Capitalismo mercantilista, agências reguladoras e cartel
Por: sjcampos • 26/3/2016 • Trabalho acadêmico • 823 Palavras (4 Páginas) • 323 Visualizações
Capitalismo mercantilista, agências reguladoras e cartel
Capitalismo, uma palavra que é utilizada de duas maneiras distintas. Em alguns casos, é utilizada para explicar um mercado livre. Em outra, denota o arranjo atual que vive do mundo, uma economia mista que o governo intervém controlando setores, para privilegiar grandes empresas, causando monopólios e oligopólios.
Desse modo, “capitalismo” não pode ser essas duas vertentes. Ou são mercados com total liberdade, ou o governo os controla. É impossível ter os diferentes arranjos ao mesmo tempo.
Na atualidade, não existe um mercado genuinamente livre em qualquer país do mundo. Regulamentações dos governos, tarifas, subsídios, decretos e intromissões são enormes, apenas variando o grau de intensidade em cada país. Então, o termo “capitalismo” denotado do livre mercado não existe nos dias de hoje.
O que existe atualmente é um capitalismo mercantilista, o capitalismo regulado em prol dos reguladores, que são contra os consumidores.
O capitalismo mercantilista trata-se de um sistema econômico em que o mercado é artificialmente moldado pela relação do governo, as grandes empresas e os grandes sindicatos. Neste arranjo econômico, o governo cede uma farta variedade de privilégios aos seus empresários favoritos, os quais seriam simplesmente inalcançáveis em um mercado genuinamente livre, como exemplo, subsídios diretos, tarifas protecionistas, restrições de importação, empréstimos subsidiados por bancos estatais, regulações criadas com o intuito de cartelizar o mercado e impedir a entrada de concorrentes. Por essas regalias, as empresas beneficiadas concedem montes de doações e propinas para campanhas políticas, políticos e agências reguladoras.
Este tipo de mercado é tão antigo, que até Adam Smith o criticava e combatia no século XVIII. Atualmente vemos estampados nos jornais do país este tipo de capitalismo no país. Todos os cartéis, oligopólios e monopólios estão em setores altamente regulados pelo governo, como o setor aéreo, setor bancário, setores de transporte terrestres e aquaviários, setor de telecomunicações, setor elétrico, setor energético (petróleo, postos de gasolina), setor minerador, setor farmacêutico, etc.
Cartéis, oligopólios e monopólios são sempre criados pelo estado, seja por regulamentações que impõem barreiras à entrada de concorrência no mercado (agências reguladoras, sindicatos), seja por alta tributação as quais impedem que novas empresas apareçam e cresçam. A burocracia desestimula o processo de formalização de empresas, com altas tarifas ou regulamentações, um exemplo é aquisição de carros importados.
O capitalismo puro é o sistema em que os lucros e prejuízos são privados. Já o capitalismo mercantilista é um sistema que lucros são privados e os prejuízos são socializados. No prejuízo essas empresas recorrem ao governo em busca de pacote de ajuda ou novas restrições no mercado. Em maiores necessidades jogam as despesas sobre aquelas que pagam o imposto. Um exemplo claro disso é a Petrobrás, enquanto no mundo inteiro se paga menos pelo combustível, no Brasil ele teve aumento para cobrir o rombo de um esquema de saqueamento da empresa.
O governo acredita que as regulamentações é uma forma do governo subjugar e domar as grandes corporações. Mas a história mostra que as regulamentações sempre foi uma forma
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