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ESTUDO DO SOLO DE VILHENA

Por:   •  12/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.839 Palavras (8 Páginas)  •  1.413 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO - FIMCA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE VILHENA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – MECÂNICA DOS SOLOS I

Renee Martins

Leonardo Felipe

ESTUDO DO SOLO DE VILHENA

[pic 1]

Vilhena, RO

Agosto (2018)

1. Introdução

        Nesta pesquisa foi levantado o processo para a formação dos solos, abordando desde a origem até os tipos dos principais solos existentes, como também classificação do solo no município de Vilhena, RO.

        A pesquisa foi realizada através de referências bibliográficas na internet, como também o contato com profissionais da área de engenharia civil do município de estudo.

As fontes de pesquisa serviram como base para atribuir os tipos de fundações recomendados para o solo encontrado no município de Vilhena, atribuindo as vantagens e desvantagens dessas fundações e, por meio de estudo de caso, foi realizado a visita in loco para avaliar o tipo de fundação encontrada em uma situação real.

2. Origem, Formação e Tipos de Solos

           O solo corresponde à uma composição da Terra, que em sua superfície integra a paisagem, sustenta a vida vegetal e dá manutenção aos recursos naturais existentes. No entanto, a origem do solo ocorreu através de um processo de milhões de anos, conhecido como pedogênese (pedo: solo + gênese: origem), que ocorre principalmente em razão da ação do intemperismo, resultando no desgaste de uma rocha original, conhecida como rocha mãe, transformando-a gradativamente em sedimentos, originando no material que compõe os solos.

        A Figura 01 ilustra o processo de formação dos solos, obedecendo a seguinte cronologia: 1) processo de decomposição lenta da rocha mãe por agentes do intemperismo, como a água, ventos, clima, plantas e outros; 2) com o decorrer do tempo passa a acumular matéria orgânica sobre o solo recém-formado; 3) o material orgânico decompõe-se e, aos poucos, enriquece o solo enquanto os horizontes começam a se formar; 4) estágio mais avançado do solo, passa a contar com diferentes horizontes, além da presença de camada superficial orgânica propícia ao plantio e à existência de vegetações.

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Figura 01: Formação dos solos.

        Existem várias tipologias de solo, que variam em suas cores, porosidade, textura, característica e dureza. A qualidade e características do solo dependem dos fatores que o originaram, como o tipo de rocha, a matéria orgânica presente e a vegetação encontrada no local. Os principais tipos de solos são:

  • Solo Arenoso: é uma tipologia de solo com granulometria que varia entre 2mm e 0,075 mm, sendo formado principalmente por cristais de quartzo e óxido de ferro em regiões tropicais. É caracterizado por possuir maior composição de areia no solo, superior a 70%, fazendo com que sejam porosos e permeáveis. Devido à alta permeabilidade, os solos arenosos são geralmente pobres, por secar rapidamente e necessitar de irrigação frequente.
  • Solo Argiloso: solo com composição de óxido de ferro e de alumínio, característico pela formação de grãos finos e compactos, apresenta grande concentração de nutrientes, sendo utilizado para prática agrícola.
  • Solo Humoso: este solo apresenta grande quantidade de húmus, ou seja, matéria orgânica. Húmus é eficiente na retenção de água e sais minerais, sendo geralmente muito fértil, favorecendo a prática agrícola.
  • Solo Calcário: neste tipo de solo a composição de calcário é muito superior aos outros solos. É geralmente utilizado como matéria prima para fertilização de solos destinados à agricultura e à pecuária. Vale ressaltar que o calcário retirado desse solo também é utilização para a fabricação de cal e do cimento, que são utilizados em larga escala na construção civil.

3. Solo característico de Vilhena, RO

        A cidade de Vilhena (RO) possui solo argiloso, classificado como latossolo vermelho-amarelo (Lva) com areia distrófica (Figura 02). No entanto, é um solo relativamente pobre devido a sua acidez elevada e necessidade de fertilização química que prejudica o solo. Vale ressaltar que é o solo predominante, mas que há outros tipos de solos na cidade.

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Figura 02: Latossolo Vermelho-Amarelo com areia Distrófica.

4. Fundações

        Para que haja estabilidade na obra e que não ocorra rupturas é necessário um alicerce, sendo o papel da fundação transmitir as cargas das construções ao solo, conferindo resistência adequada para suportar as tensões resultantes da obra. Para a escolha do tipo de fundação é necessária avaliar o solo existe, podendo avaliar por provas de cargas para grandes construções, como também a escolha pode ser influenciada pela presença de determinadas construções vizinhas, evitando fundações que façam barulho, sujeiras e grandes vibrações, podendo acarretar em danos as estruturas vizinhas. Existem diversos tipos de fundações, no entanto será ressaltado os principais encontrados no município de Vilhena (RO), majoritariamente composto por fundações superficiais ou rasas.

 4.1. Fundações Rasas

        Estas fundações são aquelas que transmitem a carga ao solo por meio de elementos superficiais, sem que haja necessidade de grandes equipamentos de escavação ou cravação, fatores que vem a onerar a obra. As fundações rasas são as mais utilizadas no munícipio, compostas principalmente por sapatas, radier e baldrame.

4.1.1. Baldrame

        O baldrame é a fundação rasa mais utilizada na construção civil para pequenas edificações, com terreno firme e cargas pequenas, a estrutura fica localizada abaixo do nível do solo (Figura 03), percorrendo toda a extensão das paredes pela construção. Constitui de uma viga, podendo ser de alvenaria, concreto simples ou armado. É utilizado como base de sustentação da casa, transmitindo para o terredo a carga das paredes, lajes, telhado, etc.

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Figura 03: Baldrame.

4.1.2. Radier

        Os radiers são lajes de concreto armado em contato direto com o terreno que recebe as cargas dos pilares e paredes da superestrutura (Figura 04). Este tipo de fundação é geralmente utilizado em obras de pequeno porte, devido ao baixo custo e velocidade de execução, necessitar de mão de obra reduzida em comparação a outras fundações, como também é recomendado para solos de baixa resistência. Vale ressaltar que o radier é executado em construções que a área das sapatas ocupe cerca de 70% da área coberta pela construção ou quando o objetivo é reduzir ao máximo os recalques diferenciais.

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