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O capitalismo industrial

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Por:   •  29/4/2013  •  Artigo  •  401 Palavras (2 Páginas)  •  731 Visualizações

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O capitalismo industrial teve início com a trans­formação do trabalho manual em mecânico e com o uso acelerado da energia não-humana: a máqui­na movida a vapor, gerado por meio da combustão do carvão, é típica dessa fase. A invenção e a implantação de máquinas no processo produtivo foram facilitadas pelo grande volume de capital acumulado durante o Mercantilismo.

Numa segunda etapa, a industrialização se expandiu para outros países, permitindo a multi­plicação das indústrias e a utilização de um núme­ro crescente de trabalhadores. Ampliou-se assim a classe operária (proletariado) e se internacionali­zou o sindicalismo. Ao mesmo tempo ocorria uma explosão urbana, com transformações no modo de vida e na economia, que marcam o mundo de hoje. Nesse período, as relações internacionais foram caracterizadas pela intensifica­ção da ação imperialista euro­péia sobre a África e a Ásia, gerando conflitos entre as gran­des potências, cuja culminância foi a Primeira Guerra Mundial. O imperialismo teve como causa três problemas que os países europeus enfrentavam:

• Produção excedente - Com a industrialização, a produção de mercadorias cresceu num ritmo muito mais rápido que o dos mercados existentes. Esse ritmo de crescimento gerou uma grande produção exce­dente, o que levou à disputa por novos mercados.

• Excedente de capital - As indústrias obtinham lucros cada vez maiores (ocorrendo uma superacumulação de ca­pital), e a saturação dos merca­dos existentes não viabilizava o reinvestimento interno desse capital. Dessa forma, era ne­cessário buscar outros locais para investir os excedentes de capital, o que contribuiu para mais um passo em direção à globalização econômica mun­dial.

• Abastecimento de maté­rias-primas - Para a manu­tenção do processo de produ­ção industrial, tornava-se deci­sivo garantir o abastecimento de matérias-primas, muitas vezes escassas ou inexistentes nos países industrializados europeus.

Esse proces­so caracteriza a chamada teoria do centro-periferia e se enqua­dra no capitalismo financeiro porque se assenta na monopoli­zação e na aplicação de capital das grandes potências indus­triais nos países subdesenvolvi­dos, com posterior transferência dos lucros, juros, dividendos e royalties no sentido inverso, ou seja, desses países periféricos (subdesenvolvidos) para os res­pectivos países de origem do capitalismo central (grandes potências). Na fase financeira do capitalismo, o processo de monopolização atingiu seu auge. A evolução do capitalismo reve­lou que sua lógica competitiva fortalece as grandes empresas, aptas a disputar parcelas cada vez maiores do mercado consu­midor com seu sólido capital. As empresas menores, incapazes de disputar o mercado nas mes­mas condições, ficam com uma parcela ínfima do mercado ou acabam sendo absorvidas pelas maiores.

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