Definição De WMS

3 – WMS: Sistema de Gerenciamento de Armazéns

3.1 - Definição

O desenvolvimento tecnológico dos processos de armazenagem se caracterizaram pela evolução da tecnologia de informação utilizada nos CDs e armazéns, tanto em hardware (leitores, coletores, entre outros) quanto em software(utilização do WMS), e também através da capacitação dos recursos humanos envolvidos na armazenagem, do aperfeiçoamento dos equipamentos de movimentação e estocagem de materiais.

Segundo Barros (2005), até meados da década de 70 os sistemas informatizados de controle de estoque somente possuíam a capacidade de controlar as transações de entrada e saída em estoque e a respectiva baixa de tais movimentações. Destes surgiram os primeiros sistemas de controle de endereçamento, que passaram a designar uma localização ou “endereço” do material no armazém. Estes primeiros sistemas de gerenciamento eram denominados Sistema de Controle de Armazém ou Warehouse Control System (WCS), que originariam os modernos Sistemas de Gerenciamento de Armazéns.

O WCS possui vários aspectos negativos: não oferece uma variedade de relatórios para auxiliar no gerenciamento das atividades; a customização é limitada à mudança de campos e nomes; e a instalação deste sistema não pode ser feita em módulos separados. Mas a principal diferença entre o WCS e o WMS é que o primeiro não é um gerenciador de armazéns.

O WMS é responsável pelo gerenciamento das funções básicas do processo de armazenagem (receber; estocar; e separar), integrando um software com, entre outras, tecnologias de leitura de código de barras e rádio freqüência. Otimiza as atividades operacionais (fluxo de materiais) e administrativas (fluxo de informações) ocasionando redução de custos, melhoria no nível de serviço e nos indicadores de desempenho. (Banzato, 1998). Devido a capacidade em trabalhar com equipamentos de movimentação automatizados, propicia grande redução de custos com pessoal, já que pode reduzir a necessidade de equipamentos para uma mesma quantidade de movimentações. Também pode se integrar à sistemas de clientes e fornecedores.

Segundo Banzato (1998), o WMS possui diversas funções para apoiar a estratégia de Logística operacional direta de uma empresa, entre elas: programação e entrada de pedidos; planejamento e alocação de recursos; portaria; recebimento; inspeção; definição de endereçamento dos produtos; estocagem; separação de pedidos (picking); embalagem; carregamento; expedição; emissão de documentos; inventário; definição e controle de rotas de coleta.

3.2 – Objetivos e benefícios

Entre os objetivos de um WMS está a otimização do espaço na área de estocagem, já que o sistema tem como uma de suas funções a sugestão do melhor local para armazenar um determinado produto na hora do seu recebimento, apresentando também a possibilidade de administração de múltiplos locais de estocagem de produtos com a consequente redução de estoques ao longo da cadeia de suprimentos (FRANKLIN, 2003).

Para Banzato (1998), o WMS pode otimizar os negócios de uma empresa com redução de custo e melhoria do serviço ao cliente. A redução de custo está associada à melhoria da eficiência de todos os recursos operacionais, tais como equipamentos e mão-de-obra. A melhoria do serviço ao cliente pode ser atribuída ao fato de: erros e falhas de separação e entrega serem minimizados; agilização de todo o processo de atendimento ao cliente, combinando melhorias do fluxo de materiais com melhorias no fluxo de informações.

A utilização correta de um WMS fornece muitos benefícios logísticos. Alguns dos principais benefícios apontados por Franklin (2003) são: erros reduzidos; melhor exatidão do inventário; maior produtividade; papelada de trabalho reduzida; melhor utilização do espaço; eliminação de inventários físicos; melhor controle de carga de trabalho; melhor gerenciamento da mão-de-obra.

Com a utilização do WMS é possível aumentar a capacidade de um armazém. Este aumento pode ocorrer aumentando o giro dos produtos. O WMS proporciona uma maior racionalidade e rapidez na localização e movimentação dos produtos, fazendo com que os mesmos permaneçam o mínimo tempo no armazém. Assim, quanto mais rápido o estoque gira, maior é a “capacidade” de um armazém (Banzato, 1998).

Tanto Sucupira (2003) quanto Kuchta (1998) relacionam algumas funcionalidades que os sistemas WMS “deveriam apresentar”. Estas funcionalidades por eles citadas são típicas de gerenciamento, que puderam ser incorporadas aos tradicionais sistemas graças à evolução tecnológica. Segundo Sucupira (2003), as principais funcionalidades que um sistema WMS apresenta são:

_ rastreabilidade das operações: todas as movimentações, recebimentos, separações, expedições e outras atividades são registradas em tempo real, permitindo a rastreabilidade das atividades realizadas;

_ inventários físicos rotativos e gerais: através de regras definidas pelo usuário, o sistema determinará operadores para a realização de inventários, sejam inventários orientados por item ou por endereço;

_planejamento e controle de capacidades: o sistema permite fazer um planejamento de atividades tais como agendamento de entregas dos fornecedores ou separação de pedidos de clientes, de maneira a tomar medidas de realocação de recursos com a necessária antecedência para evitar “gargalos”;

_ definição de características de uso dos locais de armazenagem: através do mapeamento dos