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Desperdício de Medicamentos no Rio de Janeiro

Por:   •  16/10/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  424 Visualizações

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Trabalho sobre Desperdício

[pic 1]Alunas: Ariane Barbosa e Danielle Barreto Blanco

Universidade Veiga de Almeida

Professor: João Orlando

Má gestão resulta em toneladas de medicamentos com data de validade vencida

O desperdício de medicamentos, no Brasil, revela problemas na gestão dos setores público e privado. De acordo com o professor Aragon Dasso Júnior, do curso de Administração Pública e Social da UFRGS, são inúmeras as variáveis que podem levar ao descarte de fármacos. Entre as quais, o gerenciamento inadequado e o fato de o repasse de medicamentos não ser fracionado.

Enquanto milhares de pacientes, no Rio de janeiro, não conseguiam adquirir os remédios usados em seus tratamentos, em hospitais, 1000 toneladas de medicamentos que nunca foram distribuídos, estavam fora da validade e foram parar no lixo. Esse desperdício deu um prejuízo milionário aos cofres públicos. Parte desses remédios (300 toneladas) foi encontrada, em vistoria, em fevereiro desse ano, na Central Geral de Abastecimento (CGA) da Secretaria estadual de Saúde, em Niterói, a responsável era a distribuidora Log Rio.

Além do dinheiro desperdiçado com medicamentos que perderam a validade, o governo do estado ainda ia gastar R$ 2,8 milhões para incinerar medicamentos e insumos hospitalares com prazo de validade vencida. O cálculo é do presidente da Comissão de Orçamento, Fiscalização e Controle, deputado Pedro Fernandes (PMDB), levando em consideração o valor do custo de R$ 2,86 por quilo incinerado, multiplicado pelas 700 toneladas já incineradas no ano passado, somadas às 300 toneladas encontradas esse ano.

Diante o problema relatado sobre as 300 toneladas encontradas no Rio de Janeiro, esse ano, podemos citar abaixo todos os desperdícios encontrados dos medicamentos e materiais hospitalares, que foram parar no lixo:

Segundo o médico Jorge Darze, os 2.237.060 comprimidos de Captopril incinerados poderiam tratar 37.284 pacientes por um mês. [pic 2][pic 3]

O mesmo vale para o Propranolol, com os 1.331.000 comprimidos jogados no lixo, 22.183 pessoas poderiam ter feito o tratamento por um mês.

[pic 4]Já a ampicilina sódica, com os 135.840 comprimidos incinerados, 6.792 pacientes teriam sido beneficiados no tratamento de até 10 dias.

O mesmo vale para a sinvastatina, com os 420.340 comprimidos jogados no lixo, pelo menos 7.005 pessoas poderiam ter feito o tratamento por um mês.

[pic 5]

Com os 67.214 comprimidos incinerados de bromocriptina, pelo menos 1.120 pacientes teriam sido beneficiados no tratamento por um mês.

O mesmo vale para a isoniazida + rifampicina, com os 499.920 comprimidos jogados no lixo, pelo menos 16.664 pessoas poderiam ter feito o tratamento por um mês.

A frequência com que precisa testar o nível de glicose depende do tratamento de cada um, porém considerando que seja medida 2 vezes por dia, é possível afirmar que, com as 1.052.200 fitas incinerados, 2.104.400 pessoas. poderiam utilizar no tratamento.[pic 6]

O uso do biolarvicida é uma das alternativas de combate ao mosquito aedes aegypti. O produto mata apenas as larvas e não causa danos à saúde humana. E ainda assim, todo o material estragou e foi queimado. Em apenas um recibo, de 2013, existiam cinco registros de descarte. Um dos lotes com quase 19 mil frascos do produto e outro com 15 mil frascos. Somando todos os descartes registrados no recibo, foram queimados 53 mil frascos do larvicida, um desperdício de mais de R$ 50 mil. [pic 7]

Segundo a ministra Kátia Abreu, um frasco de 30 mililitros, que custa de R$ 3 a R$ 4, é suficiente para atender uma residência por dois meses. Considerando que uma residência tenha em média 3 pessoas, é possível afirmar que, com os 375.050 frascos incinerados poderiam ajudar na prevenção do mosquito em 1.125.150 pessoas por dois meses.

[pic 8]

O Abaixador de língua é um instrumento descartável em forma de espátula, muito utilizado em clinicas, hospitais e em atendimentos odontológicos.

Normalmente é utilizado apenas um abaixador para cada pessoa atendida, e considerando que sejam utilizados 500 abaixadores por dia em um hospital, é possível afirmar que, com os 6.032.200 abaixadores incinerados poderiam atender a necessidade desse instrumento por até 12.064 dias aproximadamente.

Segundo a distribuidora da região, foram enviadas às farmácias dos hospitais, ao longo do ano, uma quantidade total de 35.800.200 medicamentos e materiais hospitalares. No entanto, ao listarmos todos os desperdícios desses itens, que saíram da validade sem ao menos serem tocados, resultamos num valor total de 12.150.824 desperdícios (soma dos itens listados à cima).

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