A Irrigação é a Aplicação Artificial
Por: Andressa Rodrigues • 24/5/2019 • Bibliografia • 2.662 Palavras (11 Páginas) • 242 Visualizações
A irrigação é a aplicação artificial, oportuna e uniforme de água ao perfil do solo na sua zona de enraizamento ou rizosfera, para repor a água que foi consumida pelas plantas, pela evaporação ou pela drenagem a fim de manter o bom desenvolvimento e produção das culturas (FERREIRA, 2011).
Essa prática vem se desenvolvendo a muitos anos sendo cada vez mais aperfeiçoada...
Segundo a ANA (2016) a região Nordeste é a penúltima no ranking de participação em área irrigadas do Brasil, com dados de 1960 – 2015, sendo que em 1996 o Nordeste alcançou 24,1% de toda a área agriculturável irrigada, e em 2006 esse valor foi de 22,2% o que representa mais de um milhão de hectares sendo irrigados. Foi um avanço significativo para a época, onde em 1960 apenas 11% de todas as áreas eram irrigadas.
Primordial à vida, a água é um elemento necessário às diversas atividades humanas, além de constituir componente fundamental da paisagem e meio ambiente. É um recurso de valor inestimável apresenta utilidades múltiplas, como geração de energia elétrica, abastecimento doméstico e industrial, irrigação em áreas agrícolas, navegação, recreação, turismo, aquicultura, piscicultura, pesca. A quantidade de água potável existente na natureza é finita e sua disponibilidade diminui gradativamente devido ao crescimento populacional, à expansão das fronteiras agrícolas e à degradação do meio ambiente (DAKER, 1976).
A irrigação surgiu a cerca de 5.000 anos, no Egito que conta com apenas uma pequena faixa de solo cultivável e água proveniente do rio Nilo, sendo rodeado pelo deserto, onde surgiu uma das mais importantes civilizações e que criou grandes sistemas de irrigação rudimentares mas que supria a necessidade das populações (ROTONDANO e MELO, s/d).
Visto pelo ângulo da irrigação, o Brasil tem dois desafios bem distintos: o do Nordeste, onde a clima seco, distribuição irregular das chuvas e poucos rios perenes, como o São Francisco, e o do restante do país, com sua variedade de rios recursos e problemas com a seca que em algumas regiões é intensa (AB'SÁBER, 1999).
A irrigação tem papel fundamental no desenvolvimento econômico e social, sendo uma garantia de melhoria na produção reduzindo riscos que podem vir a ocorrer, em especial nas regiões que sofrem com seca, pois o produtor não irá somente garantir produtividade mas, também maior qualidade do produto obtido (FERREIRA, 2011).
A irrigação é um dos meios mais importantes capaz de melhorar a utilização dos diversos fatores de produção, de redução dos riscos quanto as oscilações climáticas e assegurar o aumento da produção e produtividade, com uma oferta oportuna de água de qualidade e em quantidade adequada as plantas se desenvolverem e produzirem (FERREIRA, 2011).
Em apoio á implementação das linhas estratégicas, devem-se mobilizar instrumentos que, grosso modo, não se diferenciam essencialmente, ainda que possuam aspectos peculiares, daqueles voltados para a agropecuária em geral, tais como a coordenação das entidades governamentais envolvidas, o financiamento dessa atuação o credita para investimentos, custeio e comercialização, a estrutura jurídico-legal (NASCIMENTO e SOUZA, 2015).
Esta é basicamente uma operação agrícola, suprindo a necessidade de água da planta. Para o agricultor, é um componente de sucesso no cultivo em clima semi-árido (NASCIMENTO e SOUZA, 2015).
No Brasil a partir dos anos cinquenta a irrigação começou a ser desenvolvida cientificamente e hoje alcança cerca de 2,5 milhões de hectares nas mais diferentes culturas com concentração superior nas regiões Sul e Sudeste, sendo ainda um importante implemento para a intensificação da produção agrícola em todo o mundo e seu uso está presente em grande parte das áreas agricultáveis, fornecendo alimentos de qualidade à população global (ANA, 2016).
Com métodos e sistemas desenvolvidos e sempre sendo aperfeiçoados e tecnologias avançadas, torna o Brasil um país capaz de produzir alimentos em grande escala, com os índices de produção agrícolas crescendo cada vez mais, com produtos de qualidade para o mercado interno e externo, já que o Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos (ANDRADE, 2001).
Assim, a prática da irrigação é indispensável para a produção em grande escala das diversas culturas, desde hortaliças até produção de grãos e outras grandes culturas.
Com o uso cada vez maior da pratica da irrigação, não se pode negar os grandes impactos ambientais por ela causados, principalmente quanto ao desperdício de agua nas lavouras e ao uso intenso de energia. Assim sendo é indispensável que pesquisas sejam feitas para melhorar pontos que podem ser prejudiciais ao meio ambiente e tornando-a cada vez mais eficiente, continuando com o mesmo objetivo, mas se adequando as práticas do desenvolvimento sustentável (DAKER, 1976).
De acordo com dados fornecidos pela ANA (2016), o Brasil tem aproximadamente 7 milhões de hectares na produção agrícola que são irrigados, sendo que as técnicas mais usadas são as superficiais, subterrâneas, por aspersão e a localizada, mas isso representa apenas 20% de toda a área produtora. As culturas mais beneficiadas com essa prática são o arroz, isso devido ás praticas de inundação, a soja, o milho, o algodão e o feijão.
As previsões para o ano de 2030 é de que a área irrigada aumente 45%, o que representa uma ampliação de mais de 3 milhões de hectares e aumento de 38% de retirada de água dos reservatórios naturais, o que qualifica uma expansão mais eficiente, além de que o uso de água é inferior ao das áreas de expansão de irrigação (ANA, 2016).
Irrigação por pivô central no Nordeste brasileiro está em terceiro lugar dentre os métodos mais usados, estando atrás apenas da irrigação de superfície e de aspersão que praticamente se igualam (MELO e SILVA, 2007).
A irrigação se torna um investimento importante na propriedade rural devido ao valor agregado e as garantias de se melhorar a produção, em especial nas regiões onde se adotam duas safras durante o ano O método de irrigação por pivô central se desenvolveu a partir do ano de 1980, possibilitada per programas de incentivos governamentais da época. Hoje o equipamento irriga áreas que podem chegar a 120 hectares com um único equipamento. (MELO e SILVA, 2007).
O sistema de pivô central é um método de irrigação que visa a aspersão de água em que os aspersores são instalados em hastes que se movimentam de forma linear ou circular na área em que foi instalado, apoiados em torres que transitam com a ajuda de rodas pneumáticas. São movidos por energia elétrica, sendo que quanto maior a área abrangida
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