Ciencias dos materiais
Por: pedro20 • 7/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.563 Palavras (11 Páginas) • 296 Visualizações
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
Foram preparados compósitos, reforçados por preformas confeccionadas com fio
de fibra natural embebidos em matriz termorrígida.
3.1.1 Reforço
Como reforço utilizou-se a fibra de juta em forma de fio com filamento retorcido
em cinco cabos com especificação 10 Lb, sem nenhum tratamento químico. Fornecida
pela Companhia Têxtil de Castanhal, com diâmetro médio de 0,85mm, como pode ser
visto na figura 3.1.
Figura 3.1: Rolo de fio de fibra de juta com filamento torcido.
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3.1.2 Matriz
Foi utilizada uma resina à base de diglicidil éter de bisfenol A (DGBA), de nome
comercial Araldite F, produzida pela Ciba-Geigy, uma resina epóxi líquida não
modificada, de média viscosidade e sem solvente; curada por Trietileno Tetramina
(TETA), de nome comercial XR 1951, produzido pelo mesmo fabricante da resina, um
agente de cura líquido de coloração amarela. A tabela 4 apresenta as principais
características destes constituintes da matriz.
Tabela 4: Propriedades dos constituintes da matriz Resina Agente de cura Aspecto 1 Líquido âmbar amarelo Líquido claro amarelo Peso específico a 25ºC 1 1,15-1,2 g/cm3 0,97 g/cm3 Viscosidade a 25º C 9.000-13.000 Mpa.s ≤30 Mpa.s Teor reativo Epóxi 538 Equiv.g-1 Amina 1400-1458 mgKOH/g
3.2 Métodos
A metodologia experimental obedeceu as seguintes etapas: (1) Confecção das
preformas; (2) Elaboração dos compósitos e (3) Caracterização mecânica de acordo
com o fluxograma.
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(1)
(2)
(3)
FLUXOGRAMA
Confecção dos tecidos
Preforma bidirecional Preforma unidirecional Preforma tridirecional
Elaboração dos corpos de prova
Compósito unidirecional Compósito bidirecional Compósito tridirecional
Ensaio de Impacto por Queda de Dardo
Ensaio de Impacto Charpy
Ensaio de Flexão 3 pontos
Observação fratográfica
Elaboração dos teares
Caracterização do fio
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3.2.1 Confecção das Preformas
3.2.1.1 Caracterização do fio Para dimensionarmos o tear utilizado na confecção dos tecidos, foi necessário
estudar as dimensões do fio de juta comercial. Através de um Analisador de Imagens
da marca Leica Q550IW./QWIN, ver figura 3.2.
Figura 3.2: Microscópio marca Leica Q550IW./QWIN.
3.2.1.2 Elaboração dos Teares
Foram desenvolvidos dois teares em madeira “Angelim Pedra”, um tear planar e
um tear espacial. Baseados na arte de tecer indígena.
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3.2.1.2.1 Tear planar
Elaborado para confecção de tecidos por entrelaçamento, com auxílio de uma
agulha de costura em aço inox de 6cm de comprimento. O tear plano foi confeccionado
com dimensões 15 cm x 15cm de comprimento e largura, contendo um gabarito para
orientar as posições da trama e urdume. Essas orientações são dispostas com
espaçamentos iguais a 1mm, conforme ilustrado na figura 3.3.
Figura 3.3: Perspectiva tear planar.
______________________________________________________________________ Urdume: é formado por um conjunto de fios tensos, paralelos e colocados previamente no sentido do comprimento do tear.
Trama: é o segundo conjunto de fios, passados no sentido transversal do tear com auxilio de uma agulha ( também denominada navete). A trama é passada entre os fios da urdidura, por uma abertura denominada cala.
Urdume
Trama
Espaçamentos de 1mm
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3.2.1.2.2 Tear espacial
Elaborado para confecção de preformas, constituído de: (1) uma régua fixa em
forma de L com 17cm por 17 cm; (2) duas réguas móveis com 17cm de comprimento;
(3) pinos em aço com 4mm de diâmetro; para movimentação das réguas móveis foram
usados (4) quatro parafuso em latão de 5”x16”, (5) mola e (6) porca sextavada
confeccionada em latão, ver figura 3.4.
Figura 3.4: Tear elaborado para desenvolver a preforma 3D.
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
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3.2.1.3 Confecção dos tecidos
Os fios foram orientados no eixo cartesiano (X) com auxílio do tear espacial, em
duas direções cartesianas (X,Y), com o tear planar e em três direções cartesianas
(X,Y,Z)
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