A FILOSOFIA COMO TOTALIDADE DO SABER
Por: Jeff Bernardo • 16/8/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 802 Palavras (4 Páginas) • 291 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS PARNAÍBA
ENGENHARIA DE PESCA
DISCIPLINA: ELEMENTOS DE DEONTOLOGIA
PROFESSOR: RICARDO AVALONE
ARISTÓTELES: A FILOSOFIA COMO TOTALIDADE DO SABER
Parnaíba – 2014
Aristóteles: a filosofia como totalidade do saber
Encontra-se abertura da obra Metafísica, a primeira das mais famosas frases de Aristóteles: “Todos os homens desejam por natureza saber”.
A filosofia é o desejo de conhecer o prazer no conhecimento, onde filosofaram pra fugir da ignorância, buscando o saber em vista do conhecimento e não em vista de alguma utilidade.
Aristóteles quando colocou que o espanto admirativo era causa iniciante do conhecimento e indicar que o prazer cognitivo trazido pelas sensações decorre da capacidade diferenciadora e capacitadora dos nossos sentidos, se afasta de Platão, pois não recorre à ideias para explicar a possibilidade e origem do conhecimento. O espanto pelo mundo exterior produz um espanto interior, qual seja a descoberta da ignorância, e é nesse duplo sentido que acaba causando o desejo de conhecer. A filosofia acaba descrevendo um movimento que o primeiro espanto tira os humanos da sua ignorância satisfeita, para fazer com que caia em novos espantos, assim, uma nova ignorância é reconhecida.
Aristóteles também escreveu no livro II da Metafísica sobre a investigação da verdade: “A investigação da verdade é num sentido difícil, porem no outro fácil, utilizado como prova o fato de que ninguém pode alcançar a verdade plenamente, porem não pode errar inteiramente”. Ele iniciou também a distinção clássica entre as duas modalidades de ação humana: a práxis e a poiesis, a ação que tem seu fim em si mesma e a ação que tem como fim a fabricação de uma obra. A práxis compreende a ética e a política, enquanto práxis é a arte ou técnica, tais como agricultura, metalurgia, poesias, danças e retóricas, entre outros.
São encontradas cinco dificuldades para o conhecimento das obras de Aristóteles:
- Suas obras eram exotéricas até o meados do século 1 a.C, ou sejam, eram poemas, transcrições dos cursos abertos ao grande publico e cartas;
- Após meados do século 1 a.C, aconteceu um fato inverso ao primeiro, onde em Roma juntaram as obras exotéricas e acroamáticas, onde foi redigida por Andrônico de Rodes, formando assim o Corpus aristotelicus, encarregando-se da primeira e completa edição. As obras mais antigas da juventude foram negligenciadas e se perderam, tanto que hoje só conhecemos por interpretações e citações dos primeiros que haviam lido;
- A edição de Andrônico foi uma problemática, já que as obras eram heterogêneas, já que são sabiam se as notas pertenciam a Aristóteles ou a algum discípulo, ou se eram posteriores ou não a sua morte. Porem, Andrônico corrigiu, fez alguns cortes e adaptações nos trechos, mas desconsiderou a cronologia e a distinção entre exotérica e acroamáticas. O efeito mais conhecido disso foi que surgiu um termo que não era utilizado por Aristóteles e que consequentemente tornou-se titulo do conjunto mais importante da sua obra: Metafisica.
- A obra aristotélica quase caiu no esquecimento, devido a cristianização do Império Romano e a filosofia julgada como heresia. Os padres se interessaram pela filosofia e pelos sistemas filosóficos tardios ou mesmo do helenismo, considerando ela como instrumento de legitimação cristã, porem foram feitas alterações nas obras de Aristóteles e Platão para torná-las mais aceita na igreja.
- O corpus aristotelicus ficou do lado bizantino do Império romano, que consequentemente foi invadido pelos árabes. Em virtude disso, o Corpus continuou sendo conservado, traduzido e lido pelos árabes, não da forma original. Assim, perderam-se várias obras de Aristóteles.
Segundo Aristóteles, toda ciência investiga os princípios, as causas e a natureza dos seres que são objetos de estudos, onde o lema fundamental de Aristóteles diz: “Só a ciência quando conhecemos pelas causas”.
Ciências que investigam os princípios e as causas das coisas ou dos seres existentes na natureza, que não depende da vontade e nem das ações humanas e desenvolve seu curso por si mesmo, sem a participação do homem são definidas como Ciências teoréticas. O cientista teorético desempenha o papel de registrar, descrever, interpretar e classificar as causas dos objetos ou seres, investigar também o princípio de que tais seres dependem pra existir e para ser como são.
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