Atividade 02 - Exercícios De Epidemiologia
Trabalho Escolar: Atividade 02 - Exercícios De Epidemiologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 20/5/2014 • 2.263 Palavras (10 Páginas) • 13.304 Visualizações
1. Num estudo uma das variáveis estudadas foi a idade, e que apresentou a seguinte distribuição: 23, 14, 15, 24, 24, 22, 21, 20, 19, 19, 21, 22, 21, 23, 34, 22, 17, 13, 25, 24, 25, 27, 26, 26, 15, 15, 17, 19, 20, 21. Em vista dos dados obtidos, me informe qual é a média, qual é a moda, e qual é a mediana, qual é o quartil superior e o quartil inferior?
a) Média (M)
M =
(23+14+15+24+24+22+21+20+19+19+21+22+21+23+34+22+17+13+25+24+25+27+26+26+15+15+17+19+20+2130)/30
M = 21,13
b) Moda (Mo)
Mo = 21
c) Medina (Md)
Md = [(n/2) + (n/2 + 1)] / 2
Md = [(30/2) + (30/2 + 1)] / 2
Md = [15º + 16º] / 2
15º termo: 2116º termo: 21
Md = 21 + 21 /2
Md = 21
d) Quartil inferior (Qi)
Qi = n + ½
Qi = 30+1/2
Qi = 15º número
Qi = 28
e) Quartil superior (Qs)
Qs = 3(n+1)/4
Qs = 3 (30+1)/4
Qs = 23º número
Qs = 24
2. Em 01/07/1980, existiam 2.000 casos de tuberculose em tratamento, em um dado município. Sabendo-se que sua população na época era de 1.176.935 habitantes, calcule o número de casos de tuberculose em relação à população. Trata-se de prevalência ou incidência? Por que?
Trata-se de um caso de prevalência, pois informa o número de casos de tuberculose existente em uma dada população.
X = 2.000/ 1.176.935 x 100.000(habitantes)
X = 169,93≈170
Em cada 100.000 habitantes há 170 casos de tuberculose.
3. No ano de 1992 foram identificados mais 473 casos novos de hanseníase (lepra) e de 285 casos novos de tuberculose, nos serviços de saúde no Distrito Federal. No final daquele ano, um total de 2.563 ( 1000 homens e 1563 mulheres) estava em tratamento para hanseníase e 899 ( 560 homens) estavam em tratamento para tuberculose (já excluídos os curados e os mortos). Neste ano 76 vieram a óbito por causa da tuberculose (50% de homem) e 142 (102 homens) por causa da Aids. Tomando-se a estes para os devidos cálculos e admitindo-se uma população de 1,5 milhão de habitantes, sendo que 52% pertencem ao sexo feminino, calcule as respectivas taxas de incidência e prevalência, o coeficiente de letalidade. Obs. para todos os cálculos, fazer geral e por sexo. Qual a conclusão que você chega.
Novos Total Óbitos
Hanseníase 473 2563 1000 masc.
1563 fem.
Turbeculose 285 899 560 masc. 38 masc
339 fem. 38 fem.
Aids 102 masc.
40 fem.
Incidências
Hanseníase= 473/1.500.000= 0,000315*1000= 0,31 casos/1000 hab.
Tuberculose= 285/1.500.000= 0,19 casos/1000 hab.
Prevalências
Hanseníase=(2563-473)/1.500.000= 1,39 casos/1000 hab.
Tuberculose= (899-285)/1.500.000= 0,41 casos/1000 hab.
Hanseníase feminino=1563/780.000=2 casos/1000 hab.
Hanseníase masculino=1000/720.000=1,39 casos/1000 hab.
Tuberculose feminino=339/780.000=0,43 casos/1000 hab.
Tuberculose masculino=560/720.000=0,78 casos/1000 hab.
Letalidade tuberculose geral =76/899= 8,45%
Letalidade tuberculose masculino = 38/560=6,78%
Letalidade tuberculose feminino =38/339=11,21%
Conclusões dos resultados encontrados:
No ano de 1992 houve um crescimento de 46,4% nos casos de tuberculose e 22,6% nos casos de hanseníase.
Quanto a letalidade nos casos de tuberculose é possível afirmar que é nas mulheres, ou seja, 11,2% para mulheres e 6,8% para homens.
