Agroquímicos
Artigo: Agroquímicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ed_oliveiraa • 29/11/2014 • Artigo • 1.640 Palavras (7 Páginas) • 263 Visualizações
Introdução
O trabalho agrícola pode ser considerado uma prática perigosa na atualidade. Dentre os vários riscos ocupacionais, destacam-se os agroquímicos que são relacionados a intoxicações dos seres vivos e diversos outros danos ambientais.
Partes dos agricultores desconhecem os riscos impostos por esses produtos, conseqüentemente, negligenciam algumas normas básicas indispensáveis para a segurança no trabalho, partindo desse ponto este trabalho tem a finalidade de mostrar aos leitores a importância do uso correto desses agroquímicos para preservação do meio ambiente e da saúde humana.
Os agroquímicos classificam-se em:
1. Os BACTERICIDAS destinam-se ao controle de doenças causadas por bactérias.
2. Os NEMATICIDAS são destinados ao controle de nematóides.
3. Os HERBICIDAS são os defensivos destinados ao controle do mato.
4. Os FUNGICIDAS são usados no controle de doenças causadas por fungos.
5. Os INSETICIDAS destinam-se ao controle dos insetos.
6. Os ACARICIDAS são os defensivos destinados ao controle de ácaros.
O presente artigo apresenta como esse uso indevido e inadequado dos agroquímicos podem causar grandes danos econômicos e ambientais à sociedade. Quando usado incorretamente, este causa contaminação da água e dos solos, pois se desloca no meio ambiente, através dos ventos e água da chuva para locais distantes do local aplicado. Ele ainda pode ser responsável pelos altos índices de intoxicação verificados entre os produtores e trabalhadores rurais, além de provocar a contaminação dos alimentos.
O uso de agroquímicos no campo atinge primordialmente os trabalhadores
rurais, que manuseiam e aplicam estes compostos. A Organização Mundial de Saúde estima que ocorreram no mundo até 2000 cerca de quatro milhões de intoxicações agudas causadas por esses compostos, com cerca de 220 mil mortes por ano. Cerca de 70% dos casos registrados ocorreram em países em desenvolvimento (JEYARATNAM, 1990, p.207).
O uso de equipamentos de proteção adequados pelo agricultor pode reduzir em até 100 % a exposição (BONSAL, 1985, p.13). Entretanto, devido a questões econômicas, culturais ou desinformação quanto ao risco, o uso desses equipamentos, muitas vezes, é precário ou inexistente.
Alguns fatores inter-relacionados atuam como determinantes da amplificação e da redução do impacto que o uso do agroquímico pode acarretar sobre a saúde das populações humanas, tais como: a) o baixo nível de escolaridade; b) a falta de uma política de acompanhamento/aconselhamento técnico mais eficiente; c) as práticas exploratórias de propaganda e venda, por parte das indústrias produtoras e centros distribuidores de agrotóxicos; d) o desconhecimento de técnicas alternativas e eficientes de cultivo; e) a pouca atenção dada ao descarte de rejeitos e de embalagens; f) a utilização/exposição continuada dos agrotóxicos; g) o teor eminentemente técnico do material informativo disponível às populações rurais; h) as dificuldades de comunicação entre técnicos e agricultores; i) ausência de iniciativas governamentais eficientes para prover assistência técnica continuada aos trabalhadores rurais; e j) a falta de estratégias governamentais eficientes para o controle da venda agrotóxicos.
Desenvolvimento
Os Defensivos Agrícolas
O homem vem aprendendo desde a pré-história, a praticar a agricultura de uma maneira mais produtiva com a finalidade de assegurar o seu sustento. No entanto ele convive com o problema das pragas que destroem as plantas, as colheitas e os alimentos armazenados, geralmente em grandes quantidades. O combate às pragas é antigo. Os chineses há cerca de 1.000 anos atrás, já utilizavam compostos de arsênio, como o sulfeto de arsênio.
Com objetivo de proteger a sua colheita, o homem desenvolveu os agroquímicos também denominados pesticidas, praguicidas ou defensivos agrícolas, etc. Estes produtos químicos, ou mistura destes, são destinados ao uso, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção das florestas e outros ecossistemas urbanos, hídricos e industriais, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, também empregados como substâncias e produtos desfolhantes, dessecantes, estimuladores, inibidores do crescimento e fertilizantes para as plantas.
Sua aplicação indiscriminada acarreta inúmeros problemas, tanto para saúde dos aplicadores e dos consumidores, como para o Meio Ambiente, contaminando o solo, a água, levando à morte plantas e animais.
A agricultura brasileira cada vez mais tem feito uso desses insumos químicos, principalmente de agrotóxicos, e isso acarreta numa serie de problemas ecológicos.
Segundo Ferrari (1985, p.110) "ate os anos 50 as atividades da agricultura estavam direcionadas para geração de produtos (café e algodão, principalmente) para o autoconsumo da população
residente no meio rural e alguns poucos núcleos urbanos". mas com o aumento da população urbana houve a necessidade de aumentar a produção agrícola para abastecer os centros urbanos, utilizando agrotóxicos para combater as pragas mesmo sem saber quais as conseqüências que poderiam ser geradas por estes produtos.
De acordo com Ferrari (1985, p.111) a contaminação de alimentos, poluição de rios, erosão de solos e desertificação, intoxicação e morte de agricultores e extinção de espécies animais, são algumas da mais graves conseqüências da agricultura química industrial e do uso indiscriminado de agrotóxicos largamente estimulados nos últimos 25 anos.
Devido à contaminação ambiental e aos resíduos de agrotóxicos nos alimentos, podemos também estimar que as populações residentes próximas a áreas de cultivo e os moradores urbanos também estão significativamente expostos aos efeitos nocivos destes agentes químicos (CARVALHO et al, 2005, p 223).
O Impacto Ambiental
O consumo de agrotóxicos gera um círculo vicioso: quanto mais se usa, maiores são os desequilíbrios provocado e maior a necessidade de uso, em doses mais intensas, de formulações cada vez mais tóxicas.
A fauna e a flora também são amplamente afetadas com o uso de insumos químicos indiscriminados. De acordo com Ferrari (1985, p.112), as terras carregadas pelas águas das chuvas levam para os rios, lagoas e barragens, os resíduos de agrotóxicos,
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