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ANÁLISE DE COMPACTAÇÃO DE SOLO SAPRO LÍTICO DO HORIZONTE

Por:   •  15/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.960 Palavras (8 Páginas)  •  179 Visualizações

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ANÁLISE DE COMPACTAÇÃO DE SOLO SAPROLÍTICO DO HORIZONTE C

RESUMO: O presente estudo tem como objetivo analisar, por meio de ensaios laboratoriais conforme os parâmetros da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, as características de uma amostra de solo saprolítico residual do horizonte C, obtida na cidade de Braço do Norte - SC. São apresentados neste artigo, de forma breve, os procedimentos para a realização dos ensaios de Teor de Umidade, Limites de Atterberg, Distribuição Granulométrica e Ensaio de Compactação. Os dados coletados nos ensaios foram analisados por meio de equações matemáticas, possibilitando classificar o material de amostra como mediamente plástico, com Índice de Plasticidade de 9%. O teor de umidade ótimo e a massa específica seca foram fixados em 10% e 0,1g/cm³ respectivamente. Esta análise permitiu estabelecer, como finalidade ideal para o tipo de solo coletado, o lastreamento  de estradas vicinais, bem como sua utilização como camada de sub-base em rodovias, sendos estas as destinações mais usuais para este tipo de solo.[a]

PALAVRAS-CHAVE: Propriedades dos solos, Limites de Atterberg, Vai Corinthians[b].

1        INTRODUÇÃO

Em todo tipo de evolução dificuldades são encontradas pelo caminho, situações diferentes daquelas que permeiam a normalidade. Por se tratar de evolução, certas coisas se alteram, se criam ou deixam de existir, em meio a crescente evolução da construção civil não poderia ser diferente. É possível citar muitos, quando se trata de obstáculos para a evolução da construção, dentre eles estão a mão de obra, custos fiscais, responsabilidade ecológica e também a falta de matéria prima. Uma dessas matérias primas muito presente e necessário é o solo. Utilizado para aterro, agregado, plantio e diversas outras funções, cada vez mais se torna difícil o acesso a esse material, muitas vezes não se sabe da procedência do material que está mais acessível, tendo em vista que cada solo possui diferentes características e propriedades, assim como funcionalidade, deve-se sempre atestar-se do tipo de solo que está sendo utilizado, se é o mais adequado ou com melhor custo benefício para a situação. Visto isso, o presente artigo visa, de forma técnica, avaliar os dados obtidos em ensaios laboratoriais, a fim de definir aspectos e características de um solo ainda desconhecido. Para isso foram realizados os seguintes ensaios: Compactação, Limite de Plasticidade, Limite de Liquidez e Granulometria. Analisando os dados destes quatro ensaios será possível afirmar tecnicamente as características e funcionalidades do material em questão.

                

2 ENSAIOS        

2.1        Teor de umidade

A determinação do teor de umidade da amostra coletada segue os padrões da NBR 16097, cujo o método consiste em eliminar toda a umidade do solo através do método da frigideira.

O cálculo para determinar o teor de umidade da amostra é dado por:

                                                     (1)[pic 2]

Onde,

h = teor de umidade (%);

Pa = peso total da amostra (g);

Ps = peso seco da amostra (g).

2.2        Limite de Liquidez

Para a determinação do Limite de Liquidez foram utilizados como equipamentos a balança, cápsula de porcelana de 120mm de diâmetro, espátula de metal flexível, cinzéis com as dimensões e características padronizadas, cápsulas de alumínio e o aparelho de Casagrande.

Este ensaio, que é regulamentado pela norma brasileira NBR-6459, é realizado pelo método de Casagrande, no qual utiliza-se o aparelho de Casagrande.

Com o material preparado e o aparelho de Casagrande devidamente calibrado, adicionou-se uma parte da amostra na cápsula de porcelana e aos poucos água, misturando e envolvendo a mistura, até se obter uma pasta homogênea cuja consistência permita realizar o ensaio realizando cerca de 35 golpes para fechar a ranhura.

Transferiu-se a mistura para a concha metálica do aparelho de Casagrande, de modo que a mistura ocupe 2/3 da concha metálica. Com o auxílio do cinzel, fez-se uma ranhura na amostra dividindo-a ao meio.

Após, golpeou-se a concha contra a base do aparelho girando sua manivela até a ranhura se fechar. Anotou-se o número de golpes necessário para o procedimento.[c]

Em seguida, transferiu-se uma pequena quantidade do material das bordas que se uniram para uma cápsula metálica. O restante da massa foi retornado à cápsula de porcelana para que fosse adicionado mais água, com o intuito de determinar os próximos pontos.

A operação descrita foi repetida de modo a se obter cinco pontos de ensaio, com objetivo de elaboração de um gráfico para determinar a umidade com 25 golpes.

2.3        Limite de Plasticidade

Para a determinação do Limite de Plasticidade foram utilizados como equipamentos a balança, cápsula de porcelana de 120mm de diâmetro, espátula de metal flexível, cápsulas de alumínio, gabarito cilíndrico para comparação com 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento, além da placa de vidro de superfície esmerilhada, quadrada, possuindo 30cm em cada lado.

Este ensaio, é regulamentado pela norma brasileira NBR-7180. Adicionou-se, aos poucos, água à amostra, preparada conforme a NBR-6457, a fim de se obter uma massa de consistência para que fosse possível moldar, com a palma mão e sobre uma placa de vidro, um cilindro de diâmetro de 3 mm e seu comprimento de 100 mm.

Quando foi possível moldar o cilindro conforme as especificações, repetiu-se o processo a fim de moldar mais quatro cilindros. Transferiu-se imediatamente para cinco cápsulas, amostras com quantidades diferentes de massa bruta úmida.  Após passar pela secagem no fogareiro, pode-se calcular a massa de água, do solo seco e o teor de umidade.

2.4        Índice de Plasticidade

Na mecânica dos solos, o Índice de Plasticidade (IP) é obtido através da diferença numérica entre o Limite de liquidez (LL) e o Limite de plasticidade (LP), ou seja, o IP é expresso em percentagem e pode ser interpretado, em função da massa de uma amostra, como a quantidade máxima de água que pode lhe ser adicionada, a partir de seu Limite de plasticidade, de modo que o solo mantenha a sua consistência plástica.

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