Como Utilizar As Vantagens Do Armazenamento Nas Nuvens Para O Banco De Dados Oracle?

1. INTRODUÇÃO

A computação em nuvem surgiu da necessidade de organização e melhor gerenciamento dos seus recursos de IT de grandes empresas. Esta motivação permitiu que novas ferramentas, aplicativos e conceitos como a virtualização, viessem à tona, tornando mais ágeis a disponibilização de aplicativos, serviços e infraestrutura a um custo reduzido e competitivo.

Adotar a computação em nuvem significa utilizar recursos de infraestrutura computacional oferecidos por grandes empresas no modelo de serviço, que é contratado normalmente com custo reduzido e redundante, pagando-se apenas pelo que for usado. Não havendo necessidade de definição milhões de processos internos e controle de recursos, backup e etc., deixando a cargo dos provedores esta responsabilidade.

E o requisito básico para este modelo é de acesso a Internet. Uma vez conectado a rede mundial, os recursos estão disponíveis tanto para o administrador quanto para o usuário final da aplicação. O modelo mais encontrado atualmente é de Software por Serviço (SaaS) onde a aplicação fica hospedada em um servidor na Web e acessado pela Internet a qualquer hora.

O foco deste trabalho é explicitar o conceito de computação em nuvem, descrever os aspectos relevantes, explicar os modelos de serviços e demostrar as vantagens de utilização da nuvem especificamente para bancos de dados Oracle.

1.1. Objetivo Geral

O objetivo geral é descrever os conceitos da Computação em Nuvem, a composição, quais os modelos praticados atualmente, vantagens e desvantagens. Também serão descritas as vantagens e desvantagens de se utilizar os serviços em Nuvem e uma visão geral das empresas que apresentam os melhores custos/benefícios da computação em Nuvem.

1.2. Objetivo específico

O objetivo específico de estudo é detalhar as vantagens de utilização da Computação em Nuvem referente a bancos de dados, especificamente sobre o Banco de Dados Oracle. Com o modelo em Nuvem, foi criado o Banco de Dados na Nuvem (DaaS - Data as a Service) que oferece um conjunto de serviços voltados para Bancos de Dados.

2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM

O termo Computação em Nuvem (ou Cloud Computing) surgiu em meados de 2006 com o movimento de grandes empresas como Google e Amazon para melhorar os serviços de gerenciamento dos seus Datacenters. Com crescimento exponencial dos recursos de infraestrutura, o foco era desenvolver serviços mais eficazes para gerenciamento dos recursos existentes, maximizando a utilização. Um dos conceitos adotados foi a virtualização, que contribuiu para entregas de serviços sob demanda, com a agilidade requerida.

Para alguns autores, a computação em nuvem traz agilidade na entrega dos resultados e promove tempo para novas tecnologias. MCGRATH (2012) conceitua a computação em nuvem como:

“At a high-level view, cloud computing provides a way for developers to focus exclusively on coding. It provides a way for systems engineers to finally offload some of the projects that have crept up over the years and continue to plague their time. With cloud technologies, architects can quickly prototype new technologies with minimum commitment and cost. These same technologies allow executives to better control and predict cost as well as remove much of the waste created by traditional computing.” (MCGRATH, 2012, p. 1)

Utilizar a nuvem significa utilizar os recursos de infraestrutura de IT na Web, através de provedores de serviço, pagando-se apenas pelos recursos alocados. E o custo associado pelo serviço prestado é normalmente mais baixo do que o custo de manutenção de infraestrutura interna. Motivo principal: compartilhamento.

Atualmente existem diversas empresas que empregam o conceito de Computação em Nuvem oferecendo serviços dedicados, com alta disponibilidade e SLA agressivos. Podemos observar na Figura 01, um exemplo de serviços associados à nuvem.

Figura 01 – Serviços associados à nuvem, Fonte: Google

2.1. Características do Modelo em Nuvem

As empresas que ingressam neste modelo de Computação em Nuvem devem preencher diversos requisitos para que possam prestar este tipo de serviço com a qualidade esperada. E a principal característica é a alta disponibilidade através da Internet.

De acordo com o NIST (National Institute of Standards and Technology) , existem cinco características essenciais para que este modelo de Computação em Nuvem funcione perfeitamente, ou seja, que o provedor deve fornecer aos clientes, conforme descrito a seguir:

2.1.1. Self-Service sob Demanda

Os clientes podem, a qualquer momento, provisionar seus recursos (rede, armazenamento, processamento e etc.) sem que haja intervenção humana. O provedor deve fornecer recursos padronizados e online, para que os clientes possam acessar e provisionar suas necessidades em tempo real.

2.1.2. Amplo acesso a Rede

Pela rede, os recursos estão disponíveis para acesso e provisionamento via interface cliente simples e para plataformas heterogêneas como, por exemplo, Tablets, Notebooks e estações de trabalho.

2.1.3. Pooling de recursos

Significa um agrupamento dos recursos computacionais do provedor, de forma que possa atender vários clientes simultaneamente, no modelo multi-tenant , utilizando recursos físicos e virtuais de acordo com a demanda do cliente.

Exemplos destes recursos são: armazenamento, memória e largura de banda.

2.1.4. Elasticidade

O provedor deve fornecer mecanismos de forma que os recursos possam ser adquiridos de forma rápida e elástica. Dependendo do serviço requerido, o provisionamento pode ser automático. Os mesmos mecanismos devem permitir a liberação do recurso, ou seja, caso o usuário não deseje mais utilizá-lo, pode devolver o recurso requisitado anteriormente para o provedor.

A visão que o cliente deve ter, é que ele tem recursos ilimitados, que podem ser adquiridos a qualquer momento e em qualquer quantidade.

2.1.5. Medição de Serviço

No modelo de computação em nuvem, todo o serviço deve ser medido e/ou controlado pois o modelo é pay-per-use, ou seja, pague somente que for usado. Desta forma, o provedor deve possuir recursos que meçam, de forma transparente e abstrata, o consumo dos