No que diz respeito a mortalidade, os homens apresentaram um percentual maior que as mulheres, ficando em 19,4 homens/ 100.000 hab., contra 10,0 mulheres/ 100.000 hab. A AIDS foi a doença que mais causou óbitos entre os homens, 6,8/, representando, aproximadamente o dobro dos óbitos femininos.
4. Em um Estado industrial da Índia, apresenta a seguinte distribuição de acidentes de trânsito, por faixa etária.
Faixa Etária População Masculina População
feminina Vitimas de acidentes de trânsito Óbitos nos acidentes de trânsito Taxa de Mortalidade Taxa de
letalidade
01 a 09 565808 607985 1235 656
10 a 19 626835 662036 5698 779
20 a 29 581590 583586 45689 3589
30 a 39 568189 541456 9658 1289
40 a 49 425776 403501 35362 1200
Calcule:
a) as taxas de mortalidade;
b) as taxas de letalidade, geral e por gênero.
Pop. masc. Pop. Fem. Pop. total Vit. acidentes Óbitos acidentes Taxa mortalidade Taxa letalidade (%)
1--9 565808 607985 1173793 1235 656 0,56 53,12
10--19 626835 662036 1288871 5698 779 0,60 13,67
20--29 581590 583586 1165176 45689 3589 3,08 7,86
30--39 568189 541456 1109645 9658 1289 1,16 13,35
40--49 425776 403501 829277 35362 1200 1,45 3,39
Total 2768198 2798564 5566762 97642 7513 1,35 7,69
Não é possível calcular a taxa de mortalidade e letalidade por sexo, pois não temos os dados de óbitos discriminados por sexo.
5. Uma investigação realizada em banco de sangue de um hospital chegou aos seguintes resultados: entre 8.000 pessoas que receberam transfusão sanguínea, acompanhada durante um ano, 15 pessoas contraíram HIV. No grupo controle, de 10.000 pessoas que não receberam transfusão, acompanhadas igualmente durante igual período, 18 pessoas contraíram HIV. Arme uma tabela 2X2 com os resultados. Pergunta-se se trata de um estudo de coorte ou de caso controle? Porque? Qual o risco de uma pessoa contrair HIV, tendo recebido transfusão de sangue? E o risco de ter HIV sem ter feito transfusão de sangue? Quantas vezes o risco é maior que o outro?
Trata-se de um estudo de Corte, pois parte do fator de exposição (causa – transfusão de sangue) e analisa a associação entre causa (transfusão) e doença (HIV).
Transf. Sangue HIV+ Total Taxa
Sim Não
Sim 15 7985 8.000 1,875
Não 18 9982 10.000 1,800
RR = 187,50/180
RR = 1,042
O risco de ter HIV com transfusão de sangue é 1,04 vezes maior que sem fazer transfusão
6. Em um hospital universitário foi feito um estudo para verificar a associação entre o consumo de cigarro e o câncer de pulmão. Foram incluídos na investigação, 600 pacientes do sexo masculino com diagnóstico comprovado de câncer de pulmão; desses 70 eram casos de tabagismo crônico. Entre 500 controles, 62 foram considerados tabagistas, pelos mesmos critérios de diagnóstico usados no grupo de casos. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Como deve ser este grupo controle? Este é um caso tipo coorte ou caso controle? Qual o risco de ser tabagista e vir a ter câncer de pulmão?
O grupo controle deve ser formado por pessoas sem câncer de pulmão. Este é um estudo caso-controle, pois parte-se do efeito (câncer) para determinar a causa (ser ou não tabagista).
Tabagista Cancer
Sim Não
Sim 70 62
Não 530 438
Total 600 500
O risco no estudo caso controle é estimado pela odds ratio:
OR=(770*438)/(530*62)=0,93
Conclui-se que, segundo essa pesquisa, para os tabagistas há um risco menor de adquirir o câncer de pulmão quando comparado com os nãos tabagista (0,93 vezes menor).
7. Em uma visita de uma equipe da saúde da família, com furação de um mês no Riacho Fundo II, todas as crianças, menores de 5 anos, foram examinadas. Entre os resultados obtidos estão os seguintes: de 105 crianças com exames positivos para verminose, 36 eram desnutridas, enquanto em outras 100 crianças com exame negativo para verminose, 21 foram consideradas desnutridas. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se qual o tipo de estudo? Porque? Qual a chance de uma criança desnutrida estar com verme no Riacho Fundo II?
Estudo caso-controle, porque a parte-se do efeito (verminose) para determinar a causa (desnutrição).
