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A PRODUÇÃO UNICA

Por:   •  13/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.068 Palavras (9 Páginas)  •  271 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

 O caso trabalhado envolve duas pessoas: o pai, André, que é produtor rural e a filha, Paula, que é estudante de engenharia agronômica. Em uma conversa, eles discutem sobre os problemas no gado e na plantação, por conta de diversos parasitas encontrados.

No gado, encontraram-se moscas-dos-chifres e carrapatos, que assim, poderiam diminuir a produção de leite de sua fazenda. Além disso, o criador da fazenda, Manuel, foi picado por um escorpião, que em hipótese, teria surgido por conta da demolição de uma casa antiga. Por fim, sua filha esclarece que na plantação, os animais encontrados pelo pai, não são parasitas e atuam justamente no combate a eles.

Dessa forma, o presente trabalho tem como principais objetivos: alternativas de controle aos carrapatos e moscas-dos-chifres; maneiras de controle e prevenção do escorpionismo e por fim, explanação sobre a atuação das joaninhas e “tesourinhas” no combate as pragas da lavoura.

  1. DESENVOLVIMENTO

Delimitação dos problemas

  1. Resumo dos problemas

Nesse caso, há o aparecimento de dois parasitas no animal: riphicephalus e herematobia irritans ou carrapato e moscas-do-chifre, respectivamente. Estes poderiam provocar a diminuição na produção do leite. Além disso, também há uma picada de escorpião, no criador da fazenda e a falta de informação por parte do produtor rural, André, sobre a dorus luteipes e os coccinelídeos, ou “tesourinha” e as joaninhas, que não atuam como parasitas e sim como inimigos deles.

  1. Fundamentação teórica e discussão

Os artrópodes são um filo com grande diversidade de animais no Reino Animal, sendo formado por mais de 75% de todas as espécies conhecidas. Nesse grupo, incluem-se principalmente: aranhas, escorpiões, carrapatos, insetos, ácaros e entre outros grupos (HICKMAN; ROBERTS; KEEN, 2016).

Embora eles tenham formas variadas, compartilham inúmeras similaridades (FRANSOZO; NEGREIROS-FRANSOZO, 2016). Entre elas, podem-se destacar algumas principais: corpos segmentados, uma cutícula quitinosa e apêndices articulados (HICKMAN; ROBERTS; KEEN, 2016).

Segundo Hickman, Roberts e Keen (2016), o filo Arthropoda diferencia-se e divide-se em diferentes grupos. Os principais, encontrados atualmente, são os seguintes subfilos: Myriapoda, hexapoda, chelicetara e crustacea.

Os miriápodes são membros de quatro classes unidos por algumas características (HICKMAN; ROBERTS; KEEN, 2016). Algumas das principais são: corpo dividido em tronco e cabeça; sem carapaça; todos os apêndices estão multiarticulados e uniformes (FRANSOZO; NEGREIROS-FRANSOZO, 2016).

O grupo dos hexapodas ou insetos é o maior entre os animais. Eles têm três pares de pernas e geralmente dois de asas, localizados na região média ou torácica do corpo. Ademais, a cabeça geralmente porta um único par de antenas e um par de olhos compostos (RUPPERT; FOX; BARNES, 2005).

Já o do chelicetara é o grupo que comporta as aranhas, límulos, carrapatos, aranhas, escorpiões, ácaros e outros grupos menos conhecidos. Os corpos são divididos em dois tagmas: um cefalotórax e um abdome. Não possuem antenas e possuem seis pares de apêndices no cefalotórax. A maioria dos quelicerados, como também são chamados, sugam alimento líquido de suas presas (HICKMAN; ROBERTS; KEEN, 2016).

Os crustáceos, do subfilo crustácea, estão presentes principalmente na água e poucos são terrestres. São os únicos artrópodes com dois pares de antenas. Os principais tagmas são: cabeça, tórax e abdome (HICKMAN; ROBERTS; KEEN, 2016). O tronco destes é menos uniforme dentro do subfilo que a cabeça (RUPPERT; FOX; BARNES, 2005).

No caso abordado, de acordo com as afirmações anteriores, todos os animais citados são artrópodes. No primeiro problema foram abordados os Rhipicephalus e Haematobia irritans no gado, que desencadeou em uma perda significativa quanto à produção de leite.

Os Rhipicephalus, ou carrapato do boi, é um dos principais ectoparasitas nas criações de gado do Brasil. Estima-se que o prejuízo que trazem é cerca de dois bilhões de dólares. Um carrapato bovino acarreta diversos danos de produção do leite e da carne, além de provocar inflamação no couro do animal. Atua também como vetor de doenças, por exemplo, a tristeza parasitária bovina (ANDREOTTI, 2010).  

Quando ao seu ciclo, caracteriza-se como moxeno, e acontece quando a fêmea, no animal, depois de ser fecundada pelo macho, repassa uma grande quantidade de sangue e cai no solo para pôr os ovos. No verão após um mês, ou no inverno após dois a três meses, as larvas saem dos ovos, se juntam na ponta de alguma folha e esperam a passagem do animal, ou seja, do hospedeiro para se instaurar em todo o seu corpo (VERÍSSIMO, 2013).

Esse parasita se torna cada vez mais resistente aos carrapaticidas do mercado, ou seja, torna-se cada vez mais difícil combatê-lo. Por isso, torna-se importante buscar alternativas eficazes para não perder a produção (VERÍSSIMO; KATIKI, 2015).

Entre as alternativas está: criação de raças resistentes; uso de homeopatia, fitoterapia, controle biológico, pastejo rotacionado; integração lavoura/pecuária; escovação/catação dos parasitas; tosquia do pelame (VERÍSSIMO; KATIKI, 2015). Serão apresentadas a seguir as duas principais e mais econômicas.

A primeira é a criação de raças resistentes ao carrapato. Essa alternativa é a mais eficaz, mais econômica e ecologicamente correta. Cerca de três principais raças têm essa característica: Gir leiteiro, Girolando e Jersey (VERÍSSIMO; KATIKI, 2015).

A segunda alternativa corresponde ao controle biológico. Afirma-se ainda que, usando menos carrapaticida, se conserva os inimigos biológicos do parasita. Existem vários deles, mas alguns são: formigas, besouros, aranhas, ratos e entre outros (VERÍSSIMO; KATIKI, 2015).

Haematobia irritans, conhecida também como mosca-dos-chifres é um pequeno díptero hematófago que mede de 3 a 5 mm. É um parasita que permanece no seu hospedeiro dia e noite, saindo apenas para a ovulação (NETO et al., 2017).

O seu ciclo de vida começa quando as fêmeas depositam seus ovos nas fezes do animal e, logo após um dia, os ovos eclodem e as larvas se transformam em poupa depois de quatro dias, permanecendo ainda no solo e ficando por mais cinco ou seis dias para se transformarem em adultos e migram novamente para os hospedeiros quando isso ocorre, permanecendo cerca de seis a oito semanas (DE ALMEIDA et al., 2010).

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