ASSISTÊNCIA AO USO DA ENERGIA SOLAR PARA ÁGUA DE AQUECIMENTO NO SECTOR RESIDENCIAL
Projeto de pesquisa: ASSISTÊNCIA AO USO DA ENERGIA SOLAR PARA ÁGUA DE AQUECIMENTO NO SECTOR RESIDENCIAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Martes • 9/10/2014 • Projeto de pesquisa • 2.867 Palavras (12 Páginas) • 411 Visualizações
PROMOÇÃO DO USO DA ENERGIA SOLAR PARA O
AQUECIMENTO DE ÁGUA NO SETOR RESIDENCIAL
RESUMO E CONCLUSÕES:
O objetivo deste trabalho é analisar os empecilhos para a generalização do uso da energia solar
no aquecimento de água e propor medidas para contorná-los.
O uso da energia solar reduz o custo de aquecimento de água a baixa temperatura e o
investimento na geração e na distribuição de eletricidade, sendo, pois, vantajoso para o usuário e para a
concessionária de energia elétrica. Entretanto, o investimento inicial na instalação solar é maior do que o
correspondente em outras modalidades de aquecimento, inibindo a iniciativa do usuário em substituir o
chuveiro elétrico pelo solar. A solução aparente seria combinar-se a capacidade de investimento das
empresas de eletricidade com a disposição de pagar do usuário.
Propõe-se que a concessionária assuma o investimento, cobrando do usuário a amortização, a
juros equivalentes aos do investimento em capacidade de geração, considerada a vida útil da instalação
solar.
1 - Introdução.
O uso da eletricidade no aquecimento de água a baixa temperatura (40-50o C) é uma
peculiaridade do sistema energético brasileiro, historicamente explicável pelo baixo custo de geração
hidroelétrica e pela carência de combustíveis fósseis. Do ponto de vista físico, este uso é reconhecido
como um modo de dissipação da energia, pois a geração de
1 unidade de energia elétrica via ciclo
termodinâmico requer entre 2 a 4 unidades de calor.
Entretanto, a comodidade no uso da eletricidade dificulta a remoção do hábito nacional de uso de
chuveiros, torneiras e fornos elétricos que podem ser vantajosamente substituídos por aparelhos a
combustíveis. No caso dos chuveiros e torneiras elétricas, a substituição mais racional seria pela energia
solar, limpa, segura e de baixo custo. Apesar de todas essas vantagens, o usuário de eletricidade apenas
se lembra da energia solar em tempos de crise, como a do racionamento de 2001. Já houve várias
iniciativas para se romper o impasse, mas os resultados são, ainda, modestos. Entretanto, a crescente
participação da eletricidade na demanda de energia, a custo também crescente, impõe a adoção de
medidas de incentivo ao uso da energia solar.
2 – Uso da eletricidade no aquecimento de água no Setor Residencial.
A CEMIG estimava, em 1996, que 4,5% de sua carga total (34,5 TWh) eram destinados ao
aquecimento de água; em média, cada domicílio mineiro gastava 37 kWh/mês com essa finalidade
(“CEMIG em Números/2002”). Em 1999, estimava em 670 l/apartamento.dia o consumo de água quente,
correspondente ao consumo de 615 kWh/apartamento.mês (“Utilização de Aquecimento Solar para a
Redução da Demanda no Horário de Ponta – Informações para Participação no Projeto”, CEMIG,1999).
Nesta ampla
gama de consumo encontram-se situações em que a substituição é economicamente viável
à tarifa praticada pela concessionária. Como ponto de partida para avaliação de viabilidade, estimamos
como situação média o consumo somente para banho, de 300l/dia de água a 40o C. As alternativas de
aquecimento são o chuveiro elétrico, o aquecedor de passagem a GLP e a instalação solar. Os custos
correspondentes para o usuário, a preços de varejo, estão calculados no quadro a seguir.
Custos R$/dia Chuveiro elétrico Aquecedor GLP Coletor Solar Plano
Investimento R$ 35,00 800,00 1.800,00
Vida útil - anos 2 10 15
Custo investim. (*) 0,06 0,39 0,73
Consumo 7,33 kWh 0,71 kg 1,83 kWh (#)
Eficiência 95% 75% (+)
Total 2,21 2,12 1,35
(*) taxa de juros: 12% aa, câmbio 3,20 R$/US$. (#) admite-se que a energia solar substitua 75% da
eletricidade usada. (+) substituída a eficiência pelo parâmetro comercial: 100l/dia água quente / m2 de
coletor solar plano.
O cálculo mostrado acima considerou apenas os fatores diretos, havendo ainda custos de
adequação do projeto arquitetônico, de implementação da linha de suprimento de água quente e outros
de menor importância em projetos novos, porém significativos quando se trata de casas e prédios já
construídos. Entretanto, a diferença do custo solar para os outros, no caso estudado, é suficientemente
ampla para absorver esses novos fatores sem
alterar sensivelmente o panorama esboçado.
No caso de prédio de apartamentos, aparecem outros componentes favoráveis e desfavoráveis
ao custo solar. Já existem estudos bastante completos, para essas situações, que mostram a
competitividade da instalação solar.
Em primeira aproximação, o principal óbice para o uso da energia solar é financeiro, já que o
desembolso inicial para o usuário é maior do que
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