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AS MUDANÇAS NEGATIVAS NA FORMA DE TRABALHO

Por:   •  26/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.564 Palavras (7 Páginas)  •  133 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

As mudanças gradativas nas formas de produção de trabalho vêm se modificando e exigindo maior participação e empenho do trabalhador em sua execução, como também maior valorização destes dentro das organizações. Surge assim, a necessidade da atenção à saúde deste colaborador, logo que, ele se torne saudável e competente, o local de trabalho se torna um ambiente de bem-estar, impedindo assim que os problemas de saúde se agrave.

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER/DORT) representam um dos grupos de doenças ocupacionais mais polêmicos do Brasil, pelo aumento de casos. Este trabalho tem objetivo acerca dos aspectos relacionados ao contexto em que se constrói o entendimento pelo trabalho, a dinâmica da atividade do profissional e sua relação com a LER/DORT, a necessidade de seu controle. Preocupa as organizações, pois, gera atrasos nos andamentos dos trabalhos, sobrecarrega os trabalhadores que estão presentes, afeta significativamente a produtividade e consequentemente, diminui a qualidade de serviços prestados aos seus clientes.

  1. LER/DORT

Segundo Moraes e Bastos (2017) apud Helfenstein e Feldman (2001), Lesões por Esforços Repetitivos (LER) não são uma doença nosológica, sem classificação fixa. Na realidade, as LER representam um conjunto heterogêneo de afecções do sistema musculoesquelético que estão relacionadas ao ambiente de trabalho. Há uma vasta nomenclatura na literatura para intitular as LER: Distúrbios ou Desordens por Trauma Cumulativo, Síndrome da Sobrecarga Ocupacional, Síndrome do Esforços Repetitivo, Síndrome Ombro-Braço, dentre outros. Adotou-se, substituindo o termo LER, a sigla DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), mais adequado, pois engloba vários outros estados dolorosos, sem a necessária presença da lesão tecidual.

Alguns consideram como LER/DORT apenas as enfermidades da coluna cervical, cintura escapular e membros superiores, excluindo outros segmentos do corpo, entretanto, deve ser considerado qualquer distúrbio que seguramente esteja relacionado ao trabalho, independentemente do local afetado. São danos decorrentes da utilização excessiva do sistema que movimenta o esqueleto humano e da falta de tempo para recuperação. Caracterizam-se pela ocorrência de vários sintomas, de aparecimento quase sempre em estágio avançado, causando dor, sensação de fadiga e sensação de peso.

Algumas das principais, que acometem os trabalhadores, são lesões no ombro e as inflamações em articulações e nos tecidos que cobrem os tendões. Quando a origem da LER for uma atividade ocupacional, denomina-se DORT.

  1. O QUE CAUSA O LER/DORT E SEUS SINTOMAS

Chiavegato Filho e Pereira Júnior (2004), argumenta que não há uma causa única para a ocorrência de LER/DORT. Há fatores psicológicos, biológicos e sociológicos envolvidos que ajudam nesses distúrbios. Inicialmente as LER/DORT eram reconhecidas como decorrentes preponderantemente das condições de trabalho. Com o aumento explosivo da incidência entre várias categorias profissionais, surgiram novas correntes explicativas.

De uma maneira geral, os fatores etiológicos na organização do trabalho podem assim: desrespeito aos fatores ergonômicos e antropométricos (equipamentos, acessórios, mobiliários, posicionamentos, distâncias); excesso de jornadas, falta de intervalos apropriados, técnicas incorretas; posturas indevidas; força excessiva na execução de tarefas; sobrecarga estática; sobrecarga dinâmica.

A LER/DORT trata-se de uma terminologia usada para o conjunto de afecções (doenças) que podem acometer tendões, sinovias, músculos, nervos, ligamentos, isolada ou associadamente, com ou sem degeneração dos tecidos, atingindo principalmente, não somente, os membros superiores, região escapular e pescoço, provocando irritações e inflamações em razão da sobrecarga do sistema musculoesquelético.

As principais doenças causadas por esforços repetitivos são:

  • Tendinite (especialmente de punho, cotovelo e ombro);
  • Cotovelo de tenista (epicondilite lateral);
  • Bursite,
  • Síndrome do túnel do carpo;
  • Dedo em gatilho;
  • Lombalgia (dor na região lombar);
  • Mialgia (dores musculares)

[pic 1]

Dentre essas visões de definições de causa, temos uma interessante, a visão sociológica das LER/DORT. Nela se inclui a abordagem marxista do distúrbio. Nessa Perspectiva, as doenças emergem como consequência iminente e necessária da lógica de produção capitalista. As LER/DORT seriam encaradas como uma construção social, resultante do conflito de classes e de movimentos sociais dos trabalhadores.

  1. TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO

O tratamento mais eficaz, importante e obrigatório é o afastamento do trabalho. Além desse, também é comum utilizar de medidas como a imobilização do membro afetado, anti-inflamatórios, cirurgia em casos especiais e medicamentos contar dor.

  • Como tratar mais detalhada e local de trabalho

Nas crises agudas de dor, o tratamento inclui o uso de anti-inflamatórios e repouso das estruturas musculoesqueléticas comprometidas. Nas fases mais avançadas da síndrome, a aplicação de corticoides na área de lesão ou por via oral, fisioterapia e intervenção cirúrgica são recursos terapêuticos que devem ser considerados.

O local de trabalho será adaptado para o retorno do colaborador com ajuda do conhecimento da ergonomia, ciência que estuda a melhor forma de atingir e preservar o equilíbrio entre o homem, a máquina, as condições de trabalho e o ambiente como objetivo de assegurar eficiência e bem-estar do trabalhador e se mostrando útil no tratamento e prevenção da LER.

  • Diagnóstico

Para o diagnóstico de DORT, seja ele uma Lesão por Esforços Repetitivos ou outro distúrbio, o especialista pode solicitar histórico clínico detalhado, relato de comportamento de hábitos relevantes, histórico pessoal e familiar, exame físico e exames complementares, como o Raio X, a Ultrassonografia, a Ressonância Magnética e a Tomografia Computadorizada.

  • Diagnóstico Detalhado dos sintomas

As LER, possuem quatro estágios de evolução. No primeiro grau das lesões, o trabalhador sente leve dor, sensação de peso e desconforto no membro afetado. No segundo, as dores são mais persistentes e intensas, mas ainda toleráveis. Surgem formigamentos e calores locais, além de leves distúrbios de sensibilidade e também por vezes pequena nodulação e dor ao apalpar o músculo envolvido. No terceiro grau, a dor é ainda pior e não passa, apenas é atenuada com repouso.

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