O Relatório Geologia Estrutural

Resumo:

A necessidade de obter novas formas de gerar energia sem o uso de combustíveis fósseis ou outros elementos que agridam o meio ambiente já é realidade há algum tempo. Uma dessas formas de gerar energia de forma limpa é através do calor interno da Terra, a chamada energia geotérmica.

Neste trabalho são abordados dois artigos científicos que trazem como tema a energia geotérmica. O artigo de Fuentes (2011) discorre sobre a situação do Chile quanto ao uso dessa energia e o artigo de Arboit et al (2013) aborda como o Brasil poderia utilizar a potencialidade das fontes geotérmicas que possui. Serão comparados os dados do Brasil e do Chile, segundo estes artigos, acerca da potencialidade das fontes de cada um, experiências já realizadas e questões que impedem o avanço do uso e do desenvolvimento dessa energia.

Análise:

Para a elaboração deste trabalho foram analisados os seguintes artigos:

1. ARBOIT, N. K. S.; DECEZARO, S. T.; AMARAL, G M. DO; LIBERALESSO, T.; MAYER, V. M.; KEMERICH, P. D. C. Potencialidade de utilização da energia geotérmica no Brasil – Uma revisão de literatura. Revista do Departamento de Geografia – USP, São Paulo, v. 26 (2013), p.155-168. Disponível em: <http://www-periodicos-capes-gov-br.ez101.periodicos.capes.gov.br>. Acesso em 21 mai. 2016.

2. FUENTES, F. V. Energía Geotérmica y su Implementación en Chile. Revista Interamericana de Ambiente y Turismo, Chile, v. 7, n. 1, p. 1-9, 2011. Disponível em: < http://www-periodicos-capes-gov-br.ez101.periodicos.capes.gov.br >.

Acesso em: 21 mai. 2016.

Ambos os artigos têm como metodologia análises descritivas baseadas em revisões bibliográficas. O trabalho de Fuentes (2011) busca explicar o que é a energia geotérmica, como ela já é utilizada no Chile e os obstáculos que o país enfrenta para aumentar a utilização desta. Já o trabalho de Arboit et al (2013) visa apresentar a potencialidade do Brasil em relação à utilização desse tipo de energia e cita estudos e casos relacionados que corroboram essa afirmação.

Tema: Energias renováveis Recorte: Energia geotérmica

Energia renovável, tema deste trabalho, é um tipo de fonte energética que pode gerar energia de forma menos danosa ao meio ambiente e por tempo indefinido, que se renova. O recorte realizado neste tema foi feito em energia geotérmica, que é uma “fonte energética renovável que usa o calor contido no interior da Terra”, conforme Biomaticos (2008) apud FUENTES (2011, p. 02), e esse calor é liberado de forma mais intensa nas bordas das placas tectónicas. (BICUDO, 2010 apud ARBOIT et al, 2013).

A energia geotérmica proveniente de águas de baixa energia (temperaturas entre 50 ºC e 150 ºC) pode ser aproveitada nas indústrias para pré-aquecimento de caldeiras e outros processos, aquecimento de casas, na agricultura e para fins de turismo e lazer. (HAMZA et al, 2005 apud ARBOIT et al, 2013).

Para a geração de eletricidade, o funcionamento consiste em poços com profundidade entre 1,6 km e 5 km perfurados em reservas de água com altas temperaturas, nesse caso a partir de 150 ºC, ligados a geradores de eletricidade cujas turbinas são acionadas pelo vapor d´água ou pela pressão que a água quente exerce. (MARAMBIO, 2007 apud FUENTES, 2011).

A energia geotérmica apresenta vantagens sobre as fontes geradoras convencionais, como estar disponível em todo o planeta, ter baixos custos operacionais, baixos riscos na exploração, emitir apenas a sexta parte de dióxido de carbono quando comparada aos combustíveis fósseis (carvão e gás), além de que as usinas tem tempo de exploração mínimo de 50 anos. As desvantagens apresentadas são a liberação de ácido sulfídrico (gás malcheiroso) e CO2 e a possibilidade de esfriamento de locais próximos que também emitem calor. (ENAP, 2004 apud FUENTES, 2011).

O Chile está situado sobre a Placa de Nazca, uma região com intensa atividade tectônica que conta com 2900 vulcões (apenas 80 ativos na atualidade), o que favorece a exploração de energia geotérmica. (ERCILLA apud FUENTES, 2011).

Tal configuração faz com que o país possua fontes geotérmicas com potenciais baixos a elevados de produção de eletricidade. O Chile já conta com legislação própria para a exploração da geotermia, que pode ser feita por meio de concessões e licitações públicas, além de projetos de fomento para a iniciativa privada que também promovem desenvolvimento científico e tecnológico.

Existem algumas usinas em andamento, como a usina de Pampa Apacheta, localizada na região de Cordilheira dos Andes. Através de 11 perfurações, poderá ser capaz de gerar 50 MW quando começar a operar e possui vida útil indefinida.