A ESPOROTRICOSE NO CONTEXTO DA SAÚDE ÚNICA
Por: MARIA RAQUEL SILVA • 22/12/2021 • Artigo • 373 Palavras (2 Páginas) • 129 Visualizações
ESPOROTRICOSE NO CONTEXTO DA SAÚDE ÚNICA
Siane Marina Ribeiro 1
Maria Raquel Silva2;
Bibiana Kaiser Dutra3,
Daniele Aparecida Urias Pavliuk4;
UFRA 1
FACUMINAS 2
IFFar 3
Centro Universitário FAM 4
Orientador: Leandro Nassar Coutinho1
Resumo: A esporotricose, uma doença endémica causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, é predominante em todo o mundo em áreas tropicais e subtropicais. Os doentes com esta infecção apresentam geralmente "micoses de implantação" que são causadas por traumas transcutâneos através dos quais a conidia fúngica entra no hospedeiro. Tais infecções podem progredir para infecções cutâneas crônicas, subcutâneas, e/ou ainda mais profundas envolvendo a linfática, fáscia, músculos, cartilagem e ossos. Embora a esporotricose cause uma morbilidade considerável, só raramente é associada à mortalidade. Os agentes etiológicos prosperam no solo e na vegetação em decomposição, tais como madeira morta, musgo esfagno, pé de milho, e feno. Os seres humanos adquirem geralmente a infecção através da inoculação traumática do fungo durante atividades ao ar livre tais como a agricultura, jardinagem, criação de animais, e ocupações semelhantes. Entre as doenças fúngicas dimórficas, a esporotricose destaca-se pelas seguintes características distintivas: apesar de ser uma doença fúngica endémica, a sua endemicidade é generalizada; os agentes etiológicos estão amplamente distribuídos no ambiente; é a única infecção causada por um agente dimórfico em que o sistema pulmonar não é a principal via de infecção; a sua ecologia, epidemiologia e características clínicas variam entre diferentes regiões geográficas; e é a única doença fúngica dimórfica que parece ter uma transmissão zoonótica substancial. Apesar da sua omnipresença no ambiente, este fungo tem modos de infecção e padrões de distribuição notavelmente diversos em todo o mundo. Entre as micoses endémicas, a esporotricose é distinta na suposta alta prevalência da transmissão animal-humana da doença. Contudo, não é claro como a fase da levedura transmite a infecção através desta via, uma vez que é geralmente aceite que as conidias da fase micelial são as propagações infecciosas para os seres humanos. É de extrema importância estimular a discussão sobre as peculiaridades deste patógeno fúngico único e aumentar a consciencialização de profissionais da saúde, especialmente em regiões de alta endemicidade, para o seu aparecimento e evolução e para acender mais investigação para compreender os mecanismos pouco ortodoxos pelos quais este fungo aflige diferentes populações humanas.
Palavras-chave: Esporotricose; Saúde Única; Saúde Pública; Micose; Propagação.
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