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A Rede Fieldbus consiste em uma evolução para a comunicação digital em instrumentação e controle de processos

Por:   •  5/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.851 Palavras (12 Páginas)  •  341 Visualizações

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FOUNDATION FIELDBUS[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4]

Gilcimar Jácome, Guilherme Madeira, Marcos Túlio, Victor Miguel

Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - UNILESTE

Curso de Engenharia Elétrica

Disciplina: Automação Industrial

Professor: Silvano Paganoto

Resumo: Este artigo aborda sobre o protocolo de comunicação Foundation Fieldbus apresentando seus princípios de funcionamento, sua descrição, sobre o meio físico, a sua topologia, a finalidade de aplicação e exemplos.

Abstract: This article discusses about Foundation Fieldbus communication protocol presenting its principles of operation, its description, the physical environment, its topology, the purpose of application and examples.

Palavra-chave: Automação Industrial, Foundation Fieldbus.

  1. Objetivo

Será abordado neste artigo todas as funcionalidades de uma rede Foundation Fieldbus, que é uma arquitetura aberta para integrar informação com o objetivo de interconectar equipamentos de controle e automação industrial

  1. Introdução

A automação industrial vem a vários anos tentando substituir o velho padrão de  corrente 4-20mA(altamente utilizado nas industrias) por um sistema de comunicação serial.

Com o desenvolvimento da informática nos anos 80 e a constante redução dos custos de componentes microcontrolados, a implementação de sistemas com comunicação serial em larga escala mundial aplicados às redes de comunicação dos microcomputadores tornou-se possível.

A rede Fieldbus consiste em uma evolução para a comunicação digital em instrumentação e controle de processos. Ela difere dos outros protocolos de comunicação uma vez que foi desenvolvida para suportar aplicações em controle de processos, e não apenas transferir dados em modo digital.

O Fieldbus é um sistema de comunicação digital bidirecional que interliga equipamentos inteligentes de campo com sistemas ou equipamentos localizados na sala de controle. O conceito compartilha a idéia da descentralização da inteligência, ou seja, a informação não está apenas armazenada num único membro do processo, mas distribuída em uma rede desde o chão de fábrica até os níveis mais superiores de gerência. (COSTA, et all., [201-?]).

Na década de 80 o uso de redes do tipo Fieldbus apresentava um ritmo acelerado de crescimento. Assim, em 1985, a ISA – International Society for Measurement and Control, juntamente com o IEC – International Eletrotechnical Committee, criaram um padrão internacional que trataria da comunicação entre dispositivos de campo e sistemas de controle, utilizados no controle de processo e manufatura.

Com a implantação do Fieldbus, logo se notou grandes ganhos como: menor custo de instalação, redução de cabos, bandejas e etc, um par de fios interconecta vários equipamentos, maior quantidade de informações fornecidas pelos equipamentos de campo, maior agilidade nos reparos e indicação de falhas em tempo real.

Ao contrário dos protocolos de rede proprietários, o Fieldbus não pertence a nenhuma empresa, ou é regulado por um único organismo ou nação.

Em seu estado atual, além de compor a norma internacional IEC 61158, a qual foi adotada nacionalmente pela ABNT, também figura na norma europeia CENELEC EN 50170 (PANTONI, 2006).

  1. Desenvolvimento

A rede Foundation Fieldbus (FF) engloba diversas tecnologias, tais como processamento distribuído, diagnósticos avançados e redundância.

A grande diferença entre a FF e outras tecnologias como DeviceNet e Profibus, é que a tecnologia FF não depende de um controlador central (PLC) para executar os algoritmos, ou seja, os equipamentos de campo possuem a funcionalidade de executar a aplicação de controle e supervisão do usuário que foi distribuída pela rede.

Existem três implementações, ou tipos, definidos na norma IEC 61784 para o protocolo Foundation Fieldbus: H1, H2 e HSE. Mas segundo COSTA, et all., os testes sobre a especificação de H2 foram suspensos em 1998, quando houve mudança nos planos, e foi adotado HSE (High Speed Ethernet) como a rede de interligação de alta velocidade com taxas de 100Mbps.

De acordo com a norma IEC 61158, o FF é compactado em 3 camadas de rede: Camada física, camada de enlace e de aplicação. Além da camada de usuário.

  1. Foundation Fieldbus H1

O FF H1 é um protocolo desenvolvido para comunicação em tempo real dos dispositivos de campo. Seu objetivo contempla a interligação de equipamentos diferentes construídos por diversos fabricantes.

        Tem como características principais, a utilização do conceito de mensagens para troca de informações entre os dispositivos, as informações são transmitidas de forma serial, a possibilidade de comunicação half-duplex e a comunicação com diversos dispositivos de rede ao mesmo tempo.

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Figura 1: Rede Fieldbus H1

A figura 1 mostra uma rede formada por equipamentos de campo interligados por uma rede FF H1. O protocolo implementa o conceito de descentralização, desta forma, é possível distribuir as funcionalidades de controle entre os dispositivos.

3.1.1 Camada física

        A camada física do protocolo H1 é padronizada pela norma IEC 61158-2 e proporciona uma velocidade de transmissão de 31.25 Kbps.

De acordo com a norma ISA-S50.02 é possível utilizarmos um cabo simples de fios trançados para ligar equipamentos Fieldbus, desde que, atenda os requisitos mínimos da norma à 25°C.

A tabela a seguir mostra os tipos de cabos:

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Tabela 1: Tabela de cabos

O cabo tipo A se enquadra nas especificações para novas instalações de cabos Fieldbus. A maioria dos cabos utilizados para o sistema 4-20 mA podem ser classificados como tipos B, C e D. Estes, não são considerados ideais para a comunicação Fieldbus. As distâncias listadas para os tipos B, C e D são apenas estimativas baseadas em cabos instalados.

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