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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Uma perspectiva para sustentabilidade

Por:   •  16/4/2019  •  Artigo  •  3.453 Palavras (14 Páginas)  •  190 Visualizações

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: uma perspectiva para sustentabilidade

Marcos Antônio de Morais1

RESUMO

O presente artigo tem por finalidade propor a educação ambiental à escola com ênfase na sustentabilidade ambiental objetivando o desenvolvimento sustentável. O trabalho aborda os referenciais da educação ambiental brasileira decorrente dos dispositivos legais, bem como ressalta a importância dos espaços formais de educação para com as questões ambientais. Por fim destaca o papel do professor na consolidação de uma proposta pedagógica efetiva, capaz de impactar a comunidade e gerar ganhos significativos ao meio ambiente.

Palavras-Chave: Ambiental. Educação. Escola. Formal. Legal. Professor. Sustentabilidade.

ABSTRACT

This article aims to offer environmental education to school with an emphasis on environmental sustainability aiming at sustainable development. The work deals with the reference of the Brazilian environmental education due to the legal provisions, and underscores the importance of formal education spaces to environmental issues. Finally highlights the teacher's role in the consolidation of an effective pedagogical approach, able to impact the community and generate significant gains for the environment.

Keywords: Environment. Education. School. Formal. Legal. Teacher. Sustainability.

  1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem por finalidade apresentar a educação ambiental como alternativa viável para sustentabilidade. Sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável é termo utilizado pela primeira vez pela União Mundial para a Conservação (IUCN) e pelo Fundo Nacional para a Conservação (WWF), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) (FRANCO, 2001,

p. 26)2. A sustentabilidade que leva em conta o avanço do desenvolvimento, porém,

respeitando a disponibilidade dos recursos naturais, para que as futuras gerações também possam desfrutar desse bem escasso na natureza.

Aborda num primeiro momento a interação entre o homem e ambiente e na sequência apresenta-se o marco referencial da educação ambiental no Brasil decorrente dos principais dispositivos legais que asseguraram a importância do processo educativo acerca das questões ambientais.


Apresenta-se também uma abordagem acerca da educação formal, ou seja, aquelas que ocorrem no âmbito escolar público ou privado, estejam  eles organizados em ciclos ou séries e na sequência há uma descrição da importância do papel da escola no desenvolvimento de projetos voltados para sustentabilidade ambiental.

O encerramento recai na importância do papel assumido e desempenhado pelo professor e da participação de toda comunidade escolar na consolidação de uma proposta de ensino, que seja e esteja voltada para a formação de comportamentos mentais, capaz de resultar em ganhos ambientais reais.

  1. O HOMEM E O AMBIENTE

Filósofos da Antiguidade já estudavam as relações do homem com o ambiente e a partir do momento em que o primeiro começou a considerar-se o centro de todo conhecimento, o segundo começou a modificar-se. Aristóteles3 já dizia, em 350 a.C., que “As plantas foram criadas por causa dos animais e os animais por causa do homem”.

O progresso equivale ao controle da natureza e está diretamente ligado aos fatores de produção pelo qual o homem pode se beneficiar materialmente. Esta era a visão de Marx. Segundo DREW (1998)4, Marx considerava que “o domínio do mundo da natureza era desejável e somente as condições sociais impediam a sua consecução. Uma vez que os trabalhadores fossem senhores de seus destinos, o domínio seria certo”.

Inspiradas nessa ideia, as ilusões humanas de domínio da natureza aumentaram paulatinamente e a exploração dos recursos naturais a qualquer custo, ocasionando as mais profundas transformações no meio ambiente físico.

A soma entre o modelo capitalista de desenvolvimento gerado a partir da Revolução Industrial (final do Séc. XVIII) e a concepção de uma natureza, fonte ilimitada de recursos, à disposição do homem, deflagrou um aumento qualitativo e quantitativo no processo de exploração dos recursos naturais.


No decorrer dos séculos, o ser humano vem desenvolvendo uma série de habilidades, dentre as quais os conhecimentos científicos servíveis para tornar mais prática e  fácil  seu  cotidiano. Aos poucos, mas gradativa e ininterruptamente, o homem vem-se utilizando de tecnologias que alteram o meio ambiente físico, assim também a manipulação genética e biológica das diferentes formas de vida.

Marco importante da história do movimento ambientalista no mundo se deu na década de 1960, com a publicação do livro de Rachel Carson, intitulada “Primavera Silenciosa”. A autora relata nesta obra a perda da qualidade de vida produzida pelo uso indiscriminado de produtos químicos na agricultura para combater pragas, ocasionando a morte de pássaros que se alimentavam de larvas e insetos contaminados. Não se ouvia mais o canto dos pássaros em razão de novos produtos químicos utilizados para combater pragas que se tornavam cada vez mais resistentes.

A partir de 1968, especialistas do mundo inteiro, de várias áreas do conhecimento, reuniram-se para discutir a crise por que passava a humanidade e a preocupação com o seu futuro – movimento que ficou conhecido como Clube de Roma. A preocupação residia no consumismo crescente proveniente da produção em massa e do desperdício gerado na praticidade da vida moderna.

Em 1972, realizou-se a Conferência de Estocolmo sobre Meio Ambiente, estabelecendo uma série de princípios, dentre os quais o de compatibilizar a necessidade de proteger e de melhorar o ambiente em prol de seus usuários. É o art. 13, que tem os seguintes dizeres:

A fim de lograr um ordenamento mais racional dos recursos e assim, melhorar as condições ambientais, os Estados deveriam adotar um enfoque integrado e coordenado da planificação de seu desenvolvimento, de modo a que fique assegurada a compatibilidade do desenvolvimento com a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente humano, em benefício da população.

A partir dos movimentos ambientalistas realizados em várias partes do mundo e a constatação da finitude dos recursos naturais, percebeu-se a importância de conservá-los.

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