RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: “Meio Socioeconômico e Desenvolvimento Agrícola Sustentável”
Por: mmleao811 • 4/6/2020 • Relatório de pesquisa • 9.410 Palavras (38 Páginas) • 263 Visualizações
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ- CAMPUS CASTANHAL.
CURSO DE AGRONOMIA 2013
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: “Meio Socioeconômico e Desenvolvimento Agrícola Sustentável”
EDSON WANDER COSTA CARDOSO
MICHAEL RUAN NUNES DE LIMA
JEAN MARCEL LEÃO PEREIRA
CASTANHAL – PA
DEZEMBRO DE 2017
EDSON WANDER COSTA CARDOSO
MICHAEL RUAN NUNES DE LIMA
JEAN MARCEL LEÃO PEREIRA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: “Meio Socioeconômico e Desenvolvimento Agrícola Sustentável”
Relatório apresentado a Banca Examinadora do Curso de Agronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará- Campus Castanhal, sob orientação do Prof. Drº Aldrin Mário da Silva Benjamim.
Castanhal- PA, 2017.
DATA DE APROVAÇÃO: __/___/______
Professores avaliadores:
____________________________________________
Profª. Drª. Maria Grings Batista
_____________________________________________
Prof. Drº. Romier da Paixão Sousa
CASTANHAL – PA
DEZEMBRO DE 2017
Sumário
1 – INTRODUÇÃO 4
2 - REFERENCIAL TEÓRICO 7
2.1 - ESTÁGIO SUPERVISIONADO, UM PROCESSO FORMATIVO: CONFRONTO ENTRE TEORIA E REALIDADE 7
2.2 - DESENVOLVIMENTO RURAL NA REGIÃO DO BAIXO TOCANTINS NO ESPAÇO E TEMPO. 8
2.2.1 - Influências das Políticas Públicas Agrárias no Desenvolvimento da região e no município de Abaetetuba. 10
2.3.2 – Caracteristicas do solo,vegetação e clima 15
2.3.3 – Principais atividades economicas 15
2.3.4 – Aspectos Socioambientais. 16
2.3.5 – Desenvolvimento Sociocultural municipal. 18
2.3.6 O papel da agropecuária no desenvolvimento do município. 19
4. Resultados e discursões 27
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 28
6 - REFERÊNCIAS 29
1 – INTRODUÇÃO
A Amazônia é interpretada a partir de diferentes olhares e dimensões de acordo com o tempo histórico, o enfoque legal e teórico, interesse político, econômico, social entre outros aspectos, porém, todos esses olhares situam o caráter de sua importância para a vida humana e das outras espécies. Para os habitantes da beira dos rios, a Amazônia se apresenta de forma própria e somente um ‘olhar sensível e observante’ sobre as práticas sociais nela existentes poderá situá-la de forma concreta e fora de visões generalistas e exóticas a que muitas vezes é submetida (POJO et. al, 2017).
Ultimamente, uma soma de esforços que unem os movimentos sociais, as universidades e as instituições de pesquisa, tem feito surgir novas formas de aproveitamento racional da biodiversidade, que buscam garantir, não somente a conservação da biodiversidade amazônica, patrimônio da humanidade, mas também a sobrevivência e o desenvolvimento social de seus habitantes (PEREIRA, 2002).
A agricultura familiar constitui, ainda, um grande desafio teórico e conceitual, com implicações no recorte empírico, principalmente na região amazônica, mas especificamente na Amazônia paraense, por sua diversidade social e biológica e necessidades especificas de inovação adaptadas as peculiaridades da região.
A missão de construir uma agricultura capaz de promover o desenvolvimento econômico, com equidade social e sustentabilidade surge como o desafio da academia de pensar novas metodologias, abordagens, conteúdos e práticas na trajetória acadêmica dos profissionais de agronomia, formando-os de forma a serem capazes de trabalhar modos de agricultura embasados nesses elementos. Dessa maneira, a formação de profissionais contextualizados de acordo com a realidade local, surge a partir da interação concreta das diferentes realidades com esse desafio.
Ações tecnicistas modernas que valorizam pacotes tecnológicos muito específicos que transmitem receitas previamente estabelecidas aos agricultores, simplesmente ignoram as especificidades que resultam da estreita relação homem-agricultura-natureza e o protagonismo da família agricultora, caracterizando em reducionismo, triunfalismo e utilitarismo (BONILLA, 1992). Essa condição dificulta a percepção, por parte do estudante, das inter-relações que naturalmente ocorrem entre diferentes saberes. O desafio tem sido superar a visão mecanicista e assumir o paradigma da complexidade que significa, também, propiciar uma melhor formação acadêmica para um mundo que se inova constantemente (ROMBALDI, 2009).
Decifrar o enigma amazônico (Mendes, 1974) requer estar atento as complexidades da região, compreender que Amazônia não e organismo independente (Homma, 2003), e um complexo de terra, floresta e agua (Witkoski, 2007) e, principalmente, porque nela habitam grupos “humanos diferenciados sob o ponto de vista cultural, que reproduzem historicamente seu modo de vida, de forma mais ou menos isolada, com base na cooperação social e relações próprias com a natureza” (Diegues e Arruda, 2001, p. 27).
Nessa região, dotada de tamanha peculiaridade, não e possível uma ação voltada a transformar o agricultor, o ribeirinho, o índio, o caboclo e o quilombola em objeto que “recebe dócil e passivamente os conteúdos que outros lhe dão ou lhes impõem”, como diz Paulo Freire. É preciso que o debate seja capaz de exigir “uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante, implica em invenção e reinvenção” (Freire, 1977).
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