A Apostila de Ruminante
Por: Nyelly Coutrim • 5/6/2022 • Resenha • 1.560 Palavras (7 Páginas) • 120 Visualizações
RESENHA 6
As epidemias de doenças de plantas são fenômenos cíclicos, isto é, elas consistem em ciclos repetidos de desenvolvimento do patógeno em relação ao hospedeiro e meio ambiente.O inóculo é qualquer estrutura do patógeno capaz de causar infecção que pode consistir de esporos de fungos, partícula viral, células bacterianas ou qualquer outro propágulo de patógenos que entra e se estabele nos tecidos do hospedeiro por meio do processo de infecção. O patógeno desenvolve-se dentro do hospedeiro e posteriormente inicia a produção de novos inóculo, que pode ser disperso para novos sítios suscetíveis e dar início a novas infecções. Os agentes patogênicos que produzem apenas um ciclo de desenvolvimento são chamados de monocíclicos. Como exemplo a e declínio da videira (MRRVD), causada pelo fungo Monosporascus cannonballus Pollack & Uecker onde os sintomas da doença são observado em plantas adultas de melão na época da colheita. Nas raízes a presença de manchas pretas (peritécios), que são estruturas de sobrevivências.
Os agentes patogênicos que produzem mais de um ciclo de infecção são chamados de policíclicos, isto é, a infecção seguida desenvolvimento do patógeno, produção de novos inóculos, dispersão para novos sítios suscetíveis e novas infecções, tudo em um único ciclo cultural. Como exemplo a monilíase, causada pelo fungo Moniliophthora roreri é um hemibiotrófico (infecta o tecido vivo e se alimenta dele, mas uma vez, que esse tecido morre continua se alimentando) com uma longa fase biotrófica (45-90 dias) e massas de esporos, de origem assexuada aparente, são produzidas na vargem após o início da fase necrótica (se alimenta de células ou tecido mortas), considerada uma das mais sérias doenças do cacaueiro, infectando frutos em qualquer fase de desenvolvimento e, em condições favoráveis pode causar perdas de até 100% da produção e abandono do campo (BRAILEY et al. 2017). Deste modos, alguns modelos de simulação são feitos para quantificar os impactos de doenças de plantas no desempenho da cultura.
Os patógenos de plantas e insetos que se alimentam de culturas são parte integrante dos agroecossistemas, onde coevoluíram com as culturas ao longo de milênios (MCCANN et al. 2013). Existe uma cascata de interações mútuas e complexas entre as culturas cultivadas e suas pragas e doenças e essa dinâmica populacional de patógenos e diz respeito à dinâmica de Modelos de Pragas e Doenças (MPD), por meio dos quais as populações podem se expandir espacialmente e aumentar temporalmente.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a implantação de uma variedade de métodos de controle de pragas projetados para complementar, reduzir ou substituir a aplicação de pesticidas sintéticos. Envolve monitoramento regular, uso de limites de decisão, combinação de abordagens para gestão de pesticidas direcionada e substituição para considerações agroecossistêmicas mais amplas ( PRETTY;BHARUCHA, 2015 ). Para uma visão global abrangente da história, programas e adoção de programas MIP em todo o mundo. Eles destacam problemas com a avaliação da adoção e sucesso de programas de MIP e como o uso de pesticidas não diminuiu consistentemente na maioria dos programas, apesar da redução do uso de pesticidas ser um de seus objetivos principais. Aqui, os modelos preditivos podem não apenas permitir uma melhor avaliação e adoção do programa, mas também ajudar a identificar como otimizar as mudanças no momento e na aplicação de pesticidas (por exemplo, fungicidas) no tempo e no espaço para reduzir o uso de pesticidas onde o risco de doença previsto é suficientemente baixo. As perdas por safras se concentra nas consequências das interações hospedeiro-patógeno nos processos fisiológicos e produtividade da cultura. Esse processo respondem fortemente a fatores físicos, biológicos, sociais e econômicos onde as safras são cultivadas. Cunniffe et al. 2015 identificou a ligação de modelos epidemiológicos a produção e serviços ecossistêmicos como o primeiro desafio na modelagem de doenças em plantas, afirmando que os modelos epidemiológicos suficiente para analisar e prever os efeitos da doença e da dinâmica do hospedeiro na produção.
Modelos de previsão de doenças usando métodos estatísticos avançados (por exemplo, redes neurais artificiais) integrando dados de monitoramento meteorológico e aerobiológico foram desenvolvidos e validados com sucesso para Ganoderma spp. e bolha branca em safras de Brassica (Brassica spot TM ) (SADYŚ et al., 2016 ). Esses modelos de previsão precisam ser adaptados e estendidos para outras doenças agrícolas e, em seguida, integrados em programas operacionais de MIP. Para muitos programas de MIP, há uma necessidade crucial de desenvolver e envolver uma abordagem mais confiável e eficaz (ou seja, estrutura analítica) para gerenciar o risco de doenças que estabeleçam relações entre a quantidade de inóculo transportado pelo ar e o desenvolvimento de doenças, uso combinado de modelos que integram teóricos conhecimento sobre o crescimento da cultura (hospedeiro), desenvolvimento de doenças (patógenos) e influências ambientais; ao lado de dados de monitoramento de doenças, clima / tempo e outras variáveis explicativas para avaliar e prever doenças ( OJIAMBO et al., 2017).
Esforços anteriores foram prejudicados por dados espaciais esparsos, uso limitado de tecnologia de monitoramento de campo e uma necessidade de maior integração e quantificação. Os esforços anteriores também se concentraram principalmente na compreensão dos mecanismos físicos e biológicos da dispersão de esporos de patógenos de plantas (culturas), desenvolvimento de doenças relacionadas, surtos e padronização e disseminação de epidemia espacial ( NEWLANDS, 2018). A detecção aprimorada de novos inóculos aerotransportados, clima e tecnologia baseada em satélite, no entanto, fornecem novas oportunidades para combinar dados de monitoramento de doenças com modelos preditivos. Isso tem o potencial de melhorar a oportunidade, a eficácia e a previsão para o controle de doenças das colheitas, enquanto minimiza a perda de colheitas ( Mahlein, 2016 ). As lesões causadas por microrganismos levam a danos aos orgãos da cultura e que os danos levam a rendimento de perdas. Os três elementos lesão, dano, perda, estão ligados por duas relações: uma em função de dano (perdas de safra) e a outra por perdas econômica. Isso depende da situação de produção, genótipo do hospedeiro ou na interação com outros organismos prejudiciais (DONATELLI et al. 2017).
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