Desnutrida Verminose
Sim Não
Sim 36 21
Não 69 79
Total 105 100
O risco no estudo caso controle é estimado pela odds ratio.
OR=(36*79)/(69*21)=1,96
O risco de uma criança desnutrida estar com verme no Riacho Fundo II é 1,96 vezes maior do que em uma criança nutrida. Na pesquisa 34% das crianças com verminose eram desnutridas
8. Uma investigação foi realizada para verificar a eficácia de uma nova vacina contra o sarampo. Foram selecionados um mil crianças com alto risco de contrair a doença, e que os pais concordaram que os filhos participassem da pesquisa. Eles foram aleatorizados para constituir o grupo experimental e o de controle, cada um com 500 indivíduos. Ao final da investigação foram confirmados 6 casos de sarampo no grupo experimental e de 5 no de controle. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo e porque? Qual o risco de uma pessoa contrair sarampo se vacinada com a nova vacina? E com a velha?
Nova Vacina Sarampo Total Taxa %
Sim Não
Sim 6 494 500 1,20
Não 5 495 500 1,20
Estudo clínico experimental, porque os grupos foram formados de forma aleatória.
Risco relativo=1,2/1=1,2 vezes maior com a nova vacina
Risco relativo=1/1,2=0,83 vezes menor com a velha vacina quando comparado com a nova vacina.
9. Um total de 30 crianças recém nascido, portador de deficiências físicas foi examinadas e suas mães interrogadas com respeito ao uso do medicamento talidomida: 19relataram que usaram este medicamento até 2 anos antes do nascimento das crianças. Entre as crianças sadias, nascidas sem evidência de mal formação, foram selecionadas 1232 para o grupo controle; 16 mães afirmaram que utilizaram talidomida até 2 anos antes do nascimento das crianças. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Qual o risco?
Estudo caso-controle.
Uso do medicamento Port. Deficiencia
Sim Não
Sim 19 16
Não 11 1216
Total 30 1232
Risco estimado pela odds ratio
OR=(19*1216)/(11*16)=131,27.
10. Uma investigação foi realizada pela comparação de estatística de alguns países, relacionados abaixo, sendo encontrada correlação positivamente, estatisticamente significativa, entre o montante de cigarros, per capita, vendido a população e o coeficiente de mortalidade por doenças cardiovasculares.
Países Consumo per capita de cigarro Coeficiente de mortalidade /mil por doenças cardiovasculares
Chile 11250 32
Brasil 3800 28
Austrália 4200 21
Pergunta-se: qual o tipo de estudo? Quais as conclusões que podemos chegar?
O tipo de estudo trata-se de estudo ecológico, pois foi realizado em vários países.
O Brasil apresenta um consumo per capita de cigarros menor do que a Austrália, e mesmo assim apresenta um coeficiente de mortalidade por doenças cardiovasculares maior. Assim podemos concluir que há outras variáveis, não só o consumo per capita de cigarros, relacionadas à mortalidade por doenças cardiovasculares e que não foram englobadas pelo estudo.
11. As crianças nascidas no ano de 1982, nos hospitais de Pelotas, cidade à época com 250 mil habitantes e onde praticamente todos os partos são hospitalares (99%), foram identificadas e examinadas periodicamente – desde o seu nascimento, até os sete anos sempre próximos a data de seu aniversário. Num grupo de 620 crianças que nasceram na zona urbana, apresentaram as seguintes características: 67 crianças tiveram um histórico de desnutrição nestes últimos sete anos; 9 crianças nasceram com ma conformação congênita; 28 crianças apresentaram QI acima da média, enquanto que 280 crianças da zona rural apresentaram as seguintes características: 18 crianças tiveram um histórico de desnutrição nestes últimos sete anos; 5 crianças nasceram com ma conformação congênita; 11 crianças apresentaram QI acima da média. Pergunta-se Qual o tipo de estudo? Porque? Quais as correlações possíveis? E os riscos envolvidos?
Trata-se de um estudo transversal, pois o estudo parte da causa e do efeito simultaneamente.
As crianças nascidas e criadas na zona urbana apresentam uma taxa de desnutrição maior que as da zona rural.
Em relação a má formação as crianças da área urbana apresentam menores índices que as da zona rural.
Quanto ao QI ele é mais acentuado na zona urbana que na rural, apresentando em risco relativo na área urbana 1,15 vezes maiores que da rural.
A desnutrição não teve influencia significativa na má formação e nos níveis de QI dos dados complementares.
