Afinal, Salário é Fator De Motivação?
Monografias: Afinal, Salário é Fator De Motivação?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wellington9304 • 23/10/2013 • 998 Palavras (4 Páginas) • 635 Visualizações
Afinal, Salário é Fator de Motivação?
As constantes transformações que a área de recursos humanos tem vivido já começam a ser percebidas em grande parte das empresas. O setor de RH passa a assumir um papel mais estratégico dentro das companhias e também a enfrentar novos desafios. O foco das empresas hoje está no estudo e na implementação de modernos planos de remuneração e políticas de benefícios mais flexíveis, voltados exclusivamente ao atendimento das necessidades e interesses de seus colaboradores, visando assim garantir a motivação e a consequente retenção de pessoas com alto nível de qualificação profissional.
O mercado de trabalho vem exatamente refletindo essa tendência em se buscar alternativas para aquele que é, seguramente, um dos maiores termômetros para o acompanhamento dos níveis de satisfação do funcionário: o salário.
O salário sempre foi tema de destaque nas publicações de economia e administração. Desde meados do século passado, muito se debateu sobre quanto, como e quando pagar o trabalho desempenhado pelas pessoas contratadas nas empresas.
No âmbito jurídico, a legislação trabalhista concentra sua atenção na composição da remuneração basicamente em termos pecuniários, definindo valores mínimos salariais, procedimentos de pagamento e proteção do trabalhador (a mulher, o menor, as categorias profissionais, o trabalho insalubre etc).
Porém, tanto na visão da classe empresarial, quanto na da categoria profissional, desde sempre se evidenciou a preocupação premente com montantes e formas de pagamento do salário. Essa questão ganha maior relevância quando colocamos em cheque os interesses de ambas as classes acerca do tema, particularmente ao questionarmos a influência do fator salário na motivação dos funcionários.
Especialistas das áreas de remuneração pregam, em detrimento da opinião da maioria da população economicamente ativa, que salário não é fator de motivação e que os funcionários de hoje buscam mais qualidade e menos quantidade. Nesse contexto, qualidade é a de vida, que se traduz em condições de trabalho (no mais amplo sentido) e possibilidades de benefícios mais atraentes, onde prepondera o lado humano. Cecilia Cibella Shibuya, presidente da ASBQ - Associação Brasileira de Qualidade de Vida e diretora da PRÁTICA Consultoria Empresarial garante que "o empresário já despertou para o fato de que funcionários saudáveis dão mais retorno produtivo. Com a concorrência e as exigências do cliente aumentando a cada dia, promover qualidade de vida como estratégia chega a ser um diferencial. Não estou me referindo a ser bonzinho, mas sim a investir num ambiente harmonioso de trabalho".
A qualidade dos benefícios que a empresa oferece aos funcionários também é um fator muito avaliado pelos candidatos que buscam uma oportunidade no mercado de trabalho. Ao adotar uma política de benefícios flexíveis, a empresa define o quanto quer gastar a título de benefícios. A empresa ganha, pois passa a ter em suas mãos o controle dos custos do programa, decidindo como e quando aumentá-los, dentro de sua política administrativa e dotação orçamentária. O funcionário ganha na praticidade de optar pelo pacote de benefícios que realmente sejam importantes para ele.
Dentre as políticas de remuneração, destacam-se como mais eficazes aquelas voltadas à participação dos funcionários nos lucros aferidos pela empresa, bem como as diversas modalidades focadas em aumento de mérito atrelado a planos de desenvolvimento profissional, que premiam os colaboradores que atingiram determinado grau de competência, através de aumentos salariais gradativos em escala horizontal, sem promoção.
Agora, será que a implementação de todas essas medidas realmente aumenta a percepção dos funcionários a respeito dos benefícios e o entendimento a respeito do valor da remuneração total?
Em outras palavras, será que o que o funcionário quer mesmo não é a tal da quantidade? Sinceramente, por mais que se busque a excelência na qualidade de vida no trabalho
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