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AS USINAS GERADORAS DE ENERGIA I

Por:   •  5/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  3.918 Palavras (16 Páginas)  •  302 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA

BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

USINAS GERADORAS DE ENERGIA I

BIODIGESTOR

Mossoró, Fevereiro de 2018


RESUMO

        A necessidade por fontes alternativas de energia e o problema da demasiada produção de lixo pelo ser humano, levaram os pesquisadores a encontrarem um meio viável para sanar um problema e compensar uma necessidade. A utilização de Biodigestores para produzir Biogás é uma maneira para se produzir energia elétrica, isto é, através da queima do Biogás em geradores que é possível gerar energia. O presente trabalho tem como objetivo fazer uma explanação acerca dos Biodigestores. Será demonstrado os seus impactos gerados, tanto positivamente quanto negativamente. Além disso, será mostrado os tipos de Biodigestores, o seu funcionamento e os requisitos mínimos para poder entrar em operação.

Alunos:                            

Antonio Nixon Moura de Medeiros

Danilo da Silva Moura

Emanuella Caroline Uchôa da Silva        

Israel de Medeiros Siqueira Junior

           Neemias Dantas Fernandes

           

 

         Palavras-chave:  Biodigestor. Bactérias. Biogás. Impactos.


SUMÁRIO

RESUMO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

FUNCIONAMENTO DOS BIODIGESTORES

TIPOS DE BIODIGESTORES

APLICAÇÕES

REFERÊNCIAS


INTRODUÇÃO

Em meio ao crescente aumento da urbanização, os problemas crescem em igual proporção. Entre eles podemos citar a falta de infraestrutura para sanar as necessidades de todos, além da precarização de uma rede de saneamento em regiões marginalizadas.

O manejo incorreto desses excrementos pode ter como consequência riscos à saúde pública (IBICT, 2003). Dessa forma a existência de um local apropriado para fazer o descarte de matérias com tamanha patogenicidade é necessário.

Não é apenas em regiões metropolitanas que devemos ter o cuidado com o destino final de resíduos. A criação de animais em regiões rurais também é vista como uma preocupação, pois a quantidade de excrementos produzidos é bastante alta, e o despejo inadequado pode resultar em riscos a saúde pública.

Segundo o IBICT (2003), dentre todos os métodos existentes para a locação final de resíduos, o que melhor se adequa a realidade que temos hoje, é o aterro sanitário, ao qual tem como principal finalidade receber resíduos urbanos para, assim, evitar riscos à saúde pública (ELK, 2007).

Em contrapartida a esse método temos o chorume, que é proveniente de processos físicos, químicos e biológicos juntamente com a ação da chuva (MACHADO, 2005). A composição do chorume pode variar de acordo com os tipos de matérias presentes no aterro (MACHADO, 2005). Segundo Elk (2007), o chorume pode vir a invadir os lençóis freáticos e contaminar a água nele contida e consequentemente o ser humano, que é o consumidor final.

Um outro método de armazenamento desses resíduos é através da criação de Biodigestores, que é onde a biomassa posta dentro de recipientes fechados de alvenaria, concreto ou outros materiais, é posta para que bactérias anaeróbicas façam a digestão desses elementos e gerem biogás e biofertilizante (JÚNIOR, 2018).

Júnior (2018) afirma que o biogás proveniente dos Biodigestores pode ser utilizado como substituinte do GLP (ou gás de cozinha), queimado em motores ou geradores para a produção de energia elétrica.

Por mais que uma solução para os problemas listados acima, a utilização do Biodigestor é escassa devido ao seu alto custo e a falta de campanhas governamentais que estimulem os agricultores de pequeno porte a utilizarem desse método.        

FUNCIONAMENTO DOS BIODIGESTORES

A compreensão do funcionamento de um biodigestor está  atrelada ao conhecimento de algumas atividades do mundo microscópico, em particular está  intimamente relacionado às  bactérias e sua microbiota que propiciam a decomposição de restos orgânicos no meio anaeróbio. O oxigênio do ar atmosférico predispõe ao desenvolvimento de bactérias aeróbicas que, por sua vez, utilizam o oxigênio no seu metabolismo resultando como produto da sua respiração o dióxido de carbono. As bactérias anaeróbicas que fazem parte do microambiente do biodigestor paralisam seu metabolismo e deixam de se desenvolver na presença de O2.

         Dessa forma, para o funcionamento de um biodigestor, o meio deve ter inexistência de ar, assim o biogás será rico em dióxido de carbono e assegura a falta de oxigênio, tornando o ambiente favorável para as bactérias anaeróbicas obrigatórias realizar a digestão.

O período de fermentação para decompor os restos orgânicos depende de algumas variáveis, como temperatura, pH, umidade e em alguns casos específicos há a necessidade de aditivos nutricionais para que a reação ocorra (MARCHETTI, 1981). Como todos os organismos são influenciados pelas variações de temperatura, as bactérias também reagem a esse estímulo mudando drasticamente as suas atividades bacterianas. É relevante que o microambiente seja mantido a uma temperatura favorável constante para que não haja superprodução ou ausência do biogás.

         A temperatura de maior produção é na faixa de 20ºC á 65ºC, a menos de 15ºC a produção cessa (SEIXAS; FOLLE; MARCHETTI, 1981). Por essas questões é crucial isolar termicamente o digestor com materiais como lã de vidro, isopor e aterrando-o para manter a temperatura o mais constante possível. No desenvolvimento das atividades bacterianas é importante que o pH esteja na faixa entre 6,5 e 7,2, pois um valor abaixo provoca uma acidificação no meio realizadas pelas bactérias, ocasionando a destruição das moléculas grandes como os polímeros, provocando perda de equipamentos (RUIZ, 1992). Um valor acima, a produção cessa devido a saponificação na superfície do tanque. Um outro fator de grande relevância é a umidade. Tanto o excesso quando a falta desta é desfavorável ao digestor, logo, a proporção de água deve estar em torno de 90% do peso do conteúdo total. A quantidade de umidade ideal varia de uma matéria prima em decomposição para outra.

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