A Industria 4.0
Por: Celso Emanuel • 12/9/2018 • Trabalho acadêmico • 3.087 Palavras (13 Páginas) • 464 Visualizações
1 – INTRODUÇÃO
A Indústria 4.0, conhecida também como Quarta Revolução Industrial, já esta entre nós. Seu objetivo é facilitar a visão e permitir a execução de “fábricas inteligentes”, que são conectadas a diversos aparelhos tecnológicos. Para isso, são usadas algumas tecnologias para automação e troca de dados, como a Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things), a computação em nuvem (cloud computing), os sistemas ciber-físicos, etc. Essa nova realidade vai interferir diretamente em vários negócios e no mercado como um todo. Portanto, será fundamental observar as mudanças e as inovações tecnológicas para manter a sua empresa competitiva. Parte desse processo vem de identificar e compreender os interesses do consumidor e analisar as ações da concorrência, seja ela direta ou indireta. A concorrência direta refere-se aos negócios que têm a mesma atividade que a sua empresa. Por exemplo, o Google é um site de buscas. Um dos seus concorrentes direto é o Bing, que possui a mesma finalidade do Google. O segundo tipo de competição são as empresas cuja atividade pode substituir o produto ou serviço que a sua companhia oferece ao cliente. Para entender a concorrência indireta, pode-se pensar na relação do Uber com os táxis. A proposta do Uber é unir um motorista comum ao passageiro. Para se conectarem, é necessário usar apenas o aplicativo. Quando o serviço chegou ao país, interferiu em um transporte que até então era consolidado: o táxi. Hoje, o setor apresenta outros serviços similares ao Uber, e o antigo modelo de negócio do táxi é constantemente colocado em xeque. Percebemos desta forma, que o mercado realmente não para. É necessário estar atento às mudanças e buscar inovar. Neste trabalho, vamos falar das principais características da Indústria 4.0, a importância das revoluções, apresentando o contexto histórico e algumas empresas que já estão adotando esta ideia.
2 – AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS
A Indústria 4.0, como o próprio nome sugere, não é a primeira revolução que o mercado viu. Assim como essa revolução, outras três impactaram bastante as empresas (figura 1).
Figura 1 – Linha do tempo das Revoluções Industriais
[pic 1]
Fonte: rlemos[1]
2.1 – Indústria 1.0
A Indústria 1.0, chamada também de Primeira Revolução Industrial, ocorreu na Inglaterra entre o final do século 18 e o início do século 19 e transformou completamente o modo de produzir mercadorias a partir do uso de máquinas a vapor. A inovação não demorou muito tempo para chegar a outros países e continentes: França, Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos são alguns exemplos. A primeira revolução é marcada pela chegada de equipamentos industriais que permitiram automatizar os processos. Eram utilizadas máquinas a vapor para fabricar as mercadorias. Isso só foi possível graças ao uso do carvão como fonte de energia. Com essas novidades, o processo ficou muito mais ágil e dinâmico. Vale destacar que, antes dessa modernidade, as tarefas eram realizadas de forma manual. A indústria têxtil foi a que mais se destacou inicialmente por usar as máquinas a vapor, vide figura 2.
Figura 2 – Fábrica de tecidos
[pic 2]
Fonte: Só História[2]
Não foi apenas esse ramo, porém, que usou o modelo. Outra característica da Indústria 1.0 é a utilização de locomotivas, veículos ferroviários utilizados para rebocar vagões de passageiros ou cargas nas estradas de ferro. Como as máquinas a vapor, a locomotiva surgiu graças à descoberta do carvão como fonte de energia, vide figura 3. Com esse meio de transporte, foi criado um panorama que garantiu uma nova dinâmica a distribuição de matérias-primas, pessoas e mercadorias.
Figura 3 – Locomotiva a vapor
[pic 3]
Fonte: Brasil Escola[3]
2.2 – Indústria 2.0
Na Segunda Revolução Industrial, a partir de 1870, alguns cientistas dedicaram-se a estudar e desenvolver teorias e máquinas úteis para reduzir os custos e o tempo de fabricação de produtos. Passaram a serem usadas diferentes fontes: energia elétrica e motor a explosão, chamado também de motor de combustão interna. Esse último equipamento consegue transformar a energia proveniente de uma reação química em energia mecânica. Além disso, na Indústria 2.0, começou-se a produzir aço (Figura 4) e alumínio em escala, o que foi bastante útil para acelerar o ritmo industrial.
Figura 4 – Fabricação de aço
[pic 4]
Fonte: menta90[4]
Outra invenção importante da época foi o telégrafo, que foi o principal sistema de comunicação à longa distância dos séculos 19 e 20. O sistema foi criado no século 18 com o objetivo de transmitir mensagens para grandes distâncias. Foi também durante a Indústria 2.0 que surgiu o Fordismo, vide figura 5, modelo de gestão empresarial que promove a produção em massa. O Fordismo foi idealizado por Henry Ford, fundador da Ford Motor Company. O novo paradigma de gestão da época trouxe a primeira linha de montagem automatizada que revolucionou os mercados em geral, principalmente à indústria automobilística. O Fordismo foi o sistema de gestão que mais se desenvolveu no século 20, sendo responsável pela produção em massa de mercadorias das mais diversas espécies.
Figura 5 – Fordismo
[pic 5]
Fonte: Teia Histórica[5]
2.3 – Indústria 3.0
A Terceira Revolução Industrial também é conhecida como Revolução Técnico-Científica e Informacional. Foi durante a década de 1970 que a revolução ganhou destaque. Esse período é marcado pelo desenvolvimento da robótica e produção de computadores, softwares, microeletrônica, chips, transistores, biotecnologia e telecomunicações, vide figura 6. Vale destacar que, ao contrário da Segunda Revolução Industrial, quando cresceu o estímulo a produção em massa devido ao Fordismo, a Revolução Técnico-Científica e Informacional propõe uma flexibilização na produção de acordo com a demanda. Para que o novo paradigma funcionasse, o processo industrial passou a ser orientado pelo conhecimento científico, ou seja, houve um investimento grande em tecnologia e equipamentos de ponta. Os estudos e as pesquisas foram úteis para agregar valor ao produto final e ao processo de produção e fabricação de mercadorias, que se tornou mais complexo e tecnológico.
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