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A Hemiplegia Laringiana

Por:   •  23/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.230 Palavras (9 Páginas)  •  672 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata de uma doença que acomete na grande maioria eqüinos.

Hemiplegia é um conceito usado na medicina para evocar a paralisia de todo um lado do corpo, podendo causar a diminuição da força motora, anulando movimento e sensibilidade de parte do corpo. Sendo importante destacar que a hemiplegia implica numa incapacidade para controlar certos músculos apesar destes não estarem danificados.

Laringe é multicartilaginosa de forma cilíndrica e bilateralmente simétrica que liga a faringe e a traquéia. Sendo responsável por prevenir a aspiração de alimentos sólidos ou líquidos para o trato respiratório inferior, regulando a entrada do ar que destina aos pulmões, além de ser importante para a vocalização. (Sisson et.al., 1986; König et. al., 2011).

Hemiplegia laringeana (HL), se da no nervo laríngeo caudal, que é importante para a clinica eqüina, ocorrendo sua degeneração, consequentemente atrofia neurôgenica do músculo cricoaritenóide dorsal e outros da estrutura da laringe.

Devido a uma axoniopatia do nervo laríngeo é que ocorre a paralisia da laringe, sendo este o nervo responsável pelo estimulo de contração da musculatura da estrutura laríngea, e em particular do músculo cricoaritenóideo dorsal, que faz a abdução da cartilagem aritenióde. Logo este processo ira causar a atrofia neurogênica dos músculos envolvidos, onde em grande maioria dos casos as funções comprometidas são do lado esquerdo, levando a uma frouxidão de cartilagem, causando assim uma alteração na movimentação da mesma durante a adução e abdução, na passagem de ar, gerando um som característico de “ronco”, onde os eqüinos acometidos por esta patologia são conhecidos como “roncadores”, e popularmente a doença é caracterizada como Síndrome do cavalo roncador. (Radostits, 2002; Thomassian, 2005; Ducharme, 2011; Köning et. al., 2012).

As causas da hemiplegia laríngea são bastante investigadas, uma das teorias apresentadas segundo Köning et. al. (2012) são com relação a assimetria e a diferença do trajeto do nervo laríngeo esquerdo com relação ao direito. Onde o nervo referente ao lado esquerdo passa ao redor do arco aórtico, sendo entendido que que pode sofrer uma lesão mecânica ao nervo pela aorta pulsante.

Outras causas são neoropatias induzidas por vírus ou bactérias, deficiências vitaminicas, secundariamente a infecção perivasculares ou perineurais (injeções fora da veia), intoxicação por organofosforados (carrapaticidas), neoplasias (tumores), acidentes traumáticos na região do pescoço com ou sem formação de abscessos na região próxima a laringe e passagens de sonda neogástricas. (Radostits, 2002).

Sintomas característicos mais perceptíveis são o baixo rendimento no esporte ou trabalho, quando o animal é destinado para tração, sons respiratórios anormais (ronco ou chiado), tosse durante os esforços físicos ou alimentação. Quanto ao diagnostico pode ser por exames de endoscopia, apalpação e recentemente ultrassonografia. (Thomassian, 2005).

Tratamento pode ser cirúrgico, onde citam laringoplastia, ventriculectomia, ventriculocordectomia, reinervação do músculo cricoaritenóide dorsal e ocasionalmente aritenóidectomia. Cada uma destas cirurgias são escolhidas conforme as informações coletadas do animal, como idade, tipo de esforço físico, se esporte ou trabalho, idade do eqüino, grau de alteração do movimento da cartilagem aritenóide. (D’utra Vaz, 2000).

A técnica de tratamento mais comum e utilizada é a laringoplastia prostática para que reduza o ruído emitido pelo animal durante a inspiração, visto que quando estes eqüinos são animais de apresentação não competidores pode resultar em notas negativas, lofo o foco principal da cirurgia é eliminar o ruido respiratório. (Steines et. al., 2013).

Visto que a hemiplegia laringeana não oferece riscos a vida do animal, deve-se levar em consideração todos os diagnósticos e a real necessidade ou não de uma intervenção cirúrgica, pois um eqüino que não é exposto a trabalhos forçados cansativos e nem a performances atléticas, ou ainda, que o som produzido durante sua respiração é leve durante um esforço moderado, deve-se levar em consideração, pois pode haver ou não o comprometimento do rendimento total do eqüino. (Thomassian, 2005; Radostits et. al., 2002).

  1. ASPECTOS MACROSCÓPICOS

Os aspectos macroscópicos são diagnosticados através de apalpação externa da laringe, pois ocorre uma atrofia ou não do desenvolvimento dos músculos referentes a esta região dorsalmente. Porem para que a macroscopia seja considerada mais completa é necessário fazer uma junção, de uma observação endoscópica com imagens objetivas da laringe com as provenientes apalpação das estruturas laríngeas. Onde com a encoscopia o objetivo é poder realizar uma melhor avaliação das estruturas que compõe toda a laringe dos euino, e ainda se utilizar de alguns destes testes com ao oclusão nasal, indução do reflexo de deglutição, e uma vez havendo falha nas respostas dos teste realizados, verificar-se que o animal é um possível portador de hemiplegia larigeana. (D’utra Vaz, 2002).

Mais recentemente outra forma de se realizar a macroscopia da laringe eqüina é a ultossonografia, sendo possível observar de uma forma objetivaas estruturas da laringe do que por apalpação. O ultrassom é utilizado também para mostrar a ocorrência de espassamentos ou irregularidades do corpo da aritenoide, se houver suspeita de um outro problema que a condropatia. (Steiner et. al. 2013).

Durante a macroscopia realizada por endoscopia com eqüino em repouso é possível avaliar o grau de comprometimento motor da cartilagem aritenoide, onde se aplicam golpes de intensidade média com a mão fechada na região gradril costal direita e esquerda, estimulando uma reação motora da laringe permitindo ver e avaliar movimentos de abdução e adução. (Thomassian, 2005; Radostits, 2002).

FISIOPATOLOGIA

A estrutura responsável e acometida pela Hemiplegia Laringeana em equinos é a laringe. Orgão pelo qual é tubular e curto, que liga a faringe á traqueia, fazendo parte do aparelho digestório e aparelho respiratório (ASHDOWN, 2011).

A laringe é revestida internamente por um epitélio mucoso, assim como todos os órgãos. É constituída por uma válvula com três pricipais funções: impedir a aspiração de alimentos sólidos e líquidos para o interior da traqueia e pulmões, regular o volume de ar que vai para os pulmões e destes para o exterior e órgo sede da vocalização (FULTON, 2012).

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