Nossa galáxia, a Via Láctea
Pesquisas Acadêmicas: Nossa galáxia, a Via Láctea. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: giuliagatona • 15/10/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 7.471 Palavras (30 Páginas) • 411 Visualizações
Galáxias
Denominamos galáxia a uma gigantesca acumulação de estrelas, poeiras e gás, que aparece isolada no espaço e cujos constituintes se mantêm unidos entre si devido a mútuas interações gravitacionais, sendo por vezes o seu comportamento afetado por galáxias vizinhas. Qualquer galáxia possui milhares de milhões de estrelas. A nossa galáxia, a Via Láctea, sendo uma galáxia gigante (é a segunda maior do Grupo Local), contém cerca de 1011 estrelas.Desde que os astrônomos tiveram consciência da sua existência, as galáxias fascinaram-nos pela sua variedade de formas, pelas interações entre elas e pelos fenômenos que ocorrem nas mesmas.
Sabemos hoje que a existência de galáxias apenas é possível devido a ter sido criada uma pequena assimetria nos primeiros segundos do Universo, que permitiu que ao longo dos milhões de anos que se seguiram se formassem aglomerados de gás e poeiras que depois, com o nascimento de estrelas, dessem origem às galáxias. Caso essa assimetria não tivesse ocorrido, o Universo teria evoluído perfeitamente homogêneo, sem a existência de quaisquer das estruturas celestes que hoje conhecemos. No entanto, as causas da pequena assimetria, que fez do nosso Universo aquilo que hoje conhecemos, permanecem ainda um enigma.
O nascimento de estrelas nas galáxias não é um fenômeno independente de outros. A ideia de que as galáxias evoluem não só em aspecto, mas também em composição química, constitui a hipótese fundamental em inúmeras investigações atuais que tentam explicar as consequências que certos fenômenos, como as interações entre galáxias vizinhas ou os seus choques, têm sobre a vida subsequente das galáxias envolvidas.
Em função da sua forma as «nebulosas» classificavam-se em esféricas, anulares, elípticas, espirais e irregulares. Estas aparências pareciam se resultado de estágios diferentes da evolução das nebulosas. A natureza das nebulosas era ainda perfeitamente desconhecida.
Só no século XX, e devido a um trabalho sistemático de Edwin Hubble, com o advento da construção de telescópios de cada vez maior potência, consegue demonstrar que as nebulosas não possuíam toda a mesma natureza. Demonstrou inicialmente, em 1923, que as nebulosas espirais não são nebulosas feitas de gás ionizado, mas sim galáxias, enormes aglomerados de estrelas em rotação em torno de um núcleo, que são exteriores à nossa Galáxia e semelhantes a ela.
Ao longo do seu trabalho, Hubble classificou as galáxias segundo a sua aparência em espirais, espirais barradas, elípticas e irregulares, a que mais tarde se juntou as lenticulares. O pretendido por Hubble era uma classificação morfológica, que rapidamente se transformou na base de pressupostos esquemas evolutiva. Num destes, as galáxias iniciariam a sua vida como elípticas. Devido à condensação do núcleo central ir-se-iam formando estrelas que emigrariam até ao exterior em correntes espiraladas para ir formando um disco. Os braços espirais iriam crescendo até se juntarem num disco sem estrutura que consumia o gás que rodeava o centro.
Espirais (S)
As galáxias espirais, quando vistas de frente, apresentam uma clara estrutura espiral. Andrômeda (M31) e a nossa própria Galáxia são espirais típicas. Elas possuem um núcleo, um disco, um halo, e braços espirais. As galáxias espirais apresentam diferenças entre si principalmente quanto ao tamanho do núcleo e ao grau de desenvolvimento dos braços espirais. Assim, elas são subdivididas nas categorias Sa, Sb e Sc, de acordo com o grau de desenvolvimento e enrolamento dos braços espirais e com o tamanho do núcleo comparado com o do disco
a núcleo maior, braços pequenos e bem enrolados
b núcleo e braços intermediários
c núcleo menor, braços grandes e mais abertos
Por exemplo, uma galáxia Sa é uma espiral com núcleo grande e braços espirais pequenos, bem enrolados, de difícil resolução.
Fotos de galáxias obtidas por Jim Wray, no McDonald Observatory.
Existem algumas galáxias que têm núcleo, disco e halo, mas não têm traços de estrutura espiral. Hubble classificou essas galáxias como S0, e elas são às vezes chamadas lenticulares. As galáxias espirais e lenticulares juntas formam o conjunto das galáxias discoidais.
Elípticas (E)
As galáxias elípticas apresentam forma esférica ou elipsoidal, e não têm estrutura espiral. Têm pouco gás, pouca poeira e poucas estrelas jovens. Elas se parecem ao núcleo e halo das galáxias espirais.
As galáxias elípticas são chamadas de En, onde n=10(a-b)/a, sendo a o semi-eixo maior e b o semi-eixo menor.
Hubble subdividiu as elípticas em classes de E0 a E7, de acordo com o seu grau
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