Definição de galvanometer

DEFINIÇÃO DO GALVANÔMETRO

O galvanómetro(português europeu) ou galvanômetro(português brasileiro) é um dispositivo utilizado, pela sua sensibilidade, para detectar e medir correntes elétricas (contínuas) de pequena intensidade e, esta presente como componente nos amperímetros, usados para medir correntes elétricas mais intensas, e voltímetros, usados para medir diferenças de potencial elétrico.

Quando uma carga elétrica puntiforme, com certa velocidade, é lançada em uma região onde existe um campo magnético, dependendo da orientação do vetor indução magnética, veremos que a carga fica sujeita a uma força magnética também chamada de força de Lorentz. Sendo assim, quando essa carga é lançada em um campo magnético e pode assumir no interior do campo diversos tipos de movimento, conforme a direção de sua velocidade em relação ao campo magnético.

Se porventura colocarmos um fio condutor retilíneo imerso em um campo magnético veremos que esse fio também fica sujeito a uma força magnética. O que podemos perceber dessa interação é que a força magnética que atua em um condutor percorrido por uma corrente elétrica, quando colocado em um campo magnético, é utilizada em uma grande variedade de aparelhos, como os já citados amperímetros e voltímetros, assim como motores e os galvanômetros.

Os galvanômetros de alta precisão podem medir correntes até 10-12 A.

HISTÓRIA DO GALVANÔMETRO

Em 1820, durante uma aula de Eletricidade, ao aproximar uma bússola de um fio percorrido por corrente. Observou que a agulha se movia, até se posicionar num plano perpendicular ao fio. Quando a corrente era invertida, a agulha girava 180º, continuando a se manter nesse plano. Esta foi a primeira demonstração de que havia uma relação entre eletricidade e magnetismo.

Esse efeito, que foi chamado efeito de Oersted.

Em Julho de 1820 Hans C. Oersted divulgava a descoberta do electromagnetismo através de um panfleto,escrito em latim,onde era descrita uma experiência que mostrava a ação mecânica de uma corrente eléctrica que atravessava um condutor linear estático sobre uma agulha magnética móvel colocada nas proximidades de um condutor eléctrico. Como o desvio da agulha magnética,sobre a ação de uma corrente eléctrica vizinha, é proporcional à intensidade dessa corrente, este fenômeno foi aproveitado imediatamente na detecção da existência e na medida de uma corrente elétrica ― surgiu assim um instrumento científico:a bússola galvanométrica

Essa descoberta do efeito de Oersted levou à fabricação dos primeiros galvanômetros.

A partir de 1820, Johann Salomo Schweigger amplificou o desvio com o auxílio de uma bobina (o multiplicador) e Ampère neutralizou a influência magnética terrestre com a sua agulha estática dupla. Em 1825, Leopoldo Nobili propôs um modelo que constituiu um grande sucesso.

Aperfeiçoamentos posteriores, tais como a bússola tangencial de Claude Pouillet ou o galvanômetro de duas bobinas de Hermann von Helmholtz, conduziram em 1858 ao modelo de William Thomson (Lord Kelvin) um galvanômetro de espelho, também designado de galvanômetro balístico.

Em 1880 surgiu uma nova geração de galvanômetros, os de bobinas móveis, criados por Marcel Deprez e Arsène d'Arsonval.

O aparecimento do galvanômetro foi recebido como uma bênção no mundo das rãs, cujos músculos eram utilizados até então para detectar as correntes eléctricas.

HANS CHRISTIAN OERSTED

Hans Christian Oersted(1777 - 1851) nasceu na Dinamarca, era filho de um farmacêutico, cujo fato fez desenvolver o seu interesse pela ciência enquanto jovem devido ao seu pai, Soren Christian Oersted.

Estudou em 1793 Filosofia na Universidade de Copenhague, formou-se em farmácia em 1797 e, dois anos depois, doutorou em filosofia com uma tese sobre Kant.

Em 1801, Hans recebeu uma bolsa de estudos para viajar e um subsídio estatal que o possibilitaram passar três anos viajando pela Europa. Durante essa viagem, na Alemanha conheceu Johann Wilhelm Ritter , um físico que acreditava na existência de uma ligação entre eletricidade e magnetismo. A existência dessa ligação fez sentido para Oersted, uma vez que acreditava na unidade da natureza, e, como tal, que haveria necessariamente uma ligação entre muitos fenômenos naturais indo contra as ideias de Coulomb que havia publicado que não podia existir relação entre a eletricidade e o magnetismo, pois considerava-os como dois fenômenos naturais totalmente diferentes e absolutos.

As várias conversações entre ambos, despertaram ainda mais o interesse de Oersted o que levou-o ao estudo da física.

Ao retornar, tornou-se professor e pesquisador na Universidade de Copenhague em 1806, desenvolvendo várias pesquisas no campo da Física e da Química; sob a sua orientação, a Universidade desenvolveu um programa de física e química ampliado e instituiu novos laboratórios.

Durante uma aula, em 1820, Oersted descobriu que uma agulha magnética era desviada pela corrente elétrica. Foi o ponto de partida para a descoberta do Eletromagnetismo, mais tarde desenvolvido por Dominique François Jean Arago , André-Marie Ampère, Michael Faraday, entre outros.

Oersted foi professor e conferencista brilhante em todos os quesitos, seus artigos escritos despertaram grande interesse popular. Dedicou-se ainda a escrever alguns artigos sobre filosofia.

Em 1824, fundou uma sociedade para divulgar os conhecimentos científicos entre o povo; essa associação distribui, desde 1908, uma medalha denominada Oersted aos físicos dinamarqueses que mais se distinguem no campo científico.

Em 1829, tornou-se presidente da nova Escola Politécnica da Dinamarca criada por sua sugestão.

Em 1934, o nome Oersted passou a ser adotado para designar a unidade de força do campo magnético no sistema C. G. S.

Além de numerosos artigos, Oersted publicou O Espírito da Natureza (1849) e As Ciências Naturais em sua Relação com a Poesia e a Religião (1850).

ELETROMAGNETISMO

Enquanto se preparava para uma palestra na tarde de 21 de Abril de 1820, Oersted desenvolveu uma experiencia que forneceu evidências que o surpreenderam. Enquanto preparava os seus materiais, reparou que a agulha de uma bússola deflectia do norte magnético quando a corrente eléctrica da bateria que estava a