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Apostila de Inteligência Artificial

Por:   •  8/11/2023  •  Trabalho acadêmico  •  481 Palavras (2 Páginas)  •  59 Visualizações

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Fundamentos de Redes Neurais

As redes neurais artificiais (RNAs) são uma classe de modelos computacionais inspirados no funcionamento do cérebro humano. Elas desempenham um papel fundamental na área de aprendizado de máquina e inteligência artificial, sendo utilizadas em uma variedade de aplicações, desde reconhecimento de padrões até processamento de linguagem natural e visão computacional.

Inspiração no Cérebro Humano:

A inspiração para as redes neurais artificiais veio da tentativa de replicar o funcionamento do cérebro humano em um contexto computacional. O cérebro humano é composto por bilhões de neurônios interconectados, que se comunicam por meio de sinapses. Essas conexões permitem que o cérebro processe informações de maneira altamente paralela e realize tarefas complexas, como reconhecimento de padrões e tomada de decisões.

As RNAs são chamadas de "neurais" devido à sua estrutura que imita vagamente a rede de neurônios no cérebro. Cada unidade de processamento em uma RNA, conhecida como neurônio artificial ou perceptron, recebe entradas, realiza cálculos e gera saídas, semelhante ao modo como os neurônios biológicos recebem impulsos elétricos, processam informações e enviam sinais para outras partes do cérebro.

História e Evolução:

A história das redes neurais artificiais remonta aos anos 1940 e 1950, quando pesquisadores como Warren McCulloch e Walter Pitts desenvolveram os primeiros modelos de neurônios artificiais. No entanto, o avanço significativo veio na década de 1960 com a criação do Perceptron por Frank Rosenblatt, um modelo de aprendizado de máquina que tinha a capacidade de aprender a distinguir entre classes de dados.

Na década de 1970, o pesquisador John Hopfield desenvolveu as chamadas redes de Hopfield, que eram capazes de armazenar e recuperar padrões. Essas redes abriram portas para aplicações de memória associativa.

Nos anos 80 e 90, as RNAs enfrentaram certos desafios e foram em grande parte superadas por métodos de aprendizado de máquina baseados em estatísticas, como máquinas de vetores de suporte e árvores de decisão. Isso ocorreu devido a limitações computacionais e a problemas de treinamento de RNAs profundas naquela época.

No entanto, o ressurgimento das redes neurais começou na década de 2000, com o desenvolvimento de algoritmos de treinamento mais eficazes e o aumento da capacidade computacional. Redes neurais profundas, também conhecidas como redes neurais profundas de aprendizado profundo, tornaram-se a espinha dorsal do sucesso atual da inteligência artificial. Elas conquistaram reconhecimento de padrões extremamente complexos e desempenharam papéis cruciais em avanços como reconhecimento de fala, visão computacional, tradução automática e muito mais.

A evolução das redes neurais artificiais é marcada por uma série de avanços tecnológicos e teóricos, que permitiram que essas redes se tornassem poderosas ferramentas para resolver problemas do mundo real.

Em resumo, as redes neurais artificiais são uma tentativa de modelar o cérebro humano no contexto computacional, e sua história é marcada por avanços significativos que as transformaram em uma tecnologia central na área de inteligência artificial e aprendizado de máquina. A contínua pesquisa e desenvolvimento nessa área prometem avanços cada vez mais notáveis e aplicações ainda mais amplas no futuro.

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