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Emissões Veiculares - Poluentes e Legislação

Por:   •  22/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.080 Palavras (9 Páginas)  •  169 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

ENGENHARIA MECÂNICA

EMISSÕES VEICULARES – POLUENTES E LEGISLAÇÃO

                                        Disciplina: Máquinas Térmicas

                                        Professor: Lucas Martin

                                        Alunos: João Vítor T. Soriani

                                                                              Guilherme Braga Reitmeyer

JOINVILLE

2015

  1. Introdução

As emissões veiculares fazem parte das causas para diversos problemas urbanas e até mesmo globais. Com o crescimento desenfreado da produção de veículos automotores nas últimas décadas, as pessoas passaram a conviver com um novo problema nas cidades, a poluição. Os gases emitidos causam problemas de saúde na população e danos ao meio ambiente, caracterizando uma situação que exigiu a criação de métodos de controle deste problema.

Busca-se neste estudo descrever as principais substâncias envolvidas nas emissões, verificar quais seus efeitos e entender de que maneira o Brasil e demais países tentam minimizar seuss danos. Através da análise das legislações estabelecidas pelos países será possível entender como evoluíram as exigências e fazer uma reflexão sobre futuras abordagens relacionadas ao assunto.

  1. Principais poluentes

 

As emissões veiculares carregam diversos produtos que prejudicam a saúde da população, além de danificarem o meio ambiente. Estas substâncias contribuem com efeitos de maneira global, mas seus danos são mais notados localmente, pois podem alterar severamente o microclima das cidades. Abaixo listam-se os principais poluentes da atualidade e o porquê de serem considerados assim:

  • CO2 (Dióxido de Carbono): é resultado da combustão completa do carbono presente nos combustíveis, sendo que é um dos maiores causadores do aumento do efeito estufa.
  • Material Particulado: pequenas partículas sólidas ou líquidas compostas pelos mais variados componentes químicos podendo ser inaláveis (quando seu diâmetro é menor que 2,5 μm) ou não-inaláveis, também conhecido como fuligem. O material mantém-se suspenso no ar e pode atingir os alvéolos pulmonares, ocasionando mal-estar, irritação dos olhos, garganta, pele, etc. Além disso pode agravar dores de cabeça, enjoo, bronquite, asma e câncer de pulmão. Outro fator a ser considerado é que a coloração e o mau cheiro desta emissão causa de imediato uma atitude de repulsa, fator que pode causar acidentes, especialmente quando atinge pedestres ou ciclistas.
  • CO (Monóxido de Carbono): resultado da combustão incompleta do carbono do combustível. É uma substância que não possui cheiro, cor ou gosto, porém extremamente tóxico.
  • CH4 (Metano): resultado da combustão, o mais simples dos hidrocarbonetos é expressivo gás de efeito estufa.
  • HC (Hidrocarbonetos exceto Metano): provenientes da combustão incompleta do combustível. São precursores na formação do ozônio troposférico, além de altamente prejudicial à saúde nesse nível da atmosfera.
  • Aldeídos: também são precursores do ozônio troposférico, sendo os mais comuns o acetaldeído e o formaldeído.
  • NOx (Óxidos de Nitrogênio): formados com a reação do oxigênio e do nitrogênio presentes no ar atmosférico quando encontram as condições de altas temperaturas e pressões nas câmaras de combustão dos veículos automotores. Também são precursores do ozônio troposférico e fazem parte do smog (neblina/fumaça que provém das emissões em grandes centros).

O efeito estufa acima citado remete ao fenômeno em que os gases envolvidos permitem a entrada da radiação solar, porém não permitem que o calor e o ar aquecido saiam ou se dissipem pela atmosfera como deveriam. Este efeito ocorre naturalmente no planeta, porém em excesso causa um aumento na temperatura da superfície, podendo causar diversos desequilíbrios e danos nos ecossistemas. Além deste efeito global, é possível verificar estas consequências analisando o fenômeno das “ilhas de calor”, onde uma região muito urbanizada possui uma temperatura média mais elevada do que as regiões próximas. Dentro das diversas causas, uma delas é a retenção do calor absorvido do sol devido à presença dos poluentes já mencionados, criando uma espécie de efeito estufa localizado.

O ozônio troposférico, ou seja, presente na camada atmosférica em que nos encontramos (0 a 12km de espessura em latitudes médias), é prejudicial à saúde pública e causa vários malefícios. Ele existe naturalmente em pequenas concentrações, porém os gases poluentes citados causam um desequilíbrio e aumentam drasticamente sua concentração.

3 Legislação

JOAO

  1. Legislação no âmbito internacional

4.1 Introdução à perspectiva global

Com o crescimento das teorias de aquecimento global causado pela ação humana, várias convenções internacionais foram realizadas com o objetivo de discutir causas, efeitos e medidas a serem tomadas pelos países com relação a este problema. Uma das ramificações desse estudo envolve a questão das emissões veiculares, incluída como parte das causas do efeito estufa excessivo.

Uma série de eventos foi iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá, em outubro de 1988, sendo uma das principais consequências o desenvolvimento de um projeto de redução de emissões que viria a ser chamado de Tratado de Kyoto, envolvendo dezenas de países. O evento que iniciou o Tratado aconteceu no Japão em 1997 na cidade de Kyoto, sendo que o Tradado foi aberto para assinaturas em 11 de dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor foi necessário que 55 países, que juntos, produziam 55% das emissões, o ratificassem, assim se sucedeu em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em novembro de 2004. O Tratado propunha um calendário pelo qual os países-membros teriam a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso. Porém para muitos países, como os membros da UE, isso correspondia a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008. As metas de redução não eram homogêneas a todos os países, colocando diferentes metas para os 38 países que mais emitiam gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução inicialmente.

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