Corrosão Em Baterias De Aeronave (Lear Jet)
Pesquisas Acadêmicas: Corrosão Em Baterias De Aeronave (Lear Jet). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: julianalex • 5/10/2014 • 1.465 Palavras (6 Páginas) • 571 Visualizações
1- Procure por um item aeronáutico ou bélico com corrosão, como por exemplo: cubo de roda, disco de freio, peças de hélice, haste de comando, armamento, peças de EAS ou equipamento de bancada.
O item escolhido é a bateria principal da ANV R-35 (Lear-Jet).
A aeronave possui duas baterias principais compostas de 19-20 células de níquel-cádmio, essas células são interligadas por contatos metálicos (aço inox) e ficam armazenadas em uma caixa de aço inoxidável com cobertura (tampa) removível. As baterias são ventiladas por ar através de mangueiras conectadas às portas de ventilação e a caixa de bateria (saídas de ar).
Bateria Principal
2- Encontrado o item, informe o local de aplicação do mesmo, identifique a composição do material atacado e classifique a corrosão quanto ao tipo e forma.
As baterias principais são instaladas no tailcone da aeronave R-35 que as utiliza como fonte de tensão DC.
ANV R-35A Baterias instaladas na ANV
A célula é o elemento básico da bateria de níquel-cádmio. A célula consiste em placas positivas e negativas, separadores, eletrólito, suspiros e reservatório ("container").
As placas positivas são feitas de uma chapa porosa, sobre a qual é depositado hidróxido de níquel. As placas negativas são feitas de chapas semelhantes, sobre a qual é depositado hidróxido de cádmio.
Em ambos os casos a chapa porosa é obtida pela fusão de pequenos grãos de níquel, formando uma fina malha (tela).
Após se depositar os materiais ativos e positivos sobre as placas, elas são cortadas no tamanho adequado. Uma barra de níquel é então soldada no canto de cada placa, que passa a formar um conjunto com as barras soldadas em terminais apropriados. As placas são separadas uma das outras por uma faixa contínua de plástico poroso.
O eletrólito usado nas baterias de níquel-cádmio é uma solução de 30% de hidróxido de potássio (KOH) em água destilada. O peso específico do eletrólito situa-se entre 1.240 e 1.300 à temperatura ambiente. Nenhuma mudança considerável ocorre no eletrólito durante a descarga. Daí não ser possível determinar as condições de carga da bateria pelo teste de peso específico do eletrólito. O nível de eletrólito deve ser mantido logo acima da parte superior das placas.
Uma célula de NiCd completamente carregada contém um eletrodo positivo feito de óxi-hidróxido de níquel ; um eletrodo negativo de cádmio metálico; um separador; e um eletrólito alcalino (hidróxido de potássio). Este gênero de baterias possui habitualmente um invólucro metálico com uma tampa de selagem, a qual está por sua vez equipada com uma válvula de segurança de auto-selagem.
As reações químicas numa bateria de níquel-cádmio durante a descarga são Cd + 2 OH- = Cd (OH)2 + 2 e- no eletrodo de cádmio, e 2 NiO(OH) + 2 H2O + 2e- = 2 Ni(OH)2 + 2 OH- no eletrodo de níquel. A reação global durante a descarga é 2 NiO(OH) + Cd + 2 H2O = 2 Ni(OH)2 + Cd(OH)2. Durante a recarga as
equações devem ser lidas da direita para a esquerda. O eletrólito alcalino (habitualmente KOH) não é consumido durante as reações, e por isso a sua densidade relativa – ao contrário do que sucede nas baterias de ácido-chumbo – não é uma referência ao seu estado de carga.
O eletrólito (hidróxido de potássio) utilizado nas baterias de níquel-cádmio é extremamente corrosivo. Para manipular e trabalhar em baterias é necessário usar óculos de proteção, luvas e avental de borracha. Adequados meios de lavagem são necessários para o caso de o eletrólito atingir à pele ou roupas. Tal exposição requer imediato enxaguamento com solução de ácido bórico. Quando o hidróxido de potássio e a água estiverem sendo misturados, o hidróxido deve ser adicionado lentamente à água e nunca vice-versa.
O eletrólito borrifado pode reagir com dióxido de carbono, formando cristais de carbonato de potássio. Estes, que não são tóxicos nem corrosivos, podem ser removidos com uma escova de fibra e um pano úmido. Quando o carbonato de potássio se forma sobre uma bateria, pode indicar que esteja sobrecarregada porque o regulador está desajustado.
Tipos de corrosão
I- Corrosão Galvânica: Também chamada de voltaica ou bimetálica, esta corrosão ocorre quando metais diferentes ficam em contato entre si e com um eletrólito, tal como água salgada. À exceção de metais dissimilares, os outros tipos de corrosão, considerados corrosão galvânica, pelo fato de se comportarem como se fossem eletrodos diferentes.
Os aços inoxidáveis são altamente susceptíveis à corrosão por célula de concentração/fenda e à trinca por corrosão de stress em ambientes úmidos e salinos, podendo provocar corrosão galvânica em quase todos os outros metais com os quais estiver em contato e que forneça, elétrons a esse aço, se técnicas de selagem ou coberturas de proteção não forem adotadas.
I.1- Pilha ativa-passiva: alguns metais e ligas tendem à passivação devido à formação de uma película fina e aderente de óxido ou outro composto insolúvel nas suas superfícies. Como exemplo desses metais e ligas, tem-se o alumínio, o aço inoxidável, o cromo e o chumbo. A passivação faz com que esses materiais funcionem como áreas catódicas. A destruição da passividade também pode ocorrer por meio de riscos na camada de óxido, assim como depósitos de materiais sobre a superfície passivada, tornando a região anódica.
II- Corrosão Eletrolítica: é um tipo de corrosão em que a corrente elétrica envolvida no processo é fornecida por uma fonte externa de corrente contínua. Esse tipo de corrosão ocorre frequentemente em estruturas que funcionam nas extremidades de vias férreas ou qualquer outra instalação de corrente contínua.
No nosso caso, além dos conectores das células dentro as baterias, podem ocorrer também, nos bornes das baterias.
Borne da Bateria
3- Consulte em ordem técnica, manual do fabricante ou desenho de engenharia e, descreva todo o processo de tratamento anticorrosivo previsto para a peça em questão;
De acordo com o manual
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