ATPS CABO DE AÇO

O que é um cabo de aço?

O cabo de aço é um conjunto de arames torcidos e estirados. É muito parecido com uma corda, porém ao invés de ser feito de sisal ou nylon, é feito de arames de aço.

Para que serve?

Impossível de se imaginar a vida moderna sem o cabo de aço. Edifícios não existiriam, pois são os cabos que nos levam aos andares mais altos. Carros teriam que ser totalmente repensados, pois os cabos são utilizados para acelerar, frear, abrir e fechar janelas, abrir e fechar o capô e porta-malas, medir nível de óleo no cárter, mover retrovisores, entre outros. A indústria petroleira sem cabos pára, pois seus enormes pesos jamais poderiam, sem eles, ser içados ou movidos. Portos parariam suas operações e indústrias ficariam impossibilitadas de mover seus materiais cada vez mais pesados. Operações médicas sofisticadas (instalação de cateter, manipulação robótica) não seriam mais realizadas, inclusive algumas fixações protéticas. A agricultura sofreria (irrigadores, silos e escovas) e a construção civil com gruas e elevadores de todos os tipos, não seria a mesma.

História

O cabo de aço que conhecemos hoje foi inventado pelo alemão Wilhelm August Julius Albert em 1834 tendo por tanto uns 180 anos aproximadamente.

Havia a necessidade, na época, de substituir as correntes utilizadas nas minas de carvão. Pois a medida que as minas se tornavam mais profundas, as correntes se tornavam mais compridas, com isso mais pesadas dificultando assim a sua utilização. Mediante a tal situação, Wilhelm Albert tem a idéia de trançar arames, o que fez diminuir o peso e aumentou a resistência. O cabo foi formado por fios de aço, obtidos por um processo de esticamento, chamado de trefilação.   O primeiro cabo de aço era formado por 3 pernas, cada uma composta por 4 arames sem alma, atualmente seria um 3x4 compacto.

Os arames tinham um diâmetro de 3,5 mm e uma resistência à tração de 520 N/mm2. Nos padrões de hoje seriam arames fracos, pois trabalha-se com quase 4 vezes esse valor. No entanto, os cabos da época cumpriam a sua obrigação. Os arames e as pernas eram torcidos para o mesmo lado (atualmente, torção “Lang”).

Como se mede um cabo de aço?

Em geral, os cabos são medidos por paquímetros na sua circunferência máxima (veja figura).

O que se deve conhecer?

Num cabo de aço devemos conhecer a sua capacidade de carga, quando devemos substituí-lo, como fazer a sua inspeção, a sua composição.

O cabo é composto de arame, perna e alma (veja figura).

A sua capacidade máxima de carga sempre deverá ser sinalizada (veja figura).

Arames rompidos, corrosões acentuadas nos cabos, danos por alta temperatura, arames externos desgastados mais do que 1/3 do seu diâmetro original são indícios de que devemos substituir o cabo.

Sua inspeção deve ser minuciosa, pontos como números de arames rompidos, desgastes de arame por abrasão, deformações por mau uso (veja figura) devem ser observados constantemente.

Números de pernas e arames

A quantidade de arames e de pernas presentes no cabo de aço são de grande importância para otimização da vida útil do cabo de aço e do equipamento, como polias e tambores. Exemplo: Cabos de aço com 6 pernas e 19 ou 25 arames em cada perna são os mais comuns e indicados para usos gerais, por possuírem boa resistência a flexão e à abrasão.

Tipos de almas

A alma de um cabo é um núcleo em torno do qual as pernas são torcidas em forma de hélice e tem a função de distribuir o esforço aplicado no cabo. A alma pode ser de dois tipos: de fibra ou de aço.

Torção

Torção do cabo é a configuração do posicionamento dos arames das pernas com relação ao seu eixo central e seu comprimento. A mais comum utilizada é a TRD – Torção Regular a Direita.

Lubrificação

É necessário que se haja uma boa lubrificação dos cabos. Os cabos vêm de fabrica já lubrificados para o devido fim conforme a solicitação do consumidor. O lubrificante ajuda a manter a boa conservação do cabo.

Pré – formação

No cabo pré-formado os arames e as pernas têm a tendência de endireitar-se, e a força necessária para mantê-los em posição, provoca tensões internas às quais se adicionam as tensões provocadas em serviço quando solicitado.