RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV VASSOURAS
Por: Glaucia Cristina Oliveira • 5/12/2018 • Relatório de pesquisa • 5.952 Palavras (24 Páginas) • 501 Visualizações
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Faculdade de Medicina Veterinária
Gláucia Cristina Ribeiro da Luz Costa de Oliveira
RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV
VASSOURAS
Dezembro / 2018
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS
Faculdade de Medicina Veterinária
Gláucia Cristina Ribeiro da Luz Costa de Oliveira
Relatório Estágio Supervisionado IV
Portfólio de atividades referentes ao estágio supervisionado IV da Universidade de Vassouras, Centro de Ciências da Saúde.
Professor responsável:
Andrei Nicolau da Costa
VASSOURAS
Dezembro / 2018
Introdução
O estágio supervisionado IV visou a prática em cirurgia em pequenos animais executadas no centro cirúrgico do Hospital Veterinário da Universidade de Vassouras e nos proporcionou o conhecimento e prática no curso de Técnicas Crirugicas sob a instrução do professor Andrei Nicolau da Costa.
O objetivo do portfólio é relacionar e quantificar os atendimentos cirúrgicos realizados e esclarecer a importância de técnicas utilizadas para cada tipo de intervenção cirúrgica.
Estatística
A tabela a seguir contabiliza todos os atendimentos radiográficos realizados na clínica veterinária da Universidade durante o período do estágio.
LAUDOS | QT. CASOS |
Cistotomia | 1 |
Entrópio Bilateral | 1 |
Exérese de Glândula Salivar | 1 |
Exérese tumor cutâneo | 4 |
Gastrotomia para retirada de corpo estranho | 1 |
Hérnia Lombar | 1 |
Hérnia traumática abdominal | 1 |
Linfadenectomia | 1 |
Mastectomia | 9 |
Nódulo Inguinal | 1 |
Orquiectomia | 2 |
Ovariosalpingohisterectomia – OSH | 10 |
Piometra fechada | 1 |
Prolongamento de palato | 1 |
Total de Cirurgias | 35 |
O gráfico a seguir representa a porcentagem relativa à quantidade apresentada em cada cirurgia.
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As Cirurgias:
Todas as cirurgias eletivas realizadas no Hospital Veterinário, sob supervisão do Dr. Andrei Costa, tem como procedimento padrão inicial a solicitação de exames pré-operatórios com o objetivo de avaliar o estado clínico do animal: Hemograma, Bioquímica Hepática e Renal, Proteínas, Glicose, Lactato, Sódio e potássio. Exames de imagem: Radiografia de Tórax e Abdômen, Ultrassonografia de Abdômen e em casos mais especiais Tomografia Computadorizada de Abdômen. Quando possível, o alimento deve ser evitado pelo menos 8 a 12 horas antes da cirurgia para assegurar que o estômago estará vazio.
A seguir será relatado as cirurgias realizadas no Hospital Veterinário da Universidade de Vassouras.
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Cistotomia
Definição: É a incisão cirúrgica na bexiga urinária.
Indicação:
Trauma uretral (ferimento por bala ou mordedura, ruptura causada por trauma veicular), neoplasia ou cálculos vesicais que podem resultar em obstruções urinárias. Se a uretra prostática ou peniana for dilacerada, pode ocorrer vazamento urinário subcutâneo. Ruptura espontânea da uretra é incomum, mas pode ocorrer em alguns cães. A cistotomia deve ser realizada para a remoção de cálculos císticos e uretrais, identificação e biópsias de massas, reparação de ureteres ectópicos ou avaliação de infecção do trato urinário resistente a tratamento.
Tratamento:
Os animais com cálculos císticos ou uretrais frequentemente sofrem de infecções recorrentes e devem ser tratados com antibióticos apropriados, baseados na cultura de urina e em teste de sensibilidade, ou podem aguardar até que as culturas obtidas durante a cirurgia sejam realizadas.
Técnica Cirúrgica:
Uma incisão abdominal é feita da região do umbigo até o púbis, para o acesso à bexiga, a pele sobreposta neste local é preparada para assepsia pelo modo padrão, mesmo antes da aproximação. Se o prepúcio deve ser deixado no campo cirúrgico, um flush prepucial com clorexidina ou Betadine diluído deve ser parte da preparação cirúrgica. A incisão longitudinal geralmente é feita na superfície ventral ou dorsal do corpo da bexiga, afastada da uretra; no entanto, a exposição ventral é frequentemente preferível devido à facilidade de acesso e deve ser executada se a identificação ou a cateterização de aberturas ureterais forem necessárias. O objetivo do fechamento da cistotomia é obter uma oclusão à prova de vazamento da urina e que não promova a formação de cálculos. Esse objetivo tem sido tradicionalmente alcançado usando-se um padrão de aposição simples ou de dupla camada, ou padrões de suturas invertidas, utilizando material absorvível. Um fechamento aposicional de camada simples é suficiente, se a parede da bexiga for espessada. Mesmo em bexigas normais, um padrão de sutura aposicional de camada única (simples contínua [preferencial] ou simples interrompida) é geralmente adequado. A penetração luminal é comum em bexigas de parede fina, mas não se acredita estar associada à formação de cálculos se forem usadas suturas de monofilamentos absorvíveis. Se hemorragia grave pode ser esperada, suturar a mucosa da bexiga como uma camada separada em um padrão de sutura simples contínua, pode ser considerada por diminuir o sangramento pós-operatório. Isolar a bexiga do resto da cavidade abdominal, colocando campos de laparotomia umedecidos abaixo dela. Colocar suturas permanentes no ápice da bexiga e trígono para facilitar a manipulação. Fazer uma incisão longitudinal na face dorsal ou ventral da bexiga, ao longo dos ureteres e entre os maiores vasos sanguíneos. Fechar a bexiga usando sutura de padrão contínuo, camada simples, com material absorvível. Para fechamento de camada dupla, suturar as camadas seromusculares com duas linhas de sutura contínuas invertidas. Materiais de sutura absorvíveis como polidioxanona, poligliconato, ácido poliglicólico, Vicryl ®, Monocryl ®, Biosyn ®, Carposyn ® são os preferidos para cirurgia de bexiga e uretral. Suturas não absorvíveis devem ser evitadas na bexiga ou na uretra, porque elas podem promover a formação de cálculos.
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