AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FERTIRRIGAÇÃO
Por: Letícia Almeida • 5/3/2022 • Trabalho acadêmico • 5.076 Palavras (21 Páginas) • 170 Visualizações
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO 4
- MÉTODOS DE FERTIRRIGAÇÃO 5
- Tanque de injeção - Bombas Centrifugas 6
- Bomba Injetora 7
- Injetor Tipo Venturi 7
- VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FERTIRRIGAÇÃO 8
- CUSTO DE IMPLANTAÇÃO 9
- FILTROS 10
- QUALIDADE DA ÁGUA E SALINIZAÇÃO 11
- FONTES DE ADUBOS 133
- SOLUBILIDADE 16
- COMPATIBILIDADE DE NUTRIENTES 177
- RECOMENDAÇÃO DE FERTIRRIGAÇÃO. 18
- Pimentão 18
- Pepino 20
- Tomate 21
- Alface 22
- FERTIRRIGAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE HORTALIÇAS 23
- CONSIDERAÇÕES FINAIS 244
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 255
INTRODUÇÃO
Com o aumento da população mundial e a perspectiva de escassez dos recursos naturais, faz-se necessário o desenvolvimento de agricultura intensiva e sustentável nos mais diferentes aspectos, na qual os produtos químicos e fertilizantes minerais sejam utilizados com o objetivo de aumentar a produção de alimentos com o mínimo de impactos ambientais. Entre os meios para o uso eficiente de fertilizantes, está a fertirrigação, que consiste na aplicação de fertilizantes solúveis por meio do sistema de irrigação, o que a partir de um passado recente, tem se tornado prática habitual da agricultura irrigada moderna (MEDEIROS et al., 2012; HASSANLI et al., 2010).
Fertirrigação é uma técnica de aplicação simultânea de fertilizantes e água, através de um sistema de irrigação. É uma das maneiras mais eficientes e econômicas de aplicar fertilizante às plantas, principalmente em regiões de climas árido e semiárido, pois aplicando-se os fertilizantes em menor quantidade por vez, mas com maior frequência, é possível manter um teor uniforme de nutrientes no solo durante o ciclo da cultura, o que aumentará a eficiência do uso de nutrientes pelas plantas e, consequentemente, a produtividade (EMBRAPA, [s.d.]).
De acordo com a literatura, a fertirrigação já era praticada há centenas de anos, onde o homem realizava o lançamento de esterco animal em canais de irrigação.
Na década de 1930, produtores da Califórnia usavam sistemas de irrigação por aspersão para aplicar fertilizantes em pomares, e isso marcou o início do uso da fertirrigação em sistemas de irrigação pressurizados. Entretanto sua expansão ocorreu a partir das décadas de 1940 e 1950 com o surgimento dos sistemas de irrigação por pivô central. Posteriormente, com o desenvolvimento e a expansão da irrigação localizada (gotejamento e microaspersão), a fertirrigação expandiu-se de forma mais intensa por várias partes do mundo. (SOUSA et al., 2011).
A fertirrigação surgiu na década de 1950 nos Estados Unidos. A técnica foi denominada quimigação, referindo-se à aplicação de produtos químicos ou biológicos, usando-se a própria água de irrigação. (EMBRAPA, 2007).
A prática ganhou maior visibilidade pela eficiência e praticidade, onde supre a demanda nutricional da planta nas quantidades adequadas. O olericultor pode
disponibilizar esses nutrientes na fase correta de desenvolvimento do cultivo, juntamente com a irrigação, o que proporciona uma economia da água e de fertilizantes, gerando assim altos rendimentos e produtos de qualidade. Tendo todos esses pontos favoráveis, muitos estados no Brasil já utilizam a fertirrigação em suas culturas.
Pode-se destacar Holambra e Atibaia, em São Paulo, e Mossoró/RN. Ocorre também na região de Petrolina/PE e Juazeiro/ BA, com produção de uva itália e manga para exportação. Também em alguns estados do Nordeste, norte de Minas Gerais e interior de São Paulo com frutas (coco anão, pinha, maracujá e goiaba). Já na Serra Gaúcha, estado de São Paulo, região de Campos/RJ e zona da mata de Minas Gerais, destaca-se a produção de figos, pêssegos e maçãs. Ainda com eucalipto nos estados de São Paulo e Espírito Santo, tomate industrial em Minas Gerais e Goiás, coco e outras frutas em Tocantins, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e na cultura do café no Triângulo Mineiro, norte de Minas Gerais, Semiárido baiano e interior de São Paulo. (SOUZA et al., 2011).
Em ambientes protegidos, a fertirrigação é amplamente utilizada no cultivo de olerícolas, principalmente nas regiões sul e sudeste do Brasil. Entretanto, de modo oposto ao cultivo em campo, os solos de ambientes protegidos não sofrem a ação de chuvas –a lixiviar os sais–, comportando-se de maneira semelhante às regiões semiáridas do país. A partir do exposto, essa situação pode ocasionar problemas de salinidade, devido ao excesso de fertilizantes, nesse tipo de cultivo (SILVA et al., 2013).
O principal problema da fertirrigação está associado ao manejo incorreto, em razão da falta de informações adequadas e/ou utilização, de forma empírica, devido à falta de conhecimento referente. (VILLAS BÔAS et al., 2001).
A adubação foliar se difere da fertirrigação por ser utilizado como meio alternativo para adubação, oferecendo os nutrientes necessários para resolver problemas pontuais.
MÉTODOS DE FERTIRRIGAÇÃO
Para realizarmos a fertirrigação, precisamos de um sistema de injeção, para adicionar os nutrientes em conjunto com a tubulação de água direcionada para irrigação. Podemos encontrar uma variedade de tipos ejetores, com custos variados, eficiência e fontes de energia. Os métodos de injeção podem ser categorizados em: gravidade, pressão
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