporte da substância através dos vários segmentos tubulares renais, são utilizados métodos aplicáveis somente em experimentos em animais, como a micropunção ou microperfusão tubular in vivo, ou os micrometros feitos in vitro, como a micropelfusão de segmentos tubulares isolados, o patch clamp e a cultura de células de determinada porção tubular. As características do transporte dos vários solutos através das membranas tubulares podem também ser conhecidas por meio do estudo da biologia molecular dos transportadores membranais envolvidos nesse processo. 

  1. Clearance renal

O clearance de uma substância indica o volume virtual de plasma que fica livre da substância, em determinada unidade de tempo. Assim, o clearance de uma substância é também denominado de depuração plasmática da substância. Clearance é um conceito geral. Pode ser aplicado para o organismo inteiro, indicando, então, a quantidade de plasma que fica livre de uma dada substância, em determinado espaço de tempo, por ação de todos os órgãos do indivíduo. Esse conceito pode, também, ser aplicado apenas para um órgão. (Como, por exemplo: o clearance hepático de uma substância mostra o quanto de plasma fica depurado da substância por meio da ação do fígado; o clearance renal, por ação dos rins, etc.). Para o conhecimento do clearance renal de uma dada substância, basta medir a quantidade absoluta da substância excretada na urina por minuto e relacioná-la com sua concentração plasmática:

             Ux . V          mg/ml . ml/min

  Cx=  ------------  =    -------------------------- = ml/min

                 Px                   mg/ml

onde:

Cx = depuração plasmática da substância X, em ml/min;

Ux = concentração urinária da substância X, em mg/ml;

V = fluxo urinário, em ml/min;

Px = concentração plasmática da substância X, em mg/mI.

Por meio dessa metodologia, é possível se ter idéia dos mecanismos responsáveis pela excreção renal de determinada substância. Macromoléculas, devido ao seu grande tamanho, não podem ser filtradas pelos glomérulos nem ser secretadas do plasma contido nos capilares peritubulares para a luz dos túbulos renais. Portanto, as macromoléculas não são eliminadas na urina, tendo pois um clearance nulo, uma vez que o plasma não fica depurado delas. Já uma substância de baixo peso molecular é filtrada no glomérulo, passando a ter igual concentração no filtrado glomerular e no plasma (pois igual proporção de água também foi filtrada). Posteriormente, a fração filtrada da substância poderá ser totalmente eliminada na urina ou, então, sofrer reabsorção tubular completa ou parcial. Por outro lado, a parte da substância que não foi filtrada irá percorrer os capilares peritubulares, podendo ser total ou parcialmente secretada para a luz tubular. Portanto, o valor do clearance de uma substância de baixo peso molecular dependerá dos seus mecanismos de transporte tubular. Caso a substância esteja ligada a proteínas plasmáticas (não sendo, pois, livremente filtrável), no cálculo de seu clearance o valor de P deve ser multiplicado pela fração livre da substância no plasma (fração não ligada a proteínas). Este parâmetro é determinado por ultra filtração experimental do plasma.

A seguir, é analisado, mais detalhadamente, o valor do clearance de diferentes substâncias, na dependência dos vários processos de transporte tubular que sofrem na passagem ao longo do néfron.

[pic 2]

  1. Clearance de substância que não é reabsorvida nem secretada pelos túbulos

Quando a porção filtrada da substância for totalmente eliminada na urina, não ocorrendo sua reabsorção nem secreção tubular, a carga filtrada da substância será igual à sua carga excretada:

RFG .Px = Ux . V

onde: carga filtrada = RFG . P x , em mg/min;

carga excretada = Ux . V, em mg/min;

RFG = ritmo de filtração glomerular, em ml/min;

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