A Reprodução de Insetos
Por: Grazi • 8/8/2018 • Resenha • 1.512 Palavras (7 Páginas) • 302 Visualizações
UFPI- Universidade Federal do Piauí
CCA- Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Engenharia Agronômica
Disciplina: Entomologia
Aluna: Grazielly
A reprodução dos Insetos
A capacidade de reprodutiva dos insetos é bastante desenvolvida, visto que há várias populações, em todo o mundo. Os insetos são bem sucedidos por apresentarem vários tipos de reprodução. A mais comum é a Reprodução Sexuada com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide. A Reprodução Sexuada consiste em várias etapas: Aproximação dos Sexos, Côrte, Seleção Sexual, Cópula e Estocagem e Competição de Esperma.
Na Aproximação dos Sexos, os Insetos marcam uma espécie de “encontro”, por meio de sons (como no caso das cigarras) ou por feromônios, funciona como um chamado para o acasalamento, presente em todos os animais.Todos esses chamados são espécie-específicos. Há também os locais propícios para encontros, como o Enxame, um local com grande disponibilidade tanto de machos como de fêmeas, como por exemplo, uma lâmpada de poste, sempre cheia de diversos insetos, atraídos pela luz. .
Logo após a Aproximação dos sexos, ocorre a Côrte. Ocorre quando os insetos se encontram fisicamente perto o suficiente para copular. O macho então precisa cortejar a fêmea para conseguir realizar a cópula. Tais machos dispõem de vários métodos para fazer a Côrte, como danças, odores, vibrações da asa etc. O macho que melhor cortejar a fêmea, conseguirá copular com a mesma. Somente a sequência correta garante a cópula, as outras espécie falharão por um mero detalhe.
Existem exemplos muito notáveis de Côrte, como a do Bicho-Patinador, que possuem a habilidade de mover-se facilmente pela água devido uma espessa camada de pêlos nas pernas. Utilizam-se dessa habilidade para fazer ondulações na água para cortejar e chamar a atenção da fêmea, numa frequência de 22 ondulações por segundo; há também o exemplo da Mosca-Dançarina, que oferece um “presente” para a fêmea: um inseto morto. O macho então aproveita o momento em que a fêmea o devora para realizar a cópula, quanto maior o inseto, mais tempo ele terá para copular; e, semelhante a Mosca-Dançarina, há a Mosca-Pernalta, que também oferece um presente a fêmea, distraindo-a enquanto ela come e aproveitando o dado momento para acasalar. Mas apresenta um comportamento diferente: Alguns machos, por competição, assumem hábitos e maneiras da fêmea, fazendo com que outro macho se aproxime com um inseto morto como presente, pensando ser uma verdadeira fêmea, dando ao macho “travestido” o presente. Dessa forma, o macho “travestido” rouba o inseto morto e usa-o para atrair uma fêmea para si, copulando com ela, e vencendo a competição, sem se esforçar.
Durante a Reprodução Sexuada, outro mecanismo que ocorre é a Seleção Sexual, funciona para ajudar na Côrte, pois os sexos são dimórficos, com os machos possuindo características que as fêmeas não possuem e/ou características mais/menos avantajadas do que as fêmeas. Ajudarão na côrte no quesito de que o macho que possuir o melhor “atributo” ganhará o direito de copular com a fêmea.
Em seguida, após uma Côrte bem sucedida, ocorre a Cópula. A cópula é o momento em que há a transferência direta do espermatóforo na bursa copulatrix. Também nesse momento, o macho irá transferir nutrientes que auxiliarão no momento da oviposição. Depois da cópula, pode ocorrer a Estocagem de Esperma, que é uma habilidade que garante às fêmeas de poder estocarem esperma por um longo tempo e liberá-los pouco a pouco controladamente, para se auto-fecundarem.
Com a habilidade de estocarem o esperma dos insetos, pode ocorrer também a Competição de Esperma, pois é comum acontecerem acasalamentos múltiplos em insetos, observa-se isso ao contar os espermatóforos depositados na bursa copulatrix. Dessa forma, a fêmea pode escolher que esperma utilizar para fecundar seus óvulos. Por isso que a capacidade reprodutiva do macho é medida pelo seu número de óvulos fertilizados, e não pelo número de cópulas.
Tendo sido realizada a Cópula, depois surge o momento da Oviposição. A Oviposição, como o próprio nome diz, é a postura do(s) ovo(s). Possue vários tipos, sendo o mais comum a Oviparidade, que acontece quando a fêmea deposita seus ovos, que futuramente eclodirão larvas ou ninfas, dependendo da espécie do inseto.
A Oviparidade pode variar quanto a quantidade, aparência e postura. Quanto a quantidade, observa-se que os ovos podem ser colocados isolados, ou em grandes massas; a aparência vai desde a ovos circulares, em forma de barril, como formas de casca de árvore, ou até mesmo parecendo pequenas flores; por último, quanto a postura, os insetos ovipositam seus ovos nos mais diversos lugares: sobre galhos, sobre a água, sobre plantas e sobre outros insetos, ou outros animais. Estas últimas apresentam casos específicos, como a Postura Endofítica da Mosca-das-Frutas, que deposita seus ovos dentro de frutas, como seu próprio nome indica. Para tal feito, apresentam os últimos urômeros modificados em estruturas perfurantes (acúleo), que as ajudará a perfurar a fruta e ovipositarem nela. Sobre outros insetos, há o caso das vespas parasitas da espécie Cotesia congregata, que oviposita propositalmente em lagartas, para que suas larvas, ao eclodirem, parasitem-na e alimentem-se de seus nutrientes, garantindo à lagarta uma morte lenta.
Por último, há o caso da postura da Mosca Dermatobia hominis, que oviposita sobre outros animais. Esta mosca se comporta dessa maneira por conta do seu Ciclo de Vida. Para atingir a fase adulta, é necessário que a larva se alimente de tecidos de animais de sangue quente (aves e mamíferos).
O modo como seus ovos chegam no hospedeiro é simples: as fêmeas dessas moscas vão em busca de outros artrópodes hematófagos, para que esses carreguem seus ovos. Elas então ovipositam no corpo desses outros insetos, e estes, ao se alimentarem da vítima, acabam transferindo os ovos no seu local apropriado. Uma vez na pele do indivíduo, os ovos eclodem e as larvas minúsculas circulam sobre a mesma até acharem uma abertura (ferida ou pêlos folículares) para penetrarem e permanecerem na câmada subcutânea da pele. O corpo, naturalmente, reage e, como medida, aumenta a produção de células brancas, fazendo com que a ferida secrete pus. Enquanto isso, a larva se alimenta do tecido, respirando pelo buraquinho da ferida. Ao atingirem seu estágio final de desenvolvimento, saem pelo oríficio, geralmente a noite, e caem no solo, onde formarão uma pupa e desta sairá o adulto, que reiniciará o ciclo.
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