A CORTIÇA COMO INOVAÇÃO PARA OS REVESTIMENTO

A CORTIÇA COMO INOVAÇÃO PARA OS REVESTIMENTO DE PISO E PAREDE

INNOVATION HOW TO CORK FLOOR COVERING AND WALL

Andrey Stankowich1; Angela A. C. Gonçalves2; Carina Ferreira3; Carlos Alberto de Sousa Pinto4; João Batista Miranda5; Kamalla Karine Darc Ribeiro6; Marcus Vinicius Souza Martins7, Maxilei Aparecido Pinto8; Renato Vieira da Silva9.

Janaína Aparecida Barbosa10(Orientadora)

Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG

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RESUMO: Este trabalho faz uma abordagem à cortiça como matéria prima renovável e inovadora, sua origem, suas principais características, e sobretudo sua potencialidade de aplicação no Setor da Construção Civil. Nele objetiva-se uma análise específica sobre aplicação da cortiça em revestimentos de piso e parede num estudo através da literatura sobre o assunto.

PALAVRAS-CHAVE: Cortiça, Revestimento,Inovação.

ABSTRACT: This work is an approach to cork as a renewable and innovative raw material, its origin, its main features, and above all its application potential in Sector Construction. It aims to be a specific analysis on application of cork floorings and wall in a study through the literature on the subject.

KEYWORDS: Cork, coating, Innovation.

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1 INTRODUÇÃO

Uma das características marcantes na construção civil do século XXI é a busca pela utilização cada vez maior de materiais sustentáveis e ecologicamente corretos que garantam conforto e satisfação aos usuários.

Buscando contextualizar o estudo acadêmico com os diversos desafios para o profissional de Engenharia Civil, este trabalho apresenta um dos materiais, ao menos no contexto do Brasil, ainda pouco utilizado na Construção: a cortiça. Ela é um material de revestimento que possibilita conforto térmico e acústico e ao mesmo tempo design moderno. Mas porque a cortiça? A motivação inicial foi a curiosidade sobre o material, que no pais, quase se limita a utilização como rolha. Já nas primeiras pesquisas, encontrou-se diversas possibilidades de aplicação desse material na construção civil.

A aplicação da cortiça se origina na Antiguidade (Gil,2011) principalmente nos países mediterrânicos de onde estão os primeiros registros de sua utilização. Com o desenvolvimento de diversos aglomerados a base de cortiça no início do século XX, o mercado se abriu para esse tipo de material principalmente em Portugal. Surgiram novos produtos, novos padrões e designs, novas cores e utilizações.

De acordo com caderno técnico da Apcor – Associação Portuguesa de Cortiça, a União Europeia responde por 80% da produção e processamento mundial, principalmente os países do sul do Mediterrâneo, com destaque para Portugal que responde por 50% dessa produção.

2 OBJETIVOS

2.1OBJETIVO GERAL

O objetivo geral desse artigo é apresentar o produto cortiça sendo utilizado em revestimento de piso e parede.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS

Constituem os objetivos específicos do presente trabalho os itens a seguir:

• Analisarasaplicações da cortiça em revestimento, suas características técnicas e mecânicas, além de apresentar o que existe de inovação no seu uso no setor da construção civil.

• Nesse processo de contextualização apresentar-se á a cortiça e sua história através do tempo;

• Os diversos tipos de utilização da cortiça;

• A importância do conforto acústico e térmico para os revestimentos;

• A resistência desse material, exemplos de alguns tipos de revestimentos que encontramos no mercado brasileiro.

3DESENVOLVIMENTO

O presente trabalho tem como metodologia o estudo da cortiça na literatura mundial principalmente a portuguesa, e uma análise de sua inserção no mercado brasileiro através de alguns tipos de revestimentos encontrados hoje nesse mercado.

3.1A CORTIÇA

Pela sua definição no dicionário, cortiça é um tecido vegetal formado de células mortas impregnadas de suberina, que constituem o elemento principal da casca das raízes e dos troncos envelhecidos do sobreiro da espécie Quercussuber L.

O sobreiro se desenvolve principalmente na Península Ibérica, sul da Itália e França e Norte da África, tem um crescimento lento e uma grande longevidade. Pode atingir cerca de 250 a 350 anos, mas considera-se entre 150 e 200 anos a idade limite para produzir cortiça (Reis, 2011).

Quando a árvore atinge entre 20 e 35 anos é feito o primeiro descortiçamento produzindo a cortiça virgem, esse descortiçamento é conhecido como desbóia. Essa cortiça devido a suas característicasdestina-se à trituração e produção de aglomerados (Reis, 2011).

Após 9 anos é retirada uma segunda cortiça, cortiça de reprodução segundeira ou cortiça segundeira. Essa cortiça tem uma estrutura mais regular e macia, e pode ser utilizada em pavimentos.

A terceira cortiça é retirada após mais 9 anos, designada por cortiça amadia, essa é utilizada para a produção de rolhas por sua boa qualidade (Reis, 2011). Na figura abaixo (FIG. 1) apresenta-se esquematicamente as três fases do descortiçamento.

Figura 1 – Fases do descortiçamento. Fonte –C. Amorim, 2014, p. 13.

A cortiça pode ser considerada um material leve, elástico e praticamente impermeável, isolante térmico e acústico, apresentando capacidade de ser comprimido sem expansão lateral. Quando comprimida as suas células encurvam e dobram, havendo posterior recuperação. Microscopicamente suas membranas celulares estão cheias de ar que ocupa cerca de 90% do volume (Gil, 1998).

Possui massa