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INVESTIGAÇÃO DA BIOQUÍMICA SÉRICA DE RATOS SUBMETIDOS A TRATAMENTO ORAL COM Maytenus ilicifolia EM ASSOCIAÇÃO AO ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO.

Por:   •  14/6/2020  •  Projeto de pesquisa  •  6.215 Palavras (25 Páginas)  •  274 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE VIÇOSA

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

LEONARDO PERDIGÃO SOARES

6º Período

INVESTIGAÇÃO DA BIOQUÍMICA SÉRICA DE RATOS SUBMETIDOS A TRATAMENTO ORAL COM Maytenus ilicifolia EM ASSOCIAÇÃO AO ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO.

Projeto de pesquisa apresentado ao Núcleo de Pesquisa e Extensão da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Viçosa – FAVIÇOSA, para desenvolvimento junto ao Programa de Iniciação Científica por ela fomentado.

Orientador: Professor João Paulo Machado

VIÇOSA - MG

2020

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA        1

2. REVISÃO DE LITERATURA        2

2.1. O uso de antibióticos e a resistência de bactérias patogênicas        2

2.2. Fitoterápicos já conhecidos como substitutos aos promotores de crescimento.        3

2.3. Propriedades fitoterápicas da M. ilicifolia.        6

2.4. Bioquímica sérica hepática        8

3. OBJETIVOS        10

3.1. Objetivo Geral        10

3.2. Objetivos Específicos        10

4. MATERIAL E MÉTODOS        10

4.1. Aspectos éticos da pesquisa        10

4.2. Local da pesquisa        11

4.3. Animais utilizados        11

4.4. Delineamento experimental e administração dos medicamentos        11

4.5. Obtenção do Extrato da M. ilicifolia        12

4.6. Administração do extrato aquoso aos animais        12

4.7. Indução de gastrite/úlcera gástrica        13

4.8. Eutanásias e coleta de amostras         13

4.9. Análises laboratoriais        13

4.9.1 Bioquímico hepático        13

4.9.2 Histomorfometria hepática        …………….14                                                                                       

5. ANÁLISE ESTATÍSTICA        14

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        15

7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES        19

8. ORÇAMENTOS        20

9. ANEXOS        21

  1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Com o uso indiscriminado de antibióticos, tanto bactérias gram-positivas e gram-negativas vem sofrendo mutação genética com resistência aos fármacos e isso tem resultado em diminuição da eficácia dos tratamentos, prolongando o tempo de hospitalização do paciente. Em muitos países, é notada a resistência de determinadas bactérias causadoras de doenças em humanos a antibióticos utilizados na produção animal (VAN DEN BOGAARD e STOBBERINGH, 2000; COGLIANI et al., 2011).

Com as restrições ao uso de antibióticos promotores de crescimento na produção animal pela portaria nº 171, de 2018 (ANVISA, 2018), a busca por tratamentos alternativos se torna cada vez mais importante. Nesse contexto, muitos fitoterápicos vêm sendo investigados com a finalidade de diminuir ou até substituir a utilização de antibióticos na produção animal.

 É de grande importância também salientar a resistência bacteriana no uso excessivo de antibióticos em outras áreas além da saúde humana. Verificando que a maior parte dos agentes antimicrobianos está sendo consumida em atividades como veterinária, zootecnia e a pecuária. Devido ao tratamento dos animais tornarem seus produtos e derivados fontes para resistência bacteriana na espécie humana. A origem da resistência pode ser genética ou não, mas independentemente de qual seja a forma de transmissão, o fator mais alarmante é o fato de que novas bactérias resistentes e patogênicas para animais e humanos crescem mais rápido do que a capacidade dos laboratórios e indústrias produzirem novas drogas (BOGAARD, VAN DEN, 2000).

Os fitoterápicos podem representar uma substituição alternativa e promissora para amenizar a resistência bacteriana, uma vez que muitos destes compostos podem desempenhar papel bacteriostático ou até mesmo, bactericida. A fitoterapia utiliza-se das diversas partes das plantas, como raízes, cascas, folhas, frutos e sementes, de acordo com a erva em questão (LAINETTI e BRITO 1980).

Uma das plantas que possui potencial fitoterápico é a Maytenus ilicifolia (M. ilicifolia).  É uma espécie pertencente à família Celastraceae medicinal autóctone (nativa), com maior ocorrência no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É popularmente conhecida como espinheira-santa ou cancorosa. Caracterizado pela presença de triterpenos, alcaloides, taninos e flavonoides (GONZÁLEZ et al., 1982; JORGE et al., 2004). Esta espécie apresenta propriedades medicinais para problemas de gastrite e úlcera gástrica, comprovadas por pesquisas coordenadas pelo CEME (Central de Medicamentos) do Ministério da Saúde do Brasil (DI STASI, 2004). Atualmente há estudos que afirmam que a M. ilicifolia apresenta, também, atividades antineoplásica e antimicrobiana (PEREIRA et al., 1992; MING et al., 1998). Estudos pioneiros como o de Lima et al. (1969) já demonstravam que a maitenina exibe forte atividade antimicrobiana contra várias bactérias Gram positivas. Tais efeitos foram corroborados com a demonstração que os extratos das folhas e raízes têm efeito antimicrobiano para vários patógenos, dentre eles Staphylococcus aureus e Streptococcus sp. Estudos de Annuk et al. (1999) confirmam que os taninos gálicos podem inibir o crescimento de bactérias pela modificação da permeabilidade da parede celular. Taninos derivados da catequina possuem atividade in vivo e in vitro contra H. pylori (MABE et al., 1999).

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