AVALIAÇÃO DOS PROJETOS EDUCATIVOS NA ENGENHARIA MECÂNICA COMO PRÁTICA HUMANÍSTICA

AVALIAÇÃO DOS PROJETOS EDUCATIVOS NA ENGENHARIA MECÂNICA COMO PRÁTICA HUMANÍSTICA

Hekles Cândido¹; Dr. ª Monica Rodrigues de Queiroz²

Graduando em Engenharia Mecânica, Hekles Cândido, Centro Universitário do Norte, UNINORTE

Orientadora, Dr. ª em Ciências, Monica Rodrigues de Queiroz, Centro Universitário do Norte, UNINORTE

Resumo

Este artigo tem como base discutir a avaliação de projetos educativos na engenharia mecânica, com este intuito é apresentado o conceito, bem como a atuação dessas práticas metodológicas dentro da engenharia, mais propriamente no percurso de formação do estudante envolvido nesta área. A engenharia apresenta um crescimento significativo no mercado nacional, porém ainda baixo se comparado a outros países, renovando suas tecnologias, agrupando grandes conceitos em planejamento e gestão dentro da educação, pretende-se proporcionar deste modo a engenharia maior abrangência e desenvolvimento como: melhor qualificação, avanço na tecnologia, planejamentos de projetos, entres outros. Em análise a esta proposta, será demonstrado a importância dos projetos educativos e como os mesmos promovem uma nova visão na atuação do futuro profissional da área, onde leva-se em consideração um olhar mais humanístico destas práticas. Desta forma, este trabalho teve sua base estabelecida na perspectiva de uma pesquisa qualitativa, no qual vislumbrou-se apreender acerca da dinâmica humanística de elaboração de Projetos educativos. Logo, apreendeu-se que, deve-se compreender que o a atuação humana diante da realização de um projeto, ou de um planejamento, é como um instrumento na construção racional, através da utilização de métodos, técnicas e habilidades. Dessa forma, reforçou-se a ideia do quão importante é o planejamento teórico, constituindo-se como elemento essencial para o sucesso da gestão de projetos.

Palavras-chave: Engenharia mecânica, Planejamento, Projeto educativo.

Introdução

Com base no cenário da sociedade atual e do mundo globalizado, percebe-se a expansão da engenharia em todas as esferas da sociedade, esta é definida como fonte da inovação, destacando-se em suas obras e criações, colaborando com o crescimento e desenvolvimento social e tecnológico. Com isso, destaca-se sucintas discussões acerca de suas práticas. Assim, em seu contexto educacional, no processo de formação de profissionais, entende-se a necessidade de um novo modelo de metodologia na revisão dessas práticas.

 Em contrapartida a isto, pretende-se abordar neste um novo seguimento com objetivo de atuar na formação de profissionais da área de engenharia mecânica, buscando capacitar e qualificar para atuação no mercado ao qual estejam inseridos. Visto deste modo, a necessidade de sedimentar a relação entre o mundo do trabalho e a formação dos indivíduos, “pautados na premissa do êxito da tríade entre educação escolar, desenvolvimento econômico e expansão do capital.” (SILVA M. V.; SOUZA, S. A. A., 2009 – p.1)

Ainda dentro desta perspectiva, deve-se buscar maiores fundamentos acerca das práticas da engenharia, é preciso vislumbrar além, tanto numa noção de profissão, quanto se tendo em vista o indivíduo envolvido nesse processo, pois é ele, que executará os planos previamente formalizados. Dessa forma, percebe-se a importância de se ir além da simples aplicação ou reprodução de conhecimentos científicos e tecnológicos relacionados à performance, à utilização e ao funcionamento destes novos artefatos. 

Dentro deste conceito de novas tecnologias e métodos, os autores Lisingen & Bazzo (2002) destacam as discussões acerca da atual visão tecnocêntrica, onde envolve-se a melhoria dos produtos e processos produtivos, visando a vantagem competitiva mitiga do fator humano.  Estas mudanças, certamente, têm repercussão na formação e qualificação profissional em engenharia, especialmente no que se refere aos cursos de graduação.

Conforme esta abordagem compreende-se que a engenharia desempenha um papel de fundamental importância no desenvolvimento tecnológico, contribuindo significativamente para avanços na sociedade em suas mais diversas áreas, atuando nas áreas hospitalares, escolas, indústrias e transportes. 

De acordo com Pedrosa apud Ewers (2019) a dificuldade para entrar no mercado passa também pela questão de não se conseguir cargos como engenheiro. Muitos profissionais acabam desempenhando funções técnicas ou de nível médio, mesmo depois de formados. “Não seria melhor então formar bons técnicos do que formar engenheiros para serem técnicos? É preciso que haja uma reestruturação da educação. Aqui no Brasil, fizemos ao contrário. Ao invés de investir na educação básica, fortalecer o ensino médio, para depois passar para o ensino superior, começamos ao contrário. Estamos expandindo o ensino superior sem criar uma base”.

Com isso entende-se mais ainda a importância de se investir em um ensino diferenciado, com qualidade na educação, focando em formar profissionais capacitados, e lhes proporcionar ao longo da caminhada acadêmica maior experiência na sua área de atuação.

O fato é, que se falar em engenharia, é afirmar suas predominações nas ciências exatas, pressupõe-se que o ensino programático básico para todas as áreas da engenharia, deve-se estimular ao aluno, a optar por sua área de preferência após o cumprimento deste primeiro ciclo, existindo um foco com maior resultado em sua área de atuação, contribuindo para o melhor desempenho de suas funções.

Como proposta, este artigo visa trazer em pauta a discussão acerca da atuação de projetos educativos na engenharia mecânica no nível acadêmico. Deste modo, através deste modelo, será exposto acerca da formação humanística, assim como a ligação direta entre a tecnologia e a estratégia de desenvolvimento, em que para as organizações não basta encontrar as tecnologias do futuro, mas sim dominá-las o suficiente para garantir tal avanço. Porém, diversos autores discorrem da necessidade de uma atualização na forma como constitui-se a metodologia acerca das práticas da engenharia.

Com isso, entende-se que as instituições de ensino, não podem ignorar as profundas alterações promovidas pela tecnologia da informação e comunicação, se faz necessário que as mesmas, permitam a multiplicidade de fontes da aprendizagem e diversificação das maneiras de apreensão das ciências. Entende-se que as ciências e as tecnologias, continuam em constante crescimento e inovações, despertando e influenciando as gerações.

Baseado nisto, para se alcançar o objetivo da proposta deste com abrangência na atuação de projetos educativos no processo de construção do profissional da engenharia, deve-se expor de modo discorrido, acerca dos principais pontos considerados fundamentais nessa dinâmica e didática de ensino. Assim, a sustentação teórica deste trabalho constitui em eixos que possibilitaram reflexões e diálogos com os dados construídos.