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O Ciclo do Carbono

Por:   •  2/4/2024  •  Trabalho acadêmico  •  2.635 Palavras (11 Páginas)  •  72 Visualizações

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UNIGUAÇU – UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DO IGUAÇU LTDA.

FACULDADE UNIGUAÇU

Leonardo Augusto Scherer Carrer

Ciclo do Carbono

São Miguel do Iguaçu

2024

Leonardo Augusto Scherer Carrer

Ciclo do Carbono

Trabalho de revisão bibliográfica apresentado a Faculdade Uniguaçu, como parte dos requisitos para obtenção em Bacharel em Engenharia Agronomica

Orientador: Prof. Max Sander Souto

São Miguel do Iguaçu

2024

Introdução

O ciclo do carbono desempenha um papel essencial na agricultura, afetando tanto a eficiência das colheitas quanto a sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Em sua essência, está a capacidade das plantas de absorver dióxido de carbono (CO2) da atmosfera durante o processo de fotossíntese, transformando-o em carboidratos que nutrem seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, a presença de matéria orgânica no solo é fundamental. Ela é composta por restos em decomposição de plantas e animais, e práticas agrícolas como o manejo dos resíduos das culturas e o uso de adubos orgânicos podem aumentar a quantidade de carbono no solo, melhorando sua fertilidade e capacidade de retenção de água.

No entanto, as atividades agrícolas também contribuem para a emissão de gases do efeito estufa, como metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), principalmente através da decomposição anaeróbica dos resíduos orgânicos e do uso de fertilizantes nitrogenados. Essas emissões têm impactos significativos no clima e na sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Práticas agrícolas sustentáveis, como plantio direto, rotação de culturas e manejo conservacionista do solo, podem ajudar a aumentar a captura de carbono no solo e na biomassa vegetal, reduzindo assim os impactos das mudanças climáticas na agricultura.

 Portanto, busca-se neste trabalho compreender o ciclo do carbono em meio a agricultura, onde envolve a circulação contínua do carbono entre o solo, as plantas e a atmosfera. Esse ciclo começa com as plantas absorvendo dióxido de carbono da atmosfera durante a fotossíntese. Depois disso, o dióxido de carbono é convertido em carboidratos, que são usados pelas plantas para crescer e desenvolver. Uma parte do carbono é transferida para o solo na forma de matéria orgânica à medida que as plantas morrem e se decompõem. Essa matéria orgânica é quebrada no solo por microrganismos decompositores, que liberam dióxido de carbono para a atmosfera. Uma parte desse carbono permanece no solo por um período prolongado, melhorando a fertilidade e a saúde do solo. Atividades agrícolas como a conservação do solo e a incorporação

CICLO DO CARBONO NO SOLO

 De acordo com Pulrolnick (2009), o ciclo do carbono no solo é bastante complexo, pois, ao mesmo tempo em que os microrganismos degradam e sintetizam compostos orgânicos, a separação entre os processos de degradação e síntese se torna difícil. Os teores de carbono orgânico no solo estão diretamente relacionados à interação com a vida na biosfera. Através da fotossíntese, uma grande parte do carbono é incorporada no solo, fornecendo energia para os microrganismos heterotróficos crescerem, se multiplicarem e sobreviverem.

 “Na agricultura, os resíduos de culturas constituem o recurso primário de carbono, que fornece substrato para a biota do solo e liberação do CO2 pela respiração para a atmosfera” [Pulrolnick, 2009, p.11]. A decomposição dos resíduos é a função primordial dos microrganismos do solo, que controlam as reações do ciclo interno do carbono. A biomassa microbiana, apesar de representar uma pequena porção do carbono total do solo, regula muitas das reações do ciclo do carbono, mantendo um equilíbrio na entrada e saída de carbono.

A decomposição dos resíduos vegetais no solo libera CO2 para a atmosfera, mas também produz intermediários que podem ser oxidados. A taxa de oxidação está relacionada à quantidade de microrganismos no solo e reflete a atividade da biomassa microbiana. Fatores como clima, propriedades do solo e cobertura vegetal influenciam essa atividade e a emissão de CO2.

 No manejo agrícola, as práticas no solo afetam tanto a entrada de matéria orgânica quanto a taxa de decomposição. Estudos demonstraram que a fertilização pode aumentar a atividade microbiana. A biomassa microbiana, especialmente a presente em resíduos vegetais, desempenha um papel crucial na ciclagem de nutrientes e produtividade das plantas. A atividade microbiana é influenciada pela disponibilidade de substratos orgânicos no solo.

 A decomposição e a transformação de nutrientes no solo são afetadas pela acidificação. Os fungos são essenciais na biomassa microbiana do solo e são responsáveis por grande parte da matéria orgânica presente. A população de microrganismos decompositores é regulada por fatores como aeração, umidade, temperatura, pH e nutrientes do solo.

INPORTANCIA DO CARBONO NO SOLO:

Nas diversas regiões do mundo, os solos desempenham um papel fundamental no armazenamento de carbono, chegando a ser responsáveis por guardar pelo menos o dobro da quantidade presente na atmosfera. Isso mostra a importância dos solos na regulação do ciclo global de carbono, podendo influenciar significativamente as variações a longo prazo [Camargo, 2009, p.1;2]. A forma como o carbono é manejado durante as mudanças no uso da terra também pode ter um impacto significativo em nível regional e nacional.

Alguns modelos científicos preveem que as florestas intactas podem perder grandes quantidades de carbono do solo devido aos efeitos da mudança climática no futuro. Isso é preocupante, pois o carbono do solo desempenha um papel crucial no armazenamento de carbono e na regulação do clima. Portanto, é essencial tomar medidas para proteger essas áreas e evitar essas perdas significativas de carbono do solo. [Falloon et al., 2007 apud Camargo, 2009, p.2].

A matéria orgânica presente no solo é responsável por controlar diversas propriedades importantes, como a disponibilidade de nutrientes, a capacidade de retenção de água e a fertilidade do solo. Além disso, desempenha um papel crucial no ciclo global de carbono. Os processos de decomposição que ocorrem nos solos são fontes ou sumidouros de gases traço não-CO2, destacando a sua relevância na regulação do equilíbrio atmosférico.

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