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A ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS MÉDICO-CIRÚRGICOS UTILIZADOS EM UNIDADES HOSPITALARES

Por:   •  22/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.201 Palavras (9 Páginas)  •  390 Visualizações

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 ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS MÉDICO-CIRÚRGICOS

UTILIZADOS EM UNIDADES HOSPITALARES

Anna Carolina LIMA1, Ana Flávia MACHADO2, Gustavo COUTO3, Joyce ALVES4, Maria Luiza dos REIS5, Matheus dos SANTOS6, Nathália de MEDEIROS7, Pedro MARTINS8, Rodrigo MENDES9

Universidade FUMEC, R. Cobre, 200 - Cruzeiro, Belo Horizonte - MG

Resumo: A infecção hospitalar é apontada como um grave problema de saúde pública em nosso país devido a sua resistência aos antimicrobianos. Diante disso, na busca de garantir a importância de se esterilizar os materiais médico-cirúrgicos, o presente artigo desenvolveu uma pesquisa de modo a especificar os principais tipos de processos físicos de esterilização, ressaltando os agentes operantes químicos mais utilizados em unidades hospitalares.

Palavras-chave: Infecção Hospitalar, Limpeza, Esterilização, Processos Físicos de Esterilização, Agentes Operantes Químicos.

Abstract: The hospital infection is pointed as a serious problem of public health in our country because of it’s resistence on antimicrobials. In order to assure the importance of sterilizing cirurgian materials, this article developed a research to specify the main types of fisical process of sterilization, pointing the most used chemical operants agents in hospital units.

Keywords: Hospital Infection, Clean, Sterilization, Fisical Processes of Sterelization, Chemical Operants Agents.

1 INTRODUÇÃO

A assistência à saúde vem, ao longo dos tempos, evoluindo com os avanços científicos e tecnológicos, de forma a trazer melhorias para a população. Mas, se por um lado se observa o desenvolvimento científico-tecnológico nas ações que envolvem à saúde, por outro, tem-se observado que problemas antigos ainda persistem neste cenário, como é o caso das infecções hospitalares. Há muito tempo, as infecções hospitalares tem sido motivo de preocupação entre os órgãos governamentais e, embora a sua regulamentação tenha ocorrido na década de 80, a problemática ainda continua sendo negligenciada no país.

Segundo a Portaria MS n° 2616 de 12/05/1998, a infecção hospitalar é definida como aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a alta. Elas representam complicações relacionadas à assistência à saúde e constituem a principal causa de morbidade, isto é, estado de morbidez capaz de gerar uma doença e mortalidade hospitalar, ocasionando no aumento do tempo de internação dos pacientes e consequentemente elevam os custos dos hospitais e reduzem a rotatividade de seus leitos.

O uso indiscriminado e a resistência aos antimicrobianos são fatores que apontam as infecções hospitalares como um grave problema de saúde pública. A presença de matéria orgânica (sangue, secreções, pus ou fezes) pode interferir com a atividade antimicrobiana dos agentes operantes, ou seja, desinfetantes e/ou esterilizantes, e até mesmo constituir-se numa barreira física de proteção aos microrganismos durante os

processos de desinfecção e/ou esterilização.

A limpeza meticulosa dos materiais médico-cirúrgicos, antes de submetê-los à esterilização é um procedimento unânime e universal. As controvérsias ocorrem em relação ao momento da realização da limpeza.

Convencionalmente, a esterilização é o processo que se utiliza de agentes químicos ou físicos para destruir todas as formas de vida microbiana. A sobrevivência de microrganismos ao processo de esterilização é decorrente de falhas humanas e mecânicas. As principais falhas humanas, além da limpeza deficiente, são emprego de invólucros inadequados, confecção de pacotes demasiadamente grandes, posicionamento incorreto na câmara de esterilização, tempo de exposição insuficiente ao agente esterilizante, entre outras.

Assim sendo, o objetivo do presente trabalho é fazer uma análise baseada numa pesquisa realizada por parte dos discentes, que vem especificar os principais tipos de processos físicos de esterilização, ressaltando os agentes operantes químicos mais utilizados em unidades hospitalares, a fim de garantir a importância de se efetuar a prática de esterilizar materiais médico-cirúrgicos, uma vez que, se não manuseados corretamente podem trazer sérios danos aos pacientes.

2 DESENVOLVIMENTO

Recentemente ocorreu em Santos, no estado de São Paulo, a realização de cirurgias de catarata com o intuito de atender a demanda da região. Os procedimentos aconteceram no Hospital das Clínicas do Alvarenga, porém 22 (vinte e duas) pessoas foram contaminadas pela bactéria do tipo Pseudomonas

aeruginosa, devido a falta de esterilização adequada e recomendada para os materiais médico-cirúrgicos.

O despreparo e a negligência cometida por parte dos responsáveis levou a retirada do globo ocular de alguns dos pacientes e em casos mais extremos, ocasionou em cegueira por completo, visto que os materiais cortantes eram utilizados sem a devida limpeza, fazendo com que todos contraíssem a referida bactéria.

Sabe-se que, na maioria das unidades hospitalares, os processos de esterilização não são realizados em ambientes separados de acordo com cada setor. Isso ocorre devido ao fato deles não terem a capacidade de realizar a esterilização de seus materiais médico-cirúrgicos adequada e eficientemente ou até mesmo em razão de a infraestrutura ser precária. Em virtude disso, foi criada a Central de Materiais Esterilizados (CME), geralmente encontrada no próprio estabelecimento, que recebe todo o material que foi utilizado em diversas áreas do hospital com o objetivo de esterilizá-los, além de armazená-los devidamente e distribuí-los para uso futuro.

A seguir serão apresentados os principais tipos de processos físicos de esterilização que geralmente se encontram em escala hospitalar, que compreendem o calor em suas formas úmida e seca e, por último e não menos importante, tem-se também o método da radiação ionizante. Diante disso, destaca-se a atuação dos agentes operantes químicos, contendo os biocidas que por si só compreendem os grupos: germicidas, fungicidas, esporicidas, víruscidas e bactericidas.

2.1 PROCESSOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO

2.1.1 Calor Úmido

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