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COMPORTAMENTO ANIMAL

Por:   •  11/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.024 Palavras (5 Páginas)  •  1.010 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

DEPARTAMENTO DE MORFOFISIOLOGIA

CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA

DISCIPLINA: COMPORTAMETO ANIMAL

PROFESSOR: DR. AMILTON RAPOSO e MARINA SOARES

ETOGRAMA EQUINO

ALUNO: RICARDO REBELO MACEDO

TERESINA-PI

2016

INTRODUÇÃO

Há séculos o cavalo é um animal que causa fascínio ao homem e ao longo dos anos vem lhe prestando grandes serviços. Uma das grandes utilidades desse fabuloso animal verificou-se nas forças armadas, em que até hoje é criado e respeitado.

No passado, quando o cavalo era retirado do campo e trazido para cidade, havia espaço para sua colocação em piquetes, com ampla área para se movimentar e pastar. Entretanto, como o espaço reservado para esse animal foi ficando cada vez menor, ele foi obrigado a viver em confinamento em pequenas baias, acarretando modificações em seu comportamento, diante da necessidade de adaptação a esse ambiente reduzido. Por conseguinte, duas características da vida do cavalo selvagem estão ausentes na vida do cavalo estabulado: a convivência com outros animais e o tempo de pastejo.

Com este trabalho, apresenta-se uma avaliação do comportamento dos cavalos estabulados nas condições em que são criados no Haras São Francisco, mediante análise das diferenças de comportamento apresentadas entre as raças estudadas.

MÉTODOS

     A observação aconteceu no Haras São Francisco localizado na zona rural de Teresina-PI, onde vivem 16 cavalos sendo das raças nordestino, quarto de milha, mangalarga marchador e apaloosa.

     Os animais na sua grande maioria têm contato com outros animais pois são castrados, éguas e potros, um único garanhão fica em uma baia de madeira que possibilita visualização dos demais. Todos pela manhã ficam em baias, durante a tarde são amarrados embaixo de árvores, a noite são soltos em piquetes separados por grupos exceto o garanhão e algum animal que esteja em tratamento, não se nota animais com comportamento agressivo e apenas um animal com aerofagia que já chegou ao haras com tal comportamento.

     Foi escolhido um animal de 12 anos para observar, castrado, da raça quarto de milha que tem como função o esporte (vaquejada), no período da tarde ele é trabalhado em dias alternados e nos 15 dias que antecedem as competições a atividade passa a ser diária, já acostumado com a rotina do local pois está lá a quatro anos e não apresenta problemas relacionados ao estresse ou oriundos do processo de estabulação.

     Observou-se o animal no período de uma manhã (06:00 – 12:00) com observações de meia em meia hora, durante 5 minutos.

     O animal recebe alimentação baseada em ração balanceada e indicada para a atividade que desempenha, feno de tifton ou a gramínea ainda verde e sal mineral a vontade e água limpa e abundante. As baias têm dimensões de 4m x 4m, forradas com uma camada de maravalha de aproximadamente 30 cm, com uma corrente de ar o que possibilita ventilação do local e o conforto dos animais.

RESULTADOS

HORÁRIOSDE OBSERVACAO

AÇÕES REALIZADAS NOS MOMENTOS DE OBSERVAÇÃO

6:00 - 6:05 h

Animal é pego no piquete e levado a baia onde logo depois o tratador levou a ração e este passou a comê-la. Com a minha chegada e do tratador na porteira do piquete ficou com as orelhas voltadas para a frente demonstrando estar atento.

6:30 - 6:35 h

Com a minha chegada na porta da baia, levantou a cabeça do cocho, me olhou e voltou a lamber o fundo do cocho (observei que não tinha mais ração).

7:00 - 7:05 h

O animal estava com a cabeça para fora da baia, com minha  chegada ele deu uma volta na baia e começou a beber.

7:30 – 7:35 h

Novamente estava com a cabeça fora da baia, cheguei e ele continuou assim, ficou esfregando a cabeça em meu ombro, como se pedisse para ser alisado (carinho).

8:00 – 8:05h

Volteava pela baia, cheirando a cama que no momento estava limpa (sem a presença de fezes). Levantou a cabeça, me olhou e voltou os movimentos.

8:30 – 8:35 h

Estava parado no centro da baia de cabeça baixa como se cochilasse. Com a minha chegada, olhou, encostou, em mim, me cheirou e saiu novamente para um canto da baia onde começou a defecar (poucas fezes).

9:00 – 9:05 h

Nesse momento não só ele como todos os animais encontravam-se com a cabeça para fora da baia, talvez por conta da passagem do tratador deixando cestas de capim nas portas de todas as baias.

9:30 – 9:35 h

Quando o tratador pegou a  cesta para pendurar, o animal deu um pequeno relincho e com a entrada  do tratador levando a cesta já começou a  puxar capim.

10:00- 10:05 h

Estava de costas para o portão da baia comendo capim,  não mudou em nada com a minha presença que talvez não tenha sido notada.

10:30 – 10:35 h

Continuava comendo capim, olhou para mim, orelhas de atenção e retornou a atenção à comida, notou-se uma pequena poça de urina  sobre a cama da baia.

11:00- 11:05 h

Comia capim no chão que havia caído da cesta, observei que no mesmo  canto onde ele havia defecado mais cedo a presença de fezes novas, frescas.

11:30 – 11:35 h

Animal não mais comia, apenas olhava para o capim que ainda tinha na cesta, veio na porta da baia, olhou um pouco, bebeu uma pequena quantidade de agua.

12:00 – 12:05 h

Tratador passou na baia e colocou  ração no cocho e  o animal voltou-se a comê-la.

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