A Organização do Trabalho
Por: Suzana Cintra • 18/4/2018 • Resenha • 2.915 Palavras (12 Páginas) • 214 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA[pic 1]
Faculdade de Ciências Integradas do Pontal
Curso de Engenharia de Produção
Disciplina: Ergonomia e Segurança no Trabalho
Professora: Dra. Cynara Mendonça Moreira Tinoco
Aluna: Suzana Cintra Alves
Matrícula: 21511EPR038
Resumo dos capítulos 13 e 18 do livro “Ergonomia, Projeto e Produção”, 2° edição
Capítulo 13 – Organização do Trabalho
Este capítulo mostra como o trabalho pode ser organizado com o intuito de reduzir a monotonia, fadiga e erros, além de gerar um trabalho menos estressante.
13.1 Estresse no Trabalho
A taxa de estresse dos trabalhadores vem aumentando cada vez mais devido o avanço tecnológico, com isso a preocupação com tais problemas vem aumentando também, e consequente os estudos das possíveis soluções.
As principais causas do estresse são:
- Conteúdo do trabalho: Causa ligada a insatisfação no trabalho, como: pressão em manter certo ritmo de produtividade, responsabilidades, conflitos e outros.
- Sentimentos de incapacidade: Associada a uma avaliação pessoal negativa, com pensamentos de incapacidade de realizar certa tarefa.
- Condições de trabalho: Esta causa está relacionada a condições físicas desfavoráveis no ambiente de trabalho, dificultando a realização do trabalho.
- Fatores organizacionais: Questões ligadas a organização do trabalho, como: horários de trabalho, salários.
- Pressões econômico-sociais: Causa relaciona a dificuldades financeiras.
As causas do estresse tem efeito cumulativo e suas influências são variáveis.
A dificuldade encontrada na realização do trabalho é uma das maiores causas do estresse dos trabalhadores. Para solucionar tal problema, Herbert(1978) desenvolveu um método para avaliação dessas dificuldades pelos próprios trabalhadores, e suas etapas foram:
1° Identificação das dificuldades: Selecionou e entrevistou 5 a 10 ocupantes de cada cargo, posteriormente classificou os quesitos das dificuldades.
2° Avaliação das dificuldades: Avaliou cada quesito listado.
3° Análises estatísticas: Analisou estatisticamente os resultados encontrados.
O método foi válido para levantar as dificuldades presentes em cada cargo.
Algumas medidas que podem ser adotadas para redução do estresse são:
- Redesenho do posto de trabalho.
- Aumentar os contatos sociais.
- Oferecer treinamento.
- Oferecer ajudas
- Oferecer exercícios de relaxamento.
Existe a opção de organizar “salas de descompressão” para funcionários muito estressantes, porém em casos mais graves aconselha-se acompanhamento médico.
13.2 O Trabalho na Era Pós-Taylorista
Nos dias atuais há muitas críticas a abordagem taylorista, já que está visa a simplificação das tarefas, o que gera certa monotonia, reduz a vigilância do trabalhador, e tende a gerar erros e acidentes. O lado considerado mais perverso do taylorismo é a falta de liberdade de sugestão dos trabalhadores para o planejamento de suas tarefas.
Com o surgimento de novas experiências de organização do trabalho a partir da década de 60, o trabalhador ganhou maior grau de liberdade para decidir sobre seu próprio trabalho. Outras mudanças aconteceram: cuidado com a temperatura e a iluminação, otimização do posto de trabalho, bom relacionamento entre gerência e operários.
De forma geral as fontes de insatisfação dos trabalhadores podem ser agrupadas da seguinte forma:
- Jornada de trabalho: Jornadas muito longas e cansativas.
- Remuneração: Salários baixos que não geram incômodo.
- Organização: Insatisfação com a forma de organização da empresa.
- Ambiente psicossocial: Sentimentos pessoais negativos.
- Ambiente físico: Ambiente do trabalho inapropriado, com iluminação ruim, ruídos, temperaturas altas.
13.3 O Trabalho Flexível
Duas propostas surgiram para reduzir as inconveniências dos trabalhos altamente repetitivos:
- Alargamento do trabalho: Acrescenta tarefas de complexidades semelhantes, sem mudanças substanciais ao trabalho.
- Enriquecimento do trabalho: Aumenta a responsabilidade do trabalho, colocando os trabalhadores em situações desafiadoras.
Formas de aumentar a flexibilidade nas organizações:
- Organogramas com formas mais flexíveis de organização.
- Trabalhadores flexíveis.
- Líderes no lugar de chefes.
- Horários flexíveis.
A terceirização é uma modalidade extrema do trabalho flexível, entretanto do ponto de vista ergonômico ela possui desvantagens, com postos de trabalho improvisados e envolvimento de mão de obra de crianças e adolescentes em muitas das vezes.
13.4 Alocação do Trabalho em Grupo
Existe basicamente três modelos de alocação das tarefas:
- Alocação em série ou organização vertical: Cada membro realiza uma parte do trabalho e passa-o para o membro seguinte, que realiza mais uma parte e assim, sucessivamente.
- Alocação em paralelo ou organização horizontal: Mais de um membro executa a tarefa.
- Sistemas mistos: Combinação do dois modelos básico acima.
Cada modelo possui a sua vantagem, para a escolha do modelo é necessário uma análise do trabalho que irá ser realizado, além da análise do grupo que realizará o trabalho.
O uso de computadores pode ser algo vantajoso para a organização do trabalho, possibilitando uma simplificação de tarefas complexas e eliminação de sobrecarga de memória de curta duração dos operadores para a tomada de decisões.
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