TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Determinação de Parâmetros de Enrocamento em Obras de Terra

Por:   •  17/11/2021  •  Relatório de pesquisa  •  1.002 Palavras (5 Páginas)  •  100 Visualizações

Página 1 de 5

Determinação de parâmetros de enrocamento em obras de terra

O enrocamento é constituído por elementos rochosos obtidos através do desmonte de maciços. Sua principal característica é que, quando submetidos a uma variação de tensão, sofre transformações estruturais devido ao deslocamento, rotação e quebras de partículas.

Enrocamentos bem graduados possuem menor índice de vazios do que aqueles que possuem granulometria uniforme, quando compactados com a mesma energia. Consequentemente, são mais resistentes e menos deformáveis que os uniformes. Para materiais mais granulares, a envoltória (Mohr-Coulomb) possui uma curvatura maior, enquanto amostras mais fofas permanecem mais retas e, quanto maior a curvatura, mais atenuante é a queda do ângulo de atrito com o aumento das tensões.

As forças de contato devem transmitir-se sob menor número de contatos e, consequentemente, com magnitude mais elevada, o que ocasiona um maior grau de fraturamento. Como trata-se de um enrocamento uniforme, possui menor resistência e mais deformabilidade do que um enrocamento granular. Sabendo disso, optar pela adição de finos pode reduzir o fraturamento das partículas.

Veiga Pinto (1982) procurou definir os efeitos da modelagem nas propriedades mecânicas, destacando que a utilização de granulometrias com diâmetro máximo das partículas superior a 50 mm permite obter características de tensão x deformação e de resistências mais próximas as do enrocamento em escala real.

Para curvas uniformes com o mesmo grau de compacidade, diâmetros menores se traduzem em menores forças de contato. Porém, partículas de menores diâmetros também significam menores resistências ao cisalhamento. O gráfico a seguir apresenta as tensões médias necessárias para causar o esmagamento das partículas de uma distribuição uniforme em função do seu diâmetro:  

[pic 1]

Logo, pode-se inferir que a modelagem de enrocamentos a partir de distribuições granulométricas paralelas a de campo com as mesmas condições de imbricamento exibe menor fraturação e consequentemente menor deformabilidade, do que o material em escala real (falta de similaridade dinâmica).

Durante o processo de modificação do estado de tensão dos enrocamentos, a deformação do material origina dois efeitos distintos nas partículas e na estrutura granular. O primeiro deles ocorre na fase inicial do carregamento, devido a compressão elástica da partícula de rocha (tensão = tensão resistente), pode ocorrer a ruptura ou quebra das partículas. Como consequência disso, ocorre o segundo efeito, que consiste no rearranjo através do rolamento e                                                                                                                                                                       deslizamento das partículas entre si.

Sob alta tensão de confinamento, a compressão de materiais granulares é acompanhada por uma quantidade substancial de quebras de partículas, enquanto sob baixa tensão, os deslocamentos intergranulares predominam através de um rearranjo estrutural.

Leps (1970) realizou uma análise detalhada sobre a influência da tensão de confinamento na resistência ao cisalhamento, observando a redução do ângulo de atrito com o aumento da tensão normal efetiva e para o mesmo nível de tensão o ângulo de atrito ø’ aumenta com o estado de compacidade.

A influência do estado de tensão na resistência dos enrocamentos pode ser determinada pela expressão a seguir, que relaciona o ângulo de atrito (ø’) com as tensões principais na ruptura ( σ1r ′ σ3 ′ ), considerando materiais não coesivos:

[pic 2]

Algumas bibliografias tem indicado a utilização da curva de Mello (1977) como representação dos parâmetros de resistência do enrocamento. A envoltória é dada pela equação a seguir:

[pic 3]

τ e σ são as tensões cisalhantes e normal ao plano de ruptura e a e b são os parâmetros de resistência do material, obtidos através do ajuste da curva aos resultados de ensaio. Este tipo de curva surgiu porque muitos pesquisadores, ao estudar maciços rochosos, começaram a notar que o critério de Coulomb, não era suficiente para descrever as propriedades de superfícies irregulares.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.7 Kb)   pdf (224.7 Kb)   docx (172.3 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com