A Moagem Úmida
Por: Elias Zuchelli • 5/6/2017 • Trabalho acadêmico • 750 Palavras (3 Páginas) • 454 Visualizações
Etapas da moagem úmida
No processo de moagem úmida a primeira coisa a se fazer é a limpeza dos grãos, com isto impurezas são retiradas afim de não contaminar o produto final obtido. A segunda etapa é o da maceração, seguido por primeira moagem, recuperação do germe, segunda moagem, recuperação da fibra e por fim separação do amido- proteína (MANZONI, 2000).
A segunda etapa no processo e a mais importante na moagem úmida, é a maceração. Consiste em colocar grãos em um recipiente, com o intuito de que ocorra imersão em uma solução de ácido lático e SO². Este processo faz o grão que está menos concentrado que o meio absorver a solução para entrar em um equilíbrio, reagindo a solução dentro do grão e ocorrendo mudanças físicas, químicas e bioquímicas com o mesmo. O principal deste processo é o amaciamento do grão, pois minimiza os danos no germe após sua recuperação, se feita de modo errôneo prejudica todos os outros processos mudando a porcentagem de amido e proteína no subproduto final (RAUSCH & BELYEA, 2006).
Moinhos realizam a primeira moagem rompendo a semente amaciada no processo anterior, liberando os germes sem esmaga-los. Normalmente este processo é realizado até a toda retirada dos germes sendo que não for bem sucedido passa os grãos na moagem grossa de novo. Logo em seguida tem que ser realizado a recuperação do germe, que é o derivado da etapa anterior sendo material moído que contém germes, fibras, amido e proteína. Nesta etapa o resíduo passa por um conjunto de hidrociclones centrífugos onde o germe é separado das demais substâncias devido a sua densidade ser menor (RAMIREZ et al., 2008).
Na segunda moagem obtém a liberação de todo amido e proteína que estejam agregados à parte fibrosa e consequentemente reduzindo assim o tamanho das partículas do grão. Após a moagem, como na primeira etapa, precisamos fazer em seguida a recuperação da fibra, ao qual o material passa por inúmeras peneiras, alimentados sobre pressão onde a fibra vai ficar retida do resto de produto (VASCONCELLOS, 2007).
Os subprodutos destes processos são produtos destinados a rações de animais e óleos de milho, tais como o farelo de glúten de milho, farelo de germe de milho e dentre outros. O licor de maceração é um importante subproduto devido sua importância no teor de vitaminas principalmente as do complexo B, e além de ser utilizado em rações também é usado na indústria farmacêutica para a produção de antibióticos (MANZONI, 2000).
Figura 1: Representação do processo de moagem úmido de milho industrialmente, fluxograma.
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Fonte: EMBRAPA,2008.
Podemos ressaltar que o germe de milho, possui 48% de teor de óleos em média, e por isso é o componente mais valioso no grão de milho, e de que sua extração ocorre por meio de solventes. O resto que sobra deste processo, ou seja, o farelo de germe ou torfa é utilizado industrialmente para a produções de ração para animais (RAMIREZ et al., 2008).
Podemos concluir então de que existe inúmeros processos para os grãos via industrial na moagem úmida, e de cada processo é imprescindível para extrair o máximo de subprodutos adequados para a comercialização futura. O principal deles é a maceração, pois é onde há o amaciamento do grão, sendo mais fácil a extração e separação de compostos.
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