A Irrigação e Drenagem Agrícola
Por: Evelyn Fank • 25/8/2019 • Trabalho acadêmico • 5.529 Palavras (23 Páginas) • 224 Visualizações
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Universidade Federal da Paraíba
Centro de Tecnologia
Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM AGRÍCOLA
EVELYN INACIO FANK
Engenharia de Recursos Hídricos
Prof. Dr. Tarciso Cabral
João pessoa - PB
2017[pic 3][pic 4]
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO3
- IRRIGAÇÃO AGRÍCOLA5
- DRENAGEM AGRÍCOLA8
- MÉTODOS E SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO 10
- Irrigação por Aspersão 10
- Aspersão Convencional 11
- Linha lateral Móvel12
- Pivô Central ..............................................................12
- Autopropelido12
- Irrigação Localizada12
- Sistema por Gotejamento 13
- Microaspersão 14
- Irrigação por Superfície 14
- Irrigação por sulcos 15
- Irrigação por Inundação 15
- Irrigação Subsuperficial............................................................................................15
- Elevação do lençol freático16
- Gotejamento subsuperficial16
- CONSIDERAÇÕES FINAIS 16
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS17
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- INTRODUÇÃO
A água é um elemento essencial à vida e necessário a diversas atividades humanas, além de constituir componente fundamental da paisagem e meio ambiente. Recurso de valor inestimável, apresenta utilidades múltiplas, como geração de energia elétrica, abastecimento doméstico e industrial, irrigação, navegação, recreação, turismo, aqüicultura, piscicultura, pesca e, ainda, assimilação e condução de esgoto.
A disponibilidade de água diminui gradativamente devido ao crescimento populacional, à expansão das fronteiras agrícolas e à degradação do meio ambiente. Sendo a água um recurso indispensável à vida, a discussão das relações entre o homem e a água é de suma importância, uma vez que a sobrevivência das gerações futuras depende diretamente das decisões que hoje estão sendo tomadas.
Com o crescimento populacional, há uma necessidade da humanidade usar a maior quantidade possível de solo agricultável, o que vem impulsionando o uso da irrigação, não só para complementar as necessidades hídricas das regiões úmidas, como para tornar produtivas as áreas áridas e semi-áridas do globo, que constituem cerca de 55% de sua área continental total. Atualmente, mais de 50% da população mundial depende de produtos irrigados (LIMA et al., 2014).
Como consequência da oferta de alimentos estão a degradação dos solos, a baixa resposta positiva da produtividade ao uso de fertilizantes e defensivos e a escassez de água, principais entraves que inviabilizaram o aumento da produção agrícola compatível com a população. Caso este desequilíbrio persista, pode ocorrer uma situação de perda de controle que repercutirá sobre a estabilidade econômica global, com sérias crises sociais de difícil solução (CHRISTOFIDIS, 1997).
A nível mundial, a agricultura consome cerca de 69% de toda a água derivada das fontes (rios, lagos e aqüíferos subterrâneos), sendo o setor de maior consumo de água, e os outros 31% são consumidos pelas indústrias e uso doméstico. No Brasil, quase metade da água consumida destina-se a agricultura irrigada. Sendo a água, portanto, o elemento essencial ao desenvolvimento agrícola, sem o controle e a administração adequados e confiáveis, não será possível uma agricultura sustentável (CHRISTOFIDIS, 1997; CARDOSO et al., 1998).
Apesar do grande consumo de água, a irrigação representa a maneira mais eficiente de aumento da produção de alimentos. Porém, o crescimento da agricultura irrigada se tornará uma questão preocupante, devido ao elevado consumo e às restrições de disponibilidade de água. É possível verificar-se que, para produzir uma tonelada de grão, são utilizadas mil toneladas de água, sem se considerar a ineficiência dos métodos e sistemas de irrigação e o seu manejo inadequado; avaliações de projetos de irrigação em todo o mundo indicam que mais da metade da água derivada para irrigação se perde antes de alcançar a zona radicular dos cultivos (PAZ et al., 2000).
A incorporação e conseqüente expansão de áreas irrigadas devem estar associadas ao aumento dos níveis de produtividade atuais, porém as práticas de irrigação devem ser feitas de forma apropriada, sem que estas resultem em danos ao sistema solo-planta. No mundo, cerca de 10 milhões de hectares de áreas são abandonados anualmente por efeito da salinização e processos decorrentes. Aproximadamente 23% da área cultivada no planeta se constituem de solos salinos e 37% de solos sódicos (Szabolcs, 1989; apud Aragües, 1998).
As principais fontes que contribuem para o excesso de água no solo são a precipitações e as infiltrações provenientes de canais de irrigação e represas. Em regiões de clima árido e semi-árido, comumente, a principal fonte causadora do excesso de água no solo é a irrigação, já nas regiões de clima úmido e subúmido é a preceipitação (BERNARDO, 1995).
São muitos os fatores que influem no perigo de degradação do solo como, por exemplo, a qualidade e a profundidade da capa freática, as caraterísticas físicas do solo, as práticas impróprias de irrigação e a presença ou ausência de drenagem natural ou artificial. No mundo, cerca de 30 milhões de hectares estão gravemente afetados por sais e outros 80 milhões são identificados como moderadamente afetados (PAZ et al., 2000; FAO, 1996).
Através da melhoria das práticas de irrigação, construção de sistemas de drenagem no campo, lixiviação de sais em excesso e outras medidas, é possível se controlar o risco de degradação do solo e, igualmente importante, reduzir os efeitos sobre as plantas, obtendo-se aumentos significativos dos níveis de produtividade e preservando as condições ambientais. O manejo adequado da água na agricultura não pode ser considerado uma etapa independente do processo de produção agrícola, devendo ser analisado dentro do contexto de um sistema integrado (PAZ et al., 2000; CARDOSO et al., 1998).
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