Corrosao

Captulo 5

Estudo das Heterogeneidades

Responsaveis por Corros~ao

Eletroqumica

A corros~ao eletroqumica pode se vericar sempre que houver heterogeneidades no sistema material

metalico-meio corrosivo, pois a diferenca de potencial resultante possibilita a formac~ao de areas

anodicas e catodicas.

Os casos mais frequentes est~ao relacionados com o material metalico e com o meio corrosivo.

5.1 Em relac~ao ao metal

 Contorno dos gr~aos: nos limites dos gr~aos, os atomos cam desarranjados, em func~ao do

encontro com outros gr~aos, causando imperfeic~oes no interior dos cristais. Experi^encias realizadas

mostram que geralmente o contorno dos gr~aos funciona como area anodica em relac~ao

ao gr~ao, que funciona como area catodica. Porem, o ataque intergranular em algumas ligas

metalicas, pode apresentar o contorno dos gr~aos catodico em relac~ao ao gr~ao anodico.

 Orientac~ao dos gr~aos: os gr~aos orientados em diferentes direc~oes devem apresentar diferentes

potenciais.

 Tamanho dos gr~aos: um gr~ao no de um dado metal, contem energia interna maior que um

gr~ao grosseiro, podendo ocorrer diferentes potenciais entre eles.

 Tratamentos termicos ou metalurgicos diferentes: se uma parte de uma superfcie metalica

sofrer um tratamento termico diferente das regi~oes restantes, ha a formac~ao de uma diferenca

de potencial entre estas regi~oes. Isso ocorre, por exemplo, em um cord~ao de solda, visto que o

aquecimento local resulta na modicac~ao da natureza das fases do material, dando condic~oes

para criac~ao de diferencas de potencial. Mesmo que o material da solda seja o mesmo do

material a ser soldado, a area em torno dos gr~aos funciona como area anodica.

5.2 Em relac~ao ao meio corrosivo

 Concentrac~ao diferencial: A corros~ao por concentrac~ao i^onica diferencial ocorre quando o material

metalico esta imerso em soluc~oes de eletrolitos que apresentam diferentes concentrac~oes

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de ons. Este diferencial propiciara a formac~ao de pilhas, atraves da presenca de diferentes

potenciais eletroqumicos das areas de maior e menor concentrac~ao, que funcionar~ao respectivamente

como catodo e como anodo.

 Aerac~ao diferencial: ocorre quando o material metalico esta imerso em regi~oes diferentemente

aeradas, ou seja, onde ha variac~ao nas concentrac~oes de oxig^enio. Com a concentrac~ao de

oxig^enio mais alto no meio circundante, mais catodico se torna o potencial eletroqumico do

material metalico, tornando essas areas catodicas e gerando diferenca de potencial em relac~ao

as areas de menor concentrac~ao de oxig^enio, que passam a ser anodicas. Este tipo de corros~ao

ocorre frequentemente em regi~oes intermediarias entre dois meios, como ar e agua ou ar e

solo, como nas estruturas metalicas que possuem partes subaquaticas ou enterradas no solo.

 Aquecimento diferencial: ocorre quando parte de uma superfcie metalica esta em contato com

um lquido a determinada temperatura e a outra parte do mesmo material esta em contato

com o lquido a uma temperatura diferente. Isso gera correntes de corros~ao, transformando

a area mais quente em regi~ao anodica e a de menor temperatura em catodica.

 Iluminac~ao diferencial: ocorre quando as areas de uma superfcie metalica submersa em uma

soluc~ao apresentam iluminac~ao diferente. Isso provoca uma diferenca de potencial que torna

a area mais iluminada como catodica e, reagindo com o oxig^encio dissolvido na soluc~ao, forma

uma pelcula protetora devido a ac~ao da luz.

 Agitac~ao diferencial: a agitac~ao forte de um lquido nas proximidades de uma regi~ao do

metal pode provocar correntes de corros~ao em relac~ao a outra parte que n~ao esteja sofrendo

agitac~ao ou que, mesmo sofrendo, seja de menor intensidade. Em contato com uma atmosfera

de oxig^enio, o lquido mais agitado provocara um processo de aerac~ao diferencial, ja que a

agitac~ao permitira mais oxig^enio em contato com a superfcie do metal.

5.3 Em relac~ao a superfcie metalica

 Polimento da superfcie metalica: superfcies metalicas altamente polidas podem apresentar

potenciais diferentes daquelas de superfcies rugosas. As pelculas apassivadoras formam-se

de maneira mais uniformes em superfcies polidas.

 Escoriac~oes e abras~oes: esse efeito se faz notar nos meios corrosivos onde existe pelcula

protetora na superfcie do material metalico. Qualquer risco ou arranh~ao destroi a pelcula e

torna a area anodica, sujeita a corros~ao. Esse efeito e muito comum em tubulac~oes roscadas.

 Bordas de superfcies metalicas: essas regi~oes, geralmente, se tornam mais suscetveis ao

ataque,