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Atps Comlurb

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Por:   •  20/9/2014  •  991 Palavras (4 Páginas)  •  246 Visualizações

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3. Aspectos Técnicos

As formas programa de destinação nobre do lixo espera que a população mantenha por seis dias o seu entulho em casa. Bem, se pensarmos que a média de produção diária de lixo por brasileiro é de 1,1kg por pessoa (segundo dados do governo), ainda que boa parte desse lixo seja orgânico ou não aproveitável, não é qualquer família que se imaginaria com um contentor de lixo em plena área de serviço. Esse quadro piora se pensarmos em termos de grandes cidades, onde a disponibilidade de espaço é menor e a produção per capita maior, como no Rio de Janeiro, onde a média chega a 1,861kg por habitante (dado do “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2010").

A coleta seletiva feita por caminhões é lenta, não só pelo porte do veículo, mas pela complexidade desse tipo de recolhimento quando comparado à coleta normal. Isso porque é exigido um maior cuidado para recolher o lixo, ele precisa ser acondicionado adequadamente no caminhão, e não jogado, como é usual para o lixo comum. Além disso, por essa necessidade de preservar a integridade e a possibilidade de separação dos resíduos, a compactação fica proibida (utilizam-se caminhões do tipo carroceria aberta ou "gaiola" ou, até mesmo, do tipo "baú"). Logo, o material permanece solto e com um peso específico menor, o que significa uma menor quantidade comportada por caminhão. Como isso não altera a quantidade de lixo que uma população produz, conclui-se quemais viagens deverão ser feitas pelo veículo transportador para dar conta do que se precisa.

Esses fatores mencionados, associados ao gasto com combustível e com a mão de obra do processo, ilustram o alto custo decorrente da forma seletiva de coletar. Os números divulgados pelo Cempre (Compromisso Empresarial pela Reciclagem) em seu último levantamento publicado, de 2012, falam da média de US$ 212,00 (R$ 242,00 - para um câmbio de US$ 1,00 = R$ 2,00 por tonelada). Enquanto na coleta regular, o valor médio é de US$ 47,50 (cerca de R$ 95,00) por tonelada.

Outra possibilidade que é usada são os PEV’s (Postos de Entrega Voluntária). Este modelo não é condenável pelo seu conceito, que valoriza a vontade individual de contribuir com a separação de lixo. No entanto, deixar a responsabilidade da coleta a cargo dos cidadãos deveria ser apenas um complemento à gestão dos resíduos sólidos, já que poucos têm a disponibilidade para tais deslocamentos (que são agravados pelo trânsito e pelas distâncias das grandes cidades) e menos ainda têm a vontade de realizar tal “ato humanitário”.

Existe também uma terceira forma de gerenciar o lixo para a coleta seletiva que é através de cooperativas de catadores que se organizam para coletar, separar e vendê-lo para as indústrias de reciclagem. Alguns empecilhos para o sucesso dessas articulações são a dependência financeira de um consórcio com o governo para a construção das centrais de triagem, o valor mínimo que o material reciclável tem e que impede onegócio de venda de ser sustentável e o alto custo da coleta e transporte com caminhões. Esse último, tendo sido apontado como a principal dificuldade das cooperativas, por trazer uma situação economicamente insustentável, pelo representante da FEBRACOM (Federação das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis), Jorge Neves de Souza.

As três formas de realizar o recolhimento dos resíduos recicláveis podem ser alternadas ou articuladas entre si, não são excludentes. Ainda assim, os “gaps” em toda a estrutura da coleta seletiva são tantos que apenas 20 municípios dos mais de 5000 que temos no país conseguiram aderir totalmente a ela até o ano de 2010.

Na maioria das cidades brasileiras que possuem coleta seletiva, apenas uma pequena parcela do lixo é recolhida com esse objetivo

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