12. Uma pesquisa domiciliar foi realizada com o intuito de se obter um diagnóstico das condições das condições de saúde e saneamento, no Brasil na década de 80. Numa cidade do nordeste, de cada 1000 crianças que nasciam, 36 morriam antes de completar um ano de vida sendo que nas áreas sem saneamento básico (70%), este número era de 42/ mil e nas áreas com saneamento (30%), este coeficiente era de 22/mil. Numa cidade do estado de São Paulo, de cada 1000 crianças que nasciam, 28 morriam antes de completar um ano de vida sendo que nas áreas sem saneamento básico (50%), este número era de 33/ mil e nas áreas com saneamento (50%), este coeficiente era de 23/mil. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Quais as conclusões possíveis?
Estudo de caso controle.
A cidade do nordeste com saneamento básico de 70%, mostra um coeficiente de mortalidade infantil (36:1000), sendo este valor 22,22% acima que a cidade do estado de são Paulo, a qual apresentou dados de mortalidade infantil de (28:1000). Porem, quando se usa a mortalidade geral como índice, a cidade do nordeste com saneamento (70%), apresenta dados mais favoráveis, pois a mesma tem o valor de (0,86), já a cidade do estado de São Paulo apresenta (1,27), ou seja 47,6% superior.
13. Uma investigação foi realizada para verificar a associação entre diarréia e desidratação. Crianças atendidas em um hospital, com diarréia foram colocadas em categorias em função da presença no início do episodio de determinados sinais e sintomas. Após dez anos de acompanhamento dos prontuários verificou-se que: no grupo de 3500 crianças que apresentaram diarréia, com sinais de sangue nas fezes: 500 ficaram desidratadas; no grupo de 4002 crianças que apresentaram diarréia, com sintomatologia de vômito anterior: 1300 ficaram desidratadas. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Porque? Qual o risco?
Trata-se de um estudo de corte, pois ocorre a criação de grupos estabelecidos por meio de observação de um universo amostral já com delimitação e visualização de variável de interesse, no caso a diarreia.
Diarreia Desidratação Total Taxa %
Sim Não
Sangue nas fezes 500 3000 3500 14,29
Vômito anterior 1300 2702 4002 32,48
RR=14,28/32,48=0,44. O risco de uma criança com diarreia apresentar sangue nas fezes e ficar desidratada é 0,44 vezes em relação a apresentar vômito.
RR=32,48/14,28=2,27. O risco de uma criança com diarreia apresentar vômito e ficar desidratada é 2,28 vezes maior em relação a apresentar diarreia e sangue nas fezes.
14. Em uma fábrica o risco de acidente é de 4 casos por mil funcionários/ano, sendo que na área administrativa o risco é de 0,2 casos por mil funcionários/ano e na área de produção o índice é de 4,42/mil. Sendo que se separarmos os funcionários da área de produção, que receberam treinamento para utilização das máquinas, e os que não receberam, os índices são respectivamente 1,3 caso/mil e 4,7 casos por mil. Pergunta-se, se a fábrica possui 8423 funcionários, quantos funcionários a empresa tem na área de produção, na área de administração e quantos foram treinados e quantos não foram treinados?
Na área de produção a fabrica tem 505 funcionários, na área administrativa 17, na produção com treinamento 109 e 396 sem treinamento.
15. Em uma investigação para aprovação de um novo EPI, para prevenir o PAIR, utilizou-se duas fábricas de uma mesma empresa, que produzem a mesma coisa com a mesma tecnologia, sendo que numa utilizou-se o EPI tradicional e na outra o novo EPI. Após um ano de acompanhamento médico por perda auditiva, teve o seguinte resultado: dos 140 funcionários que utilizaram o EPI “velho” 8 apresentaram perda auditiva no período e dos 80 funcionários que utilizaram o “novo” EPI, 5 funcionários tiveram perda auditiva. Arme uma tabela 2X2. Pergunta-se: Qual o tipo de estudo? Porque? Qual a eficiência do novo EPI?
Trata-se de um estudo de corte, pois estuda a causa e busca os efeitos.
EPI Perda Auditiva Total Taxa %
Sim Não
Novo 5 75 80 6,25
Antigo 8 132 140 5,71
RR=6,25/5,71=1,09
Eficiência=(5.71-6,25)/5,71=-9,46%
A eficiência do novo EPI em relação ao antigo é de -9,46%.
A eficiência do EPI velho é melhor que a do EPI novo.
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