CCT – Centro de Ciências e Tecnologia
Por: Suellen X Germano Calado • 13/2/2017 • Artigo • 2.796 Palavras (12 Páginas) • 319 Visualizações
Universidade Federal da Paraíba
Departamento de Engenharia Mecânica
CCT – Centro de Ciências e Tecnologia
Disciplina: Elementos de Máquinas II
Professor: Erinaldo Clemente
Equipe: Germano B. Nascimento.
Jefferson Costa
Pablo Adolfo Nogueira
Seminário Sobre Correias.
Campina Grande 31 de Janeiro de 2000.
- Introdução
Correias Planas
Nosso trabalho tratará sobre correias, falaremos sobre correias planas e trapezoidais citando algumas de suas características como, por exemplo, Tensões, Peso específico, Ângulo de contato, Espessura, materiais, tipos de transmissão etc.
Uma correia plana é uma correia que se mantém plana sobre a polia e cuja seção transversal é retangular e consideravelmente mais larga do que espessa. Tal correia é um dos elementos mais antigos usados para transmitir potência de uma árvore para outra.
Transmissões projetadas de maneira adequada operam indefinidamente com uma pequena manutenção, desde que a tensão na correia seja mantida corretamente. As correias trapezoidais serão abordadas mais adiante.
- Vantagens e Desvantagens da Transmissão por Correias em Relação às Transmissões de Dente e de Corrente
Vantagens:
- funcionamento quase sem ruído;
- melhor absorção e amortecimento de choques;
- disposição simples sem caixa de transmissão e sem lubrificação;
- utilização múltipla, por exemplo para eixos com movimentos concordantes e opostos;
- mais econômico, principalmente nas grandes distâncias;
- manutenção e desacoplamento fáceis;
Desvantagens:
- maiores dimensões e a maior força axial;
- alongamento permanente da correia, que cresce com o tempo e a carga, podendo provocar deslizamentos;
- aumento do coeficiente de atrito com a poeira, detritos e óleo.
- Resistência das Correias
Existe uma grande variedade de couros de origens diferentes, o que acarreta em diferença de qualidade. Além disso, a resistência e a qualidade do couro dependem do método de curtimento. A resistência máxima da correia de couro curtido com casca de carvalho varia de 2 kg/mm2 a 4 kg/mm2. Se o couro é curtido com óleo mineral, deve-se esperar uma resistência máxima de 5 kg/mm2 a 8,4 kg/mm2.
Usamos o termo rendimento da junta, para designar a relação entre a resistência da junta e a resistência da correia. Comumente, as extremidades das juntas são coladas, costuradas a mão com arame ou a máquina com arame.
Na tabela seguinte temos os dados do Rendimento Médio das Juntas das Correias:
Tipo da União Rendimento %
Colada 100
Costurada a máquina com arame 88
Costurada a mão com arame 80
- Deslizamento e Deformação
Antes de abordarmos a discussão do coeficiente de atrito, devemos entender o fenômeno do deslizamento e da deformação longitudinal nas correias. Qualquer correia transmitindo uma carga normal deslizará sobre a superfície das polias. Isto significa que a superfície da polia motriz tem velocidade maior do que a da correia, enquanto que a superfície da polia comandada tem velocidade menor. A ação de deslizamento adiciona-se à deformação, porém em fenômenos distintos. A diferença pode ser explicada da seguinte maneira: visualizemos uma polia na qual entra uma correia tensa e da qual sai uma correia folgada, à medida que a correia passa em volta da polia a tensão diminui, ou seja, a correia sofre gradualmente uma deformação.
O deslizamento depende da carga, o chiado é uma advertência de que a correia está sobrecarregada. Quando o deslizamento é excessivo o calor gerado avariará a correia.
- Coeficiente de Atrito
O coeficiente de atrito f é função da velocidade e da taxa de deslizamento da correia sobre a polia, bem como o material desta. Para efeito de cálculo podemos tomar os seguintes valores:
Polias de ferro ou aço, f = 0,3.
Polias de massa, f = 0,45.
- Ângulo de Contato
Para uma correia aberta, os ângulos de contato são:
θ = π ± 2 arc sem (R-r)/C ≅ π ± (D2-D1)/C em radianos
Usar o sinal positivo para a polia maior e o negativo para a polia menor; assim, o sinal da menor é usado para calcular θ, quando ambas as polias são do mesmo material. Para correias cruzadas os ângulos de contato são os mesmos em ambas as polias. Iguais a:
θ = π + 2 arc sem (R + r)/C em radianos,
Onde, temos:
D2 – diâmetro da polia maior
D1 – diâmetro da polia menor
C – distâncias entre os centros das polias
θ - ângulo de contato
- Velocidade das correias.
Segundo F.W. Taylor a velocidade de correia mais econômica se encontra na faixa de 1220 a 1370 m / min, mas atualmente já se consegue chegar com correias de lona e tecido a velocidades de 6100m/min sem que se alterem os custos de operação. Para se encontrar a velocidade de operação ideal deve-se levar em consideração também o material do qual é feita a correia existem catálogos normalizados, como o da ALBA, que nos fornece as informações necessárias para tal cálculo.
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