“Feira do Convento”: Perfil e caracterização da Associação dos Produtores e Feirantes
Por: cristianne burgo • 11/6/2020 • Artigo • 3.406 Palavras (14 Páginas) • 415 Visualizações
“Feira do Convento”: Perfil e caracterização da Associação dos Produtores e Feirantes de Unaí/MG
COELHO¹, João Victor Xavier
MORAES², Cristianne Burgo
SILVA³, Warley Henrique da
ARAÚJO4, Mateus Soares
BACELAR5, Manuela Araújo
BATISTA6, Ana Luíza Rodrigues
FERREIRA7, Rodrigo Carneiro Martins
FONSECA8, João Eduardo Euclides da
FRUTUOSO9, João Victor Fernandes
JÚNIOR10, Renato Sidnei Ferreira Lima
SANTOS11, Rillrya Ribeiro de Almeida
SILVA12, Mirielle Paula Pereira da
SILVA13, Pedro Henrique Pedroso da
SILVA14, Tayná Adelina Rodrigues da
SOARES15, Tiago Gaia
Resumo: As feiras livres são consideradas uma das formas mais antigas de comercialização existente em todo o mundo, podendo constatar que várias cidades do Brasil utilizam deste meio para realizar a comercialização de produtos de pequenos produtores. Também é uma forma de gerar renda para as famílias que não conseguem colocar os seus produtos no mercado local, trazendo para a população uma grande diversificação de produtos de origem animal e vegetal, sendo estes processados ou não. Pode-se destacar também a comercialização de artesanatos, ponto de encontro e descontração para a população, além de ser uma questão cultural em muitas cidades. Diante deste contexto o presente trabalho tem como objetivo identificar o perfil e as características dos feirantes que comercializam seus produtos na popular “Feira do Convento”, em Unaí/MG, bem como apurar aqueles que se enquadram ou não dentro da agricultura familiar, caracterizando os comerciantes por gênero, faixa etária, escolaridade identificando aqueles que conhecem e possuem DAP (Declaração de Aptidão ao PRONAF), além de levantar os feirantes que possuem assistência técnica, participam de algum programa do governo ou já fizeram algum financiamento. Para isto foram aplicados aleatoriamente trinta questionários dentre os sessenta e oito produtores que se enquadravam no objetivo do trabalho. Os dados coletados foram transferidos e tratados em planilhas do Excel, onde pode-se perceber que 54% dos entrevistados eram homens e 47% mulheres. Dos pesquisados 27% fizeram o 3º e 4º ano do ensino fundamental e 23% o ensino médio completo, os demais estão distribuídos nos outros níveis de escolaridade. A faixa etária ficou entre 36 e 55 anos com 53%, 23% entre 56 e 65 anos e o restante nas demais faixas. Quanto a assistência técnica 70% não a possuem. Ao abordar a DAP 60% a conhecem, mas apenas 37% possuem a mesma, mesmo sendo uma das exigências da LEI Nº 1.665/97 que rege o funcionamento e as normas da feira. Com relação aos programas do governo e financiamentos apenas 17% participam de algum programa e 27% já fizeram algum tipo de financiamento. Assim, fica evidente que na “Feira do Convento” a questão de gênero quase se equivale, mostrando que a mulher também está buscando ocupar seu espaço, pontuando que a maioria dos comerciantes possuem uma idade mediana e pouco estudo, reduzindo as oportunidades destes no mercado de trabalho, podendo ser este um dos fatores que os levam a procurar a feira como meio de escoar seus produtos e garantir a subsistência de sua família. Ainda é importante destacar que mesmo a maioria conhecendo a DAP, poucos a possuem e apenas uma pequena porcentagem teve acesso aos programas do governo e financiamentos disponíveis aos agricultores familiares. A maioria não possui assistência técnica devido à falta de condições financeiras e apoio governamental, fazendo com que muitos destes tenham apenas as feiras como meio de comercialização de seus produtos.
Abstract: Free markets are considered one of the oldest forms of commercialization in the world, and it can be seen that many cities in Brazil use this medium to market products from small producers. It is also a way of generating income for families who cannot place their products on the local market, bringing to the population a great diversification of animal and vegetable products, whether or not processed. Also noteworthy is the commercialization of handicrafts, meeting point and relaxation for the population, as well as being a cultural issue in many cities. Given this context the present work aims to identify the profile and characteristics of marketers who market their products in the popular "Convent Fair", in Unaí / MG, as well as to determine those that fit or not within family farming, characterizing the merchants by gender, age group, schooling identifying those who know and have a PRONAF Aptitude Statement (DAP), and raise marketers who have technical assistance, participate in some government program or have already made some funding. For this, 30 questionnaires were randomly applied among the sixty-eight producers that fit the objective of the study. The collected data were transferred and processed in Excel spreadsheets, where it can be seen that 54% of respondents were men and 47% women. Of the surveyed 27% had completed the 3rd and 4th year of elementary school and 23% completed high school, the others are distributed in other levels of education. The age group was between 36 and 55 years old with 53%, 23% between 56 and 65 years and the rest in the other groups. As for technical assistance 70% do not have it. When approaching the DAP 60% know it, but only 37% have it, even though it is one of the requirements of Law No. 1,665 / 97 that governs the operation and rules of the fair. Regarding government programs and funding only 17% participate in any program and 27% have already done some type of funding. Thus, it is evident that in the “Convent Fair” the gender issue is almost equivalent, showing that women are also seeking to occupy their space, pointing out that most traders are of average age and have little study, reducing their opportunities in the market. This may be one of the factors that lead them to look for the fair as a means of selling their products and ensuring their family's livelihood. It is also important to point out that even though most of them know about PAD, few have it and only a small percentage have access to government programs and financing available to family farmers. Most do not have technical assistance due to lack of financial conditions and government support, so many of these have only fairs as a means of marketing their products